Delações “usam sardinha para pegar tubarão”

Procurador que encabeça a força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol afirma em entrevista não ter dúvidas de que, sem as delações premiadas, a Justiça "não teria chegado aos resultados alcançados no caso da força-tarefa anterior, do Banestado, nem nesse caso da Lava Jato"; "Você faz a colaboração para trocar um peixe pequeno por um peixe grande ou para trocar um peixe por muitos peixes (...). Quando você pega uma sardinha, você pode comer essa sardinha, ou usá-la como isca para pegar um tubarão", explica

Procurador que encabeça a força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol afirma em entrevista não ter dúvidas de que, sem as delações premiadas, a Justiça "não teria chegado aos resultados alcançados no caso da força-tarefa anterior, do Banestado, nem nesse caso da Lava Jato"; "Você faz a colaboração para trocar um peixe pequeno por um peixe grande ou para trocar um peixe por muitos peixes (...). Quando você pega uma sardinha, você pode comer essa sardinha, ou usá-la como isca para pegar um tubarão", explica
Procurador que encabeça a força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol afirma em entrevista não ter dúvidas de que, sem as delações premiadas, a Justiça "não teria chegado aos resultados alcançados no caso da força-tarefa anterior, do Banestado, nem nesse caso da Lava Jato"; "Você faz a colaboração para trocar um peixe pequeno por um peixe grande ou para trocar um peixe por muitos peixes (...). Quando você pega uma sardinha, você pode comer essa sardinha, ou usá-la como isca para pegar um tubarão", explica (Foto: Gisele Federicce)


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247 – O procurador Deltan Dallagnol, que encabeça a força-tarefa da Lava Jato, diz que a investigação não teria alcançado tais resultados não fossem os acordos de delação premiada firmado entre o Ministério Público Federal e investigados no esquema. Em entrevista ao jornal O Globo neste domingo, ele aponta que o princípio dos acordos é usar "uma sardinha para pegar um tubarão".

"A gente não teria chegado aos resultados alcançados no caso da força-tarefa anterior, do Banestado, nem nesse caso da Lava-Jato, sem as colaborações. Não tenho dúvidas. Elas alavancaram a investigação", disse. Segundo ele, o acordo é uma "escolha da defesa". "Não vamos atrás da pessoa para buscar acordos", explica.

Foi Dallagnol quem fez o primeiro termo escrito de delação do Brasil, com o doleiro Alberto Youssef, em 2003, no caso Banestado. O acordo foi violado pelo doleiro e por isso, houve preocupação em firmar um novo no caso da Lava Jato.

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"Esse acordo só seria feito se fosse muito benéfico para a sociedade. E uma coisa que está no acordo do Costa é uma previsão que já existia antes: a de que, se a pessoa voltar a cometer crime, perde todos os benefícios, tanto que, quando vimos que o Youssef continuava cometendo crimes, o processamos", afirmou.

"Um dos princípios que a gente segue é o de que você não vai fazer a colaboração para trocar um peixe grande por um peixe pequeno. Você faz a colaboração para trocar um peixe pequeno por um peixe grande ou para trocar um peixe por muitos peixes. Esse é um princípio de utilidade social. Quando você pega uma sardinha, você pode comer essa sardinha, ou usá-la como isca para pegar um tubarão. Esse e outros vários princípios, usados pela experiência americana e italiana, são utilizados para a gente guiar nossa conduta", acrescenta.

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