CPI tem mais seis depoimentos em Curitiba

Deputados da comissão estão na capital paranaense para ouvir presos pela Operação Lava Jato; nesta segunda, todos os cinco chamados a depor se recusaram a responder as perguntas, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu

Deputados da comissão estão na capital paranaense para ouvir presos pela Operação Lava Jato; nesta segunda, todos os cinco chamados a depor se recusaram a responder as perguntas, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
Deputados da comissão estão na capital paranaense para ouvir presos pela Operação Lava Jato; nesta segunda, todos os cinco chamados a depor se recusaram a responder as perguntas, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Câmara - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve hoje os depoimentos de seis pessoas: cinco executivos da construtora Odebrecht, acusada de formação de cartel e pagamento de propina, e um ex-funcionário da Petrobras.

Os depoimentos ocorrerão em Curitiba (PR), na sede da Justiça Federal do Paraná, já que os convocados estão presos pela Operação Lava Jato.

Entre os depoentes, está o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht. Também serão ouvidos quatro executivos ligados à empresa: Márcio Faria da Silva, Rogério Santos de Araújo, César Ramos Rocha e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

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Ao todo, a Polícia Federal prendeu oito executivos da Odebrecht, suspeita de pagar propinas de mais de R$ 500 milhões a diretores da Petrobras e agentes políticos em troca de contratos com a estatal. A empresa nega as acusações, e a expectativa na CPI é que os diretores da empreiteira optem pelo direito constitucional de permanecer calados.

"Infelizmente não podemos fazer nada em relação a isso, já que os depoentes têm o direito ao silêncio para não se auto-incriminar, mas é frustrante", disse o vice-presidente da CPI, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

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O sexto convocado é Celso Araripe de Oliveira, ex-gerente de Projetos da Petrobras, acusado de receber propina de R$ 1,4 milhão da Odebrecht em troca da construção da sede da estatal em Vitória (ES).

Primeiro dia
No primeiro dia de interrogatórios em Curitiba, todos os cinco convocados pela CPI se recusaram a responder as perguntas, entre os quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada.

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O cronograma da CPI prevê o interrogatório de 13 pessoas e uma acareação até quinta-feira (3).

Na quarta-feira (2), devem ser ouvidos o publicitário Ricardo Hoffmann, ex-vice-presidente da agência Borghi/Lowe, e o empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura.

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Hoffmann é acusado de intermediar contratos fraudulentos de publicidade com o Ministério da Saúde, com a ajuda do ex-deputado federal André Vargas. Moura, por sua vez, é apontado pela Polícia Federal como representante do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na Petrobras. Ele foi acusado por Milton Pascowitch de ter recebido R$ 5,3 milhões em propina de contrato de obras da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cacimbas, em Linhares (ES).

No mesmo dia, a CPI pretende fazer uma acareação entre o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

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Mendonça Neto, presidente da Setal Engenharia, disse ao Ministério Público que pagou entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em propina a Renato Duque entre 2008 e 2011. Ele disse que parte da propina foi paga na forma de doações oficiais ao PT. Duque e Vaccari negam.

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