Moro: prisões são “remédio amargo” para empreiteiras

Juiz da Lava Jato, Sérgio Moro afirma que a prisão dos executivos das empreiteiras investigadas na operação funciona como "advertência" às empresas e visa "prevenir a continuidade do ciclo delituoso" na Petrobras; declaração está em manifestação enviada pela Justiça do Paraná ao STJ, que vai julgar o mérito dos habeas corpus de quatro presos ligados à OAS; hoje, em entrevista, o procurador Deltan Dallagnol, integrante da força-tarefa da investigação, disse que as empreiteiras não são vítimas, mas "protagonistas de um grande e danoso esquema criminoso de sangria de recursos públicos que ocorre há muitos anos"

Juiz da Lava Jato, Sérgio Moro afirma que a prisão dos executivos das empreiteiras investigadas na operação funciona como "advertência" às empresas e visa "prevenir a continuidade do ciclo delituoso" na Petrobras; declaração está em manifestação enviada pela Justiça do Paraná ao STJ, que vai julgar o mérito dos habeas corpus de quatro presos ligados à OAS; hoje, em entrevista, o procurador Deltan Dallagnol, integrante da força-tarefa da investigação, disse que as empreiteiras não são vítimas, mas "protagonistas de um grande e danoso esquema criminoso de sangria de recursos públicos que ocorre há muitos anos"
Juiz da Lava Jato, Sérgio Moro afirma que a prisão dos executivos das empreiteiras investigadas na operação funciona como "advertência" às empresas e visa "prevenir a continuidade do ciclo delituoso" na Petrobras; declaração está em manifestação enviada pela Justiça do Paraná ao STJ, que vai julgar o mérito dos habeas corpus de quatro presos ligados à OAS; hoje, em entrevista, o procurador Deltan Dallagnol, integrante da força-tarefa da investigação, disse que as empreiteiras não são vítimas, mas "protagonistas de um grande e danoso esquema criminoso de sangria de recursos públicos que ocorre há muitos anos" (Foto: Leonardo Lucena)


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247, com Agência Brasil - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato, disse nesta quarta-feira 28 que a prisão dos executivos das empreiteiras investigadas é uma advertência para mudar a forma de fazer negócios com a administração pública. Moro também reafirmou que a prisão cautelar dos acusados tem objetivo de "prevenir a continuidade do ciclo delituoso" na Petrobras.

As declarações de Moro estão em uma manifestação enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que vai julgar o mérito dos habeas corpus de quatro presos ligados à OAS. No início deste mês, o ministro Newton Trisotto negou pedidos de liberdade de José Adelmário Filho, presidente da OAS, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional, de José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho, funcionários da empreiteira.

No entendimento do juiz, sem a prisão dos acusados não há como afastar o risco de repetição dos crimes. "A prisão cautelar do paciente [investigado] se impõe, lamentavelmente, para prevenir a continuidade do ciclo delituoso, alertando não só a ele, mas também à empresa das consequências da prática de crimes no âmbito de seus negócios com a administração pública. Necessário, infelizmente, advertir com o remédio amargo as empreiteiras de que essa forma de fazer negócios com a administração pública não é mais aceitável - nunca foi, na expectativa de que abandonem tais práticas criminosas", disse Moro.

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Além de executivos das OAS, estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba diretores e funcionários da  Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Correa e UTC Engenharia. De acordo com depoimentos de delação premiada, as empresas são acusadas de formação de cartel em contratos com a Petrobras.

Empreiteiras são "protagonistas", diz procurador

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O procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol, integrante da força-tarefa que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, afirmou hoje em entrevista ao jornal O Globo que as empreiteiras não são vítimas, mas "protagonistas de um grande e danoso esquema criminoso de sangria de recursos públicos que ocorre há muitos anos". 

"A corrupção é praticada há tanto tempo por essas empresas que se tornou um modelo de negócio que objetivava majorar lucros. Se as empresas se organizaram em cartéis para fraudar licitações e aumentar ilegalmente suas margens de lucro, não faz sentido alegar que foram vítimas de achaques por seus cúmplices", acrescentou.

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