União PPS e PSB é movimento da "esquerda democrática"

Após anunciar neste final de semana o apoio à candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao Palácio do Planalto, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP,) afirmou que a administração petista em Brasília “vem destruindo o processo histórico do país”, além de mirarem apenas na “popularidade e no consumismo desenfreado"; para o parlamentar, o indicativo de uma aliança entre PPS e PSB  aponta para uma movimentação das "esquerdas democráticas", com o objetivo  de elaborar um "projeto de desenvolvimento para o País"

SÃO PAULO,SP,08.12.2013:18º CONGRESSO NACIONAL DO PPS - Roberto Freire durante o 18º Congresso Nacional do PPS (Partido Popular Socialista) que acontece na tarde deste domingo (08), no Renaissance São Paulo Hotel, cidade de São Paulo (SP). (Foto: Tiago Ch
SÃO PAULO,SP,08.12.2013:18º CONGRESSO NACIONAL DO PPS - Roberto Freire durante o 18º Congresso Nacional do PPS (Partido Popular Socialista) que acontece na tarde deste domingo (08), no Renaissance São Paulo Hotel, cidade de São Paulo (SP). (Foto: Tiago Ch (Foto: Paulo Emílio)


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Pernambuco 247 - Após anunciar neste final de semana o apoio à candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao Palácio do Planalto, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP,) afirmou que a administração petista em Brasília “vem destruindo o processo histórico do país”. De acordo com o pós-comunista, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT) se “despreocuparam” com o desenvolvimento do país, mirando apenas na “popularidade e no consumismo desenfreado”. Para o parlamentar, o indicativo de uma aliança entre PPS e PSB  aponta para uma movimentação das "esquerdas democráticas", com o objetivo  de elaborar um "projeto de desenvolvimento para o País".

“O PPS apoiou o governo de Lula porque pensávamos que era uma esquerda que vinha para mudar”, afirmou Freire, durante entrevista à TV Estadão, nesta segunda-feira (9). “Mas é um governo que contraria o socialismo, que não tem o menor compromisso com a democracia. Em meio à euforia, algumas coisas não foram percebidas, e estamos pagando por elas agora, com o desempenho medíocre que o Brasil vêm apresentando”, disparou o parlamentar, remetendo ao Produto Interno Bruto brasileiro, que sofreu queda de 0,5% no terceiro trimestre de 2013.

“Se você observar bem, o PSB não possui retrocessos no governo. O governo de Pernambuco nos ensina valores, como aqueles representados por Mandela. É acabar com as segregações sem criar mais segregações”, declarou o deputado, referindo-se ao líder e ícone sul-africano Nelson Mandela, que lutou contra o preconceito racial no país africano na década de 60 e que morreu na semana passada, aos 95 anos. “O PT não quer entender que as pesquisas do futuro dependem da genética modificada”, criticou Freire, acrescentando que a administração petista promoveu uma “desindustrialização” do Brasil.

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Perguntado sobre as divergências entre as ideias da ex-ministra Marina Silva (PSB) – principal aliada de Campos – e do governador, com ênfase no setor do agronegócio, Freire afirmou que as duas partes devem chegar a um acordo para atingir o equilíbrio. “Tem que buscar um denominador comum. Não se pode voltar à era das florestas, nem ter a degradação total do planeta”, afirmou. “Nem todos os verdes são, por exemplo, contrários à questão da energia nuclear”, exemplificou o parlamentar.

Durante a entrevista, o pós-comunista também analisou as movimentações políticas em São Paulo, maior colégio eleitoral do País. “Nós, do PPS, vamos apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB)”, declarou. Apesar da defesa de membros da Rede Sustentabilidade para a formação de uma chapa própria do PSB no Estado, a opção seria “perigosa”, na opinião do pós-comunista. “Se uma chapa própria for montada por Eduardo e por Marina em São Paulo, essa chapa corre risco de não ser competitiva. E dificilmente os paulistas vão votar em uma chapa federal cuja representação estadual não seja forte. Se o PSB já vem desempenhando um papel importante dentro do governo Alckmin, não há razão pra mudar”, analisou.

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“Não há espaço para o PSB ser a terceira via de São Paulo. Esse local deve ser preenchido pelo PMDB, que aparenta estar ressurgindo das cinzas”, afirmou Freire. A opinião do deputado é igual em Minas Gerais, a partir do governo de Antônio Anastasia (PSDB). Já em Pernambuco, Freire afirmou que pretende trazer o PSDB para dentro do governo socialista. O parlamentar elogiou a gestão de Alckmin, afirmando que o tucano havia mantido os avanços em São Paulo, ao contrário do Governo Federal. “O Brasil teve algumas histórias ruins durante a história, e um verdadeiro desastre no último governo”, finalizou.

A aliança entre o PPS e o PSB foi decidida durante uma reunião do partido em São Paulo, no último sábado (7). Foram 152 votos a favor da aliança com o socialista, contra 97 que defendiam uma candidatura própria. A legenda conta com sete deputados na Câmara e, apesar de ter um espaço de TV e rádio considerado pequeno, o apoio do partido vinha sendo alvo de interesse tanto de Campos quanto do presidenciável pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG).

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Confira aqui a matéria publicada pelo Estadão.

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