Movimentos populares de diversos países se manifestam em solidariedade à Venezuela

Manifestações no mundo inteiro marcaram o apoio da comunidade internacional à Venezuela e contra a possibilidade de uma intervenção militar dos Estados Unidos no país latino-americano; os atos ocorreram em frente a embaixadas dos EUA na Argentina, Brasil, Peru, México, África do Sul, Nigéria, Zâmbia e Malásia

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Do Brasil de Fato - Movimentos populares e organizações de diversos países do mundo se manifestaram neste sábado (16) em solidariedade à Venezuela e contra a possibilidade de uma intervenção militar dos Estados Unidos no país latino-americano.

Os atos ocorreram em frente a embaixadas dos EUA na Argentina, Brasil, Peru, México, África do Sul, Nigéria, Zâmbia e Malásia. Nos Estados Unidos a manifestação aconteceu do lado de fora da Casa Branca. Na Venezuela, onde os EUA não possuem mais representação diplomática, os atos ocorreram nas ruas de Caracas.

A data da mobilização, que marca o aniversário de 16 anos da intervenção norte-americana no Iraque, foi decidida durante a Assembleia Internacional dos Povos em Solidariedade à Revolução Bolivariana e Contra o Imperialismo, que ocorreu em Caracas entre os dias 24 e 27 de fevereiro.

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Com as palavras de ordem "Maduro Sim, Ianques Não" e "Yankees Go Home", os manifestantes também criticaram o que consideram um ataque dos EUA contra o sistema elétrico venezuelano. Entidades da Venezuela afirmam que o atentado, que deixou o país sem energia durante vários dias, é uma "ação de guerra".

"Solidariedade não deve ser pensada como slogan"

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Em entrevista ao site Venezuelanalysis, o historiador e jornalista indiano Vijay Prashad, do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, afirmou que "a solidariedade com o processo bolivariano deve começar exigindo o fim de toda interferência".

Para ele, os Estados Unidos, historicamente, usaram diversos mecanismos para desestabilizar países pelos quais possui interesse econômico ou político. No caso da Venezuela, essa desestabilização ocorreu principalmente por meio de sanções econômicas e bloqueio de remessas de dinheiro.

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O historiador também criticou a tentativa, liderada por Estados Unidos, Colômbia e Brasil, de forçar o ingresso de ajuda humanitária na Venezuela. "A fome é uma arma frequentemente usada pelo imperialismo. Eles te deixam com fome, e então eles te dizem: aceite a ajuda. É muito engenhoso, então é isso que precisa ser superado".

"A solidariedade não deve ser pensada como um slogan, a solidariedade é um processo. Você tem que construir a solidariedade, proporcionando novos pensamentos interessantes sobre como resolver os problemas da fome e como organizar a sociedade", afirmou.

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:: O que está acontecendo na Venezuela? ::

Enfraquecimento das esquerdas

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Para Prashad, a Ordem Executiva 13828, assinada pelo então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "abriu a porta" para as sanções contra a Venezuela. "E então, daquela porta, [os EUA] acrescentam outra sanção e outra, e cada vez mais. E como eles controlam o dinheiro, seu movimento e como você vai comprar e vender seus próprios produtos, então você está realmente preso em um vício e ninguém virá libertá-lo".

Segundo um relatório publicado pelo Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (CELAG) no início de fevereiro, entre outros efeitos, o embargo econômico dos EUA contra a Venezuela causaram a perda de mais de três milhões de empregos, além de um prejuízo financeiro estimado em mais de US$ 350 bilhões.

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Segundo o historiador, o que está em questão para os Estados Unidos ao adotarem pressões como essa não é simplesmente o controle do petróleo, mas também enfraquecer as esquerdas na região. "O socialismo é sempre atacado", afirmou.

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