Substituto de Costa é o próximo a ser ouvido na CPI

Depoimento de José Carlos Cosenza foi marcado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para quarta-feira (22); ele vai ter que explicar aos parlamentares por que Paulo Roberto Costa, mesmo após ter saído da Petrobras em abril de 2012, continuou a manter relações com a companhia

Depoimento de José Carlos Cosenza foi marcado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para quarta-feira (22); ele vai ter que explicar aos parlamentares por que Paulo Roberto Costa, mesmo após ter saído da Petrobras em abril de 2012, continuou a manter relações com a companhia
Depoimento de José Carlos Cosenza foi marcado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para quarta-feira (22); ele vai ter que explicar aos parlamentares por que Paulo Roberto Costa, mesmo após ter saído da Petrobras em abril de 2012, continuou a manter relações com a companhia (Foto: Roberta Namour)


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Anderson Vieira, da Agência Senado - José Carlos Cosenza, o substituto de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, é o próximo a ser ouvido pela CPI Mista que investiga irregularidades na estatal. O depoimento foi marcado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para quarta-feira (22).

Esta é a data da próxima reunião da CPI, a menos que oposicionistas consigam marcar um encontro extra na semana que vem. Eles pressionam para a realização de uma reunião de emergência para votar novos requerimentos diante dos depoimentos de Paulo Roberto e do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal na última quarta-feira (8). Conforme divulgado pela imprensa, os dois revelaram a existência de um esquema de pagamento de propinas na empresa. O ex-diretor da Petrobras disse ao juiz Sérgio Moro que a maior parte da propina cobrada de fornecedores da petrolífera era direcionada para atender a partidos governistas PT, PMDB e PP.

O deputado Izalci (PSDB-DF) informou à Agência Senado que tentará hoje contato com o presidente Vital do Rêgo propondo um novo encontro, mas sabe que não será tarefa fácil obter quórum para análise dos requerimentos pendentes de votação:

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- A base do governo vai evitar ao máximo quórum para apreciarmos qualquer coisa antes do segundo turno das eleições. Não há interesse para investigar essas questões agora - afirmou.

À Agência Câmara, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR) também cobrou reunião da comissão parlamentar de inquérito antes do dia 22.

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- Agora vindo a público esses áudios do senhor Paulo Roberto Costa indicando todos os caminhos, valores e pessoas, a CPI deve se reunir imediatamente e tomar posições imediatas - disse.

Relações

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José Carlos Cosenza vai ter que explicar aos parlamentares por que Paulo Roberto, mesmo após ter saído da Petrobras em abril de 2012, continuou a manter relações com a companhia, conforme reportagem da revista Época. A matéria informou também que os dois despachavam sobre assuntos discutidos na cúpula da estatal.

O deputado Carlos Sampaio (PSB-SP), autor de um dos requerimentos que pediu a convocação de Cosenza, lembra que Paulo Roberto continuou tentando fazer negócios com a estatal e chegou a enviar uma carta a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, propondo uma parceria entre a Petrobras e a REF Brasil, um empreendimento que ele vinha tocando até ser preso, e que previa a construção, com recursos privados, de pequenas refinarias em quatro estados brasileiros.

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Além disso, conforme o requerimento de Sampaio, recentemente, foram demitidos vários executivos da Diretoria de Abastecimento e "o atual diretor, José Carlos Cosenza, indicado pelo PMDB, e homem de confiança de Paulo Roberto, não caiu".

Paulo Roberto Costa está cumprindo prisão domiciliar no Rio de Janeiro, acusado de integrar um esquema de corrupção na Petrobras, com a participação do doleiro Alberto Youssef. Preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras confessou envolvimento em negociatas na estatal.

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A CPI Mista da Petrobras tem a participação de senadores e deputados e funciona paralelamente à CPI exclusiva do Senado, com idênticos objetos de investigação: irregularidades envolvendo a Petrobras entre 2005 e 2014 relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA; o lançamento plataformas marítimas inacabadas; o pagamento de propina a funcionários da estatal; e o superfaturamento na construção de refinarias, principalmente a de Abreu e Lima, em Pernambuco.

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