Dirceu é indiciado na Operação Lava Jato

A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (1º) dois inquéritos da Operação Lava Jato e indiciou 14 pessoas, entre elas o ex-ministro José Dirceu, que está preso na carceragem da corporação, em Curitiba, há quase um mês; o ex-ministro foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (1º) dois inquéritos da Operação Lava Jato e indiciou 14 pessoas, entre elas o ex-ministro José Dirceu, que está preso na carceragem da corporação, em Curitiba, há quase um mês; o ex-ministro foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (1º) dois inquéritos da Operação Lava Jato e indiciou 14 pessoas, entre elas o ex-ministro José Dirceu, que está preso na carceragem da corporação, em Curitiba, há quase um mês; o ex-ministro foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Foto: Leonardo Attuch)


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Do MídiaNews A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (1º) dois inquéritos da Operação Lava Jato e indiciou 14 pessoas, entre elas o ex-ministro José Dirceu, que está preso na carceragem da corporação, em Curitiba, há quase um mês. O ex-ministro foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Na conclusão dos inquéritos, o delegado da PF Márcio Anselmo afirmou que há "fartos indícios de que Jose Dirceu de Oliveira e Silva e outras pessoas a ele relacionadas foram beneficiários diretos de valores objeto de desvios no âmbito da Petrobras, apurados na Operação Lava Jato". A filha de José Dirceu, e o irmão dele, estão na lista de indiciados.

Veja a lista de indiciados pela PF nesta terça (1º):

- José Dirceu de Oliveira e Silva - formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

- Luiz Eduardo de Oliveira e Silva - formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

- Roberto Marques - formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

- Julio Cesar dos Santos - falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

- Camila Ramos de Oliveira e Silva - lavagem de dinheiro

- Milton Pascowitch - formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa

- José Adolfo Pascowitch - formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa

- Fernando Horneaux de Moura - formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

- Olavo Horneaux de Moura - formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

- Renato Duque - formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

- João Vaccari Neto - formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa

- Gerson Almada - corrupção ativa e formação de quadrilha

- Cristiano Kok - corrupção ativa e formação de quadrilha

- José Antunes Sobrinho - corrupção ativa e formação de quadrilha

O G1 tentou contato com os advogados de José Dirceu e familiares, de Milton e José Adolpho Pascowitch, de Renato Duque , João Vaccari Neto e Gerson Almada. Contudo, nenhum deles atendeu as ligações. Os advogados de Cristiano Kok, João Antunes Sobrinho, Fernando Antonio Guimaraes Horneaux de Moura, Olavo Horneaux de Moura Filho e Júlio Cesar dos Santos não foram encontrados.

Ao fim do documento, o delegado ressalta que trata-se de relatório parcial, e pede ao juiz Sergio Moro, da primeira instância da Justiça Federal, que os autos sejam devolvidos para que as investigações prossigam. Afirma, ainda, que ficaram de fora do documento os dados apontados na delação de Milton Pascowitch envolvendo a Consist Software, uma vez que há "indícios da participação de autoridade com prerrogativa de foro".

Próximo passo

A partir da conclusão do inquérito policial, o Ministério Público Federal (MPF) pode apresentar uma denúncia à Justiça Federal contra os indiciados pela PF. Com a denúncia apresentada, cabe ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitá-la ou não. Se aceita, os denunciados passam a ser réus, respondendo pelos crimes na Justiça.

Atuação de José Dirceu

Conforme a investigação da PF, o ex-ministro atuava no esquema através de dois caminhos. Um deles consistia no relacionamento com executivos das empresas Hope e Personal, terceirizadas de serviços da Petrobras.

"Por terem sido 'apresentadas' à empresa for Fernando Moura e seu irmão Olavo Moura, 'apadrinhadas' por José Dirceu, o grupo passou a 'titularizar' uma parcela do faturamento dessas empresas, cujo pagamento era instrumentalizado por Milton Pascowitch", diz trecho da conclusão do inquérito.

A outra frente de atuação, segundo a PF, estava relacionada a empreiteiras com contratos com a Petrobras, como a Engevix, OAS, UTC, Odebrecht, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa. No inquérito, o delegado aponta que as empresas "teriam carregado vantagens ilícitas, dissimuladas como 'serviços de consultoria' para José Dirceu, seja diretamente ou
ainda por meio da Jamp Engenharia"

Silêncio

Na tarde de segunda-feira (31), Dirceu ficou em silêncio perante à PF. Ele seria ouvido por representantes da corporação, entretanto, por recomendação da defesa, permaneceu calado.

Pela manhã, ele participou da sessão da CPI da Petrobras que, nesta semana, está sendo realizada na capital paranaense para ouvir os presos investigados na Lava Jato, e também ficou em silêncio.

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