Tijolaço: Moro fez diferença na vida de 250 mil desempregados

"Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso", diz o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço; "A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as 'confissões', está evidente. Os 'confessantes', entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente"

"Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso", diz o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço; "A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as 'confissões', está evidente. Os 'confessantes', entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente"
"Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso", diz o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço; "A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as 'confissões', está evidente. Os 'confessantes', entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente" (Foto: Leonardo Attuch)


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O Dr. Moro fez diferença. Fez, na vida de 250 mil operários humildes e agora desempregados

Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

O Dr. Sérgio Moro recebeu com muita justiça o Prêmio Faz Diferença, conferido pelas Organizações Globo, outro dia.

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Fez.

Os números que mostram que a construção civil demitiu 250 mil trabalhadores depois da “Lava Jato”. A quatro pessoas por família, um milhão de seres humanos que, aparentemente, não fazem diferença.

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Gente que, sem sombra de dúvida, não roubava e não enriquecia, como os premiados pela delação.

E que não molhava a mão de ninguém, como os empreiteiros.

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Não se tem notícia de alguma filha de Paulo Roberto Costa  ou de Alberto Yousef indo filar a bóia no vizinho, ou que alguma delas esteja pegando uma faxina na casa das madames para pagar a conta de luz.

Não existe Justiça quando, em seu olhar, não são as consequências sociais que ocupam o primeiro plano na visão de um juiz, salvo se o juiz é um obtuso.

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Se milhares de famílias ocupam ilegalmente o Pinheirinho, não é o “mande a polícia expulsar imediatamente e cumpra-se a lei” a sabedoria que se espera de quem tem o poder de julgar, por maiores sejam as razões do proprietário.

Isso é algo que se espera de um energúmeno, não de alguém que recebe do Estado a missão de resolver conflitos de forma justa e humana.

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A falência das empresas, sua bancarrota, está sendo o mecanismo usado para forçar as “confissões”, está evidente.

Os “confessantes”, entregando a rapadura, veraz ou fantasiosa, são soltos quase imediatamente.

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Para cada preso de Sérgio Moro, porém, dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças já são imediatamente condenados: à fome, às necessidades, ao desespero.

Não têm confissões a fazer, muito menos quem as premie por elas.

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Significa que se devesse aceitar a corrupção em nome do emprego?

Não, absolutamente não.

Havia um sem-número de medidas que se poderia tomar.

Reter, por exemplo, uma parcela de seus ativos e faturamento, de forma a garantir a devolução do desviado.

Determinar a auditoria dos  contratos imputados de desvio.

Como escreveu um amigo, “Quem comete crimes são pessoas, não instituições. Torturadores eram militares, não o Exército. Corruptores eram dirigentes, não empresas”.

Empresas podem e devem ser punidas com multas, até porque é inimaginável que se possa “enjaular” uma pessoa jurídica.

Mas, quando são punidas com meses de insegurança, onde até mesmo pagá-las o contratado, por obras efetivamente realizadas, torna-se um perigo para qualquer dirigente público  que as contratou –  só deixa um caminho possível: parar.

E, parando a construção pesada no país, o Dr. Moro fez diferença.

Uma dramática diferença, não para os ricos, que viverão à farta com tudo o que lhes sobra.

Mas para os pobres, a quem não sobra nada e agora falta tudo.

Faz diferença, não é, Dr. Moro?

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