Clubes argentinos se unem para repudiar golpe militar de 1976

Principais clubes de futebol argentinos publicaram selos e manifestos em suas redes sociais e subiram a hashtag #NuncaMás, sinalizando seu repúdio ao golpe de Estado que iniciou uma ditadura civil-militar no país em 24 de março de 1976; "O Racing tem claro que Nunca Mais é um símbolo intimamente ligado à vida", escreveu, em manifesto, o atual líder do campeonato argentino; as manifestações foram publicadas também pelos dois clubes mais populares da Argentina, o Boca Juniors e o River Plate 

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Rede Brasil Atual - Principais clubes de futebol argentinos se juntaram neste domingo (24), publicaram selos e manifestos em suas redes sociais e subiram a hashtag #NuncaMás, sinalizando seu repúdio ao golpe de Estado que iniciou uma ditadura civil-militar no país em 24 de março de 1976. A data inspirou o parlamento argentino a instituir, em 2001, o Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, como forma de homenagear os cerca de 30 mil desaparecidos políticos do regime que seguiu-se ao golpe, comandado por uma junta militar, que durou até 1983.

"O Racing tem claro que Nunca Mais é um símbolo intimamente ligado à vida", escreveu, em manifesto, o atual líder do campeonato argentino. "Por isso não esquece e por isso, como integrante das centenas de instituições esportivas e não esportivas que formam parte da sociedade argentina, se incorpora à comemoração do Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça."

O Racing escreveu ainda que o regime imposto pelos militares do país vizinho tinha um "plano genocida" e "sequestrou, torturou, assassinou e desapareceu com milhares de cidadãos e cidadãs. Além disso, desenvolveu um plano sistemático de apropriação de menores que tirou o direito à identidade de centenas de meninos e meninas."

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As manifestações foram publicadas também pelos dois clubes mais populares da Argentina, o Boca Juniors e o River Plate e outros de destaque no futebol do país, como Veléz Sarsfield, Estudiantes de La Plata, Banfield, Independient. San Lorenzo, Rosario Central e outros.

O Banfield publicou um vídeo que mostra entrevista com a irmã de uma desaparecida torcedora do clube. "Repudiamos energicamente a ditadura cívico-militar, um capítulo trágico da história de nosso país", escreveu o Lanús.

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Em 1976, uma coalizão de militares, entidades civis e eclesiásticas, se uniram para destituir e prender a presidente Maria Estela Martinez de Perón, assim como alguns de seus ministros. Os anos seguintes foram marcados por violações de direitos humanos, como tortura e perseguição política. Desde 2003, a data é lembrada com um grande ato público organizado por movimentos sociais, como o das Mães da Praça de Maio, e partidos para relembrar o genocídio promovido pelo Estado durante o período.

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