Correa vence e coroa esquerda na América Latina

Em praticamente todos os países do continente, candidatos à esquerda têm vencido disputas eleitorais, o que demonstra que o modelo de inclusão social tem sido aprovado nas urnas; depois de colocar o Equador no mapa-múndi com o asilo a Julian Assange, do Wikileaks, o economista Rafael Correa é o mais forte candidato a herdeiro de Hugo Chávez; "Obrigado pela confiança", declarou o presidente, sem esperar os resultados oficiais para comemorar

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De Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Quito – O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito neste domingo 17 para um terceiro mandato consecutivo, que terminará em 2017, quando ele completar uma década no poder – um recorde em um país marcado por crises econômicas e políticas. Os 11,6 milhões de eleitores equatorianos também escolheram um novo vice-presidente, Jorge Glas, do Movimento Aliança Pais, de Correa, e 137 parlamentares da Assembleia Legislativa, além de cinco representantes do Parlamento Andino.

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Correa não esperou os resultados oficiais para comemorar. Mal fecharam as urnas, saíram os primeiros resultados de boca de urna, confirmando a sua reeleição no primeiro turno. Correa tinha 58,80% dos votos, quase três vezes mais do que os 23,1% obtidos pelo segundo colocado, o ex-banqueiro Guillermo Lasso. Meia hora depois do fechamento das urnas, Correa saiu ao balcão do palácio presidencial para agradecer ao povo, que o esperava na Praça da Independência.

"Obrigado pela confiança", disse Correa, que prometeu aprofundar a revolução cidadã iniciada por ele em 2006, quando foi eleito presidente pela primeira vez com a promessa de uma reforma constitucional. A nova Constituição, aprovada pela Assembleia Constituinte e submetida a um plebiscito popular, convocou novas eleições presidenciais para 2009 e estabeleceu o direito a dois mandatos consecutivos. Correa candidatou-se e ganhou seu segundo mandato – mas como era o primeiro, com a nova Constituição, teve direito a uma segunda reeleição.

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O presidente votou de manhã e depois acompanhou sua filha, Anne Correa, de 16 anos, a votar. É a primeira vez, no Equador, que adolescentes de 16 a 18 anos, além de policiais e militares na ativa, podem votar.

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Equador em destaque no mapa

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247 – Rafael Correa se tornou um personagem global com o episódio que envolveu o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange. No ano passado, o presidente concedeu asilo diplomático ao jornalista australiano, que cumpria prisão domiciliar na Inglaterra e passou a viver na embaixada do Equador em Londres. Para alguns, a atitude foi vista como uma forma de Correa melhorar sua imagem em assuntos relacionados à liberdade de expressão. Mas a verdade é que ele ganhou destaque na imprensa do mundo todo, assim como seu país.

Além do caso Assange, o carismático economista com formação em Harvard é o maior candidato a preencher o espaço que ficou vazio na política internacional com a ausência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, há mais de dois meses internado em Havana. Artigo de Helena Celestino, colunista do jornal O Globo, afirma que Correa é o mais provável herdeiro de Chávez como líder da ala populista da América Latina.

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