Empresário preso na Lava Jato diz que operação cria leis próprias e critica Moro

Preso pela Lava Jato desde maio de 2016, o empresário Eduardo Meira escreveu na terça-feira (21) uma carta de próprio punho de dentro do complexo penal em Curitiba com críticas à operação e à atuação do juiz Sergio Moro; no texto, Meira diz que houve a "criação de leis próprias para justificar prisões e condenações contrárias ao nosso ordenamento jurídico e à nossa jurisprudência"

sergio moro
sergio moro (Foto: Giuliana Miranda)


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Paraná 247 - Preso pela Lava Jato desde maio de 2016, o empresário Eduardo Meira escreveu na terça-feira (21) uma carta de próprio punho de dentro do complexo penal em Curitiba com críticas à operação e à atuação do juiz Sergio Moro. No texto, Meira diz que houve a "criação de leis próprias para justificar prisões e condenações contrárias ao nosso ordenamento jurídico e à nossa jurisprudência".

As informações são de reportagem de Paulo na Gama na Folha de S.Paulo.

"Preso na 30ª fase da operação - que teve o petista José Dirceu como alvo principal - Meira é acusado de operar propinas em contratos da Petrobras. Ele é sócio da Credencial, empresa que, de acordo com os investigadores, era usada como fachada para intermediar os subornos.

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O empresário diz ter sido condenado a oito anos e nove meses de prisão 'com base apenas em palavras de delatores'. 'A lei explicita: 'Somente a palavra de delatores não pode ser o único instrumento de prova', escreve.

O empresário também critica a condenação recebida por ele no início do mês. 'Recentemente me condenaram a oito anos e nove meses, incluindo, pasmem, 'associação criminosa' de duas pessoas (eu e meu sócio); confundindo quadrilha com baião', assinalou.

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Meira ataca ainda as delações 'ditas espontâneas', de presos 'sem perspectiva pelas artimanhas de um juiz, que usando parte da mídia sedenta por justiçamento, comete arbitrariedades'.

'Mandela já dizia, ao rejeitar acordo para ser solto quando cumpria a sua prisão: 'Somente homens livres podem negociar, prisioneiros não podem fazer acordos'."

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