Serraglio nega obstrução da Lava Jato pela Justiça

"[Não haverá] nenhuma interrupção na Lava Jato. A nossa ascendência é administrativa. O Ministério da Justiça não tem nenhuma interferência na investigação da Polícia Federal. Ela [a PF] é autônoma", disse o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), novo ministro da Justiça, em entrevista à TV Brasil

Osmar Serraglio
Osmar Serraglio (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, negou qualquer intenção de obstruir as investigações da Operação Lava Jato feitas pela Polícia Federal (PF). Em entrevista concedida ao programa Nos Corredores do Poder, da TV Brasil, hoje (24), Serraglio disse que o Ministério da Justiça não vai interferir nos trabalhos da PF e acrescentou que a origem da pasta é administrativa e a sua atuação e da PF não se confundem.

"[Não haverá] nenhuma interrupção na Lava Jato. A nossa ascendência é administrativa. O Ministério da Justiça não tem nenhuma interferência na investigação da Polícia Federal. Ela [a PF] é autônoma", disse Serraglio à repórter Mariana Jungmann.

continua após o anúncio

O ministro também negou ter defendido anistia do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, seu colega de PMDB. Serraglio explicou que a relação dele estava limitada a ser do mesmo partido e trabalhar por pautas em comum, como o impeachment da então presidenta da República Dilma Rousseff.

O ministro acusou os veículos de imprensa de "defeito de interpretação" por dizerem que ele anistiaria Cunha, atualmente preso em Curitiba. Ele explicou que a situação de Dilma, na época do processo de impeachment, e de Cunha se assemelhavam por tratarem de fatos anteriores ao mandato que tinham e, por isso, falou em anistia para o ex-deputado federal.

continua após o anúncio

"Nos jornais saiu que eu daria anistia para o Cunha. Isso é um defeito de interpretação. Foi apresentada a acusação do impeachment da Dilma e a defesa tinha como maior argumento que ela só podia responder pelos atos praticados no atual mandato. Eu dizia que se o PT estava dizendo isso, ele iria anistiar o Cunha, porque ele estava sendo acusado por questões anteriores, as contas na Suíça. Precisamos entender o direito como ele funciona", disse.

Serraglio foi confirmado ontem pelo presidente Michel Temer como novo titular da Justiça. Em nota divulgada pelo porta-voz da presidência, Alexandre Parola, Temer expressou "plena confiança" na capacidade de Serraglio para conduzir os trabalhos da pasta.

continua após o anúncio

"Jurista e congressista com larga trajetória parlamentar na Câmara dos Deputados, o deputado traz sua ampla experiência profissional e política para o trabalho de levar adiante a agenda de atribuições sob sua responsabilidade", disse Parola. Serraglio substitui Alexandre de Moraes, nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) após ter sido indicado por Temer.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247