Rede: Eduardo Campos celebra. Mas valeu a pena?

Um ano depois da criação da Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina Silva, mas que não conseguiu registro para participar das eleições, o governador de Pernambuco comemora a aliança em sua página no Facebook; apesar de ter conseguido uma parceria importante, Campos não recebeu transferência de votos de Marina - segundo as pesquisas - ainda não teve resposta oficial para que ela seja vice em sua chapa na candidatura à Presidência e tem enfrentado problemas em estados importantes por divergências com a legenda, como em São Paulo, onde a ex-ministra limou apoio ao tucano Geraldo Alckmin

Um ano depois da criação da Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina Silva, mas que não conseguiu registro para participar das eleições, o governador de Pernambuco comemora a aliança em sua página no Facebook; apesar de ter conseguido uma parceria importante, Campos não recebeu transferência de votos de Marina - segundo as pesquisas - ainda não teve resposta oficial para que ela seja vice em sua chapa na candidatura à Presidência e tem enfrentado problemas em estados importantes por divergências com a legenda, como em São Paulo, onde a ex-ministra limou apoio ao tucano Geraldo Alckmin
Um ano depois da criação da Rede Sustentabilidade, partido fundado por Marina Silva, mas que não conseguiu registro para participar das eleições, o governador de Pernambuco comemora a aliança em sua página no Facebook; apesar de ter conseguido uma parceria importante, Campos não recebeu transferência de votos de Marina - segundo as pesquisas - ainda não teve resposta oficial para que ela seja vice em sua chapa na candidatura à Presidência e tem enfrentado problemas em estados importantes por divergências com a legenda, como em São Paulo, onde a ex-ministra limou apoio ao tucano Geraldo Alckmin (Foto: Gisele Federicce)


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247 – No dia em que é marcado um ano da fundação da Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-senadora Marina Silva, o governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, celebra em sua página no Facebook a parceria PSB-Rede, segundo ele, aliança que "se tornou protagonista do momento que o Brasil vive". No entanto, desde quando se uniram, no início de outubro, o relacionamento foi marcado por uma série de problemas.

No texto de comemoração, Campos ressalta que "esta aliança tem ganhado cada vez mais repercussão" e cita o projeto como o que "eu e Marina estamos construindo". A exaltação da união, no entanto, não é 100% recíproca. Em suas declarações e também nas redes sociais, Marina é mais discreta ao elogiar a parceria e até hoje publica textos de orientação sobre como se filiar à Rede, numa demonstração de que a filiação ao PSB, depois que seu partido não obteve registro no TSE, tem prazo.

Comportamentos à parte, na prática, os problemas têm sido frequentes, especialmente no que diz respeito às alianças estaduais. O primeiro sinal de alerta, pouco depois da dupla oficialmente unida, foi a contundente opinião de Marina sobre os ruralistas e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que já havia garantido apoio a Campos. A partir daí, foi preciso a elaboração de uma estratégia para trazer de volta aqueles que já estavam ganhos.

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Apesar do projeto nacional, os partidos admitem divergências com palanques em ao menos sete estados, incluindo os principais colégios eleitorais do País: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No primeiro, a ex-ministra impôs veto ao apoio ao governador Geraldo Alckmin, do PSDB, impondo o projeto de candidatura própria. Aparentemente, venceu, mas se a candidatura do deputado Márcio França (PSB-SP) vingar, será lançado o candidato que mais defendeu a aliança com o Palácio dos Bandeirantes.

Em Minas, o grupo de Marina Silva também defende a ruptura com o governo do PSDB e candidatura própria no estado, onde o PSB faz parte do governo e provavelmente apoiaria o candidato indicado pelo partido, Pimenta da Veiga. No Rio, o possível candidato é o deputado Miro Teixeira, pela chapa do Pros, mas um – já esperado – interesse de candidatura do deputado Romário (PSB) poderá iniciar uma disputa interna. Há ainda desentendimentos entre os partidos no Paraná, no Maranhão e no Distrito Federal.

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A verdade é que a aliada de Campos tenta emplacar os interesses da Rede em um partido que já tinha alianças firmadas para as eleições. Mais do que isso: sugere nomes não necessariamente competitivos, em detrimento de candidatos com potencial. Como se não bastasse, a líder da Rede não transferiu votos para o presidente do PSB. Pesquisas realizadas no ano passado apontaram que a transferência de votos não é automática em um cenário com Marina na vice da chapa de Campos e que parte do eleitorado da ex-ministra não gostaria de votar em Eduardo Campos.

Afinal, há motivos para celebrar?

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