Morre Sérgio Guerra; luto oficial em Pernambuco

Morte do deputado federal e ex-presidente nacional do PSDB repercutiu forte no meio político nacional; governador de Pernambuco, Eduardo Campos, relembrou a amizade de longa data e as diferenças políticas, muito embora "sempre mantendo a capacidade do diálogo"; estado deverá decretar luto oficial de três dias; senador petista Humberto Costa destacou que, apesar de atuarem em campos opostos, pode "atestar no Congresso Nacional o seu papel como um grande articulador da oposição; ex-ministro e possível candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse que "apesar das divergências, sempre foi interlocutor respeitoso e extrovertido"

Morte do deputado federal e ex-presidente nacional do PSDB repercutiu forte no meio político nacional; governador de Pernambuco, Eduardo Campos, relembrou a amizade de longa data e as diferenças políticas, muito embora "sempre mantendo a capacidade do diálogo"; estado deverá decretar luto oficial de três dias; senador petista Humberto Costa destacou que, apesar de atuarem em campos opostos, pode "atestar no Congresso Nacional o seu papel como um grande articulador da oposição; ex-ministro e possível candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse que "apesar das divergências, sempre foi interlocutor respeitoso e extrovertido"
Morte do deputado federal e ex-presidente nacional do PSDB repercutiu forte no meio político nacional; governador de Pernambuco, Eduardo Campos, relembrou a amizade de longa data e as diferenças políticas, muito embora "sempre mantendo a capacidade do diálogo"; estado deverá decretar luto oficial de três dias; senador petista Humberto Costa destacou que, apesar de atuarem em campos opostos, pode "atestar no Congresso Nacional o seu papel como um grande articulador da oposição; ex-ministro e possível candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse que "apesar das divergências, sempre foi interlocutor respeitoso e extrovertido" (Foto: Felipe L. Goncalves)


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Paulo Emílio, Pernambuco 247- A morte do deputado federal e ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, repercutiu forte no meio político nacional.O governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, relembrou a amizade de longa data e as diferenças políticas, muito embora "sempre mantendo a capacidade do diálogo e o desejo do entendimento que constrói dias melhores para o país e para o nosso povo". O engenheiro agrônomo Xico Graziano, responsável pela coordenação da campanha de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto, em 2010, ressaltou, via Twitter, o legado deixado pelo tucano. O pré-candidato do PTB ao Governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro Neto, também lamentou a passagem do parlamentar.“Pernambuco perde um político de dimensão nacional", disse. O senador petista Humberto Costa, destacou que, apesar de atuarem em campos opostos, pode "atestar no Congresso Nacional o seu papel como um grande articulador da oposição"

"A perda de Sergio Guerra nos entristece profundamente. Convivo com ele há mais de trinta anos, desde que, muito jovem, comecei a trabalhar com Dr Arraes, que tinha nele um amigo e um aliado de todas as horas. Fomos colegas de secretariado duas vezes e colegas de Parlamento em três mandatos, compartilhando momentos importantes da vida brasileira, mais próximos em determinadas situações, mais afastados em outras, mas sempre mantendo a capacidade do diálogo e o desejo do entendimento que constrói dias melhores para o país e para o nosso povo. Em meu nome pessoal, da minha família e do povo pernambucano, expresso minhas condolências aos familiares e amigos deste pernambucano que lutou todos esses anos para a construção de um Pernambuco melhor e de um Brasil mais justo", disse Campos, em nota.

O engenheiro agrônomo Xico Graziano, responsável pela coordenação da campanha de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto, em 2010, ressaltou, via Twitter, o legado deixado pelo tucano), que faleceu no início da manhã desta quinta-feira (6) em decorrência de um câncer no pulmão. Graziano, que atualmente é diretor do Instituto FHC, lamentou a perda do correligionário, considerado por ele como um “político competente” "Acaba de falecer em Recife Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB. Empresário moderno, político competente, pessoa maravilhosa. Amém", postou.

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O pré-candidato do PTB ao Governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro Neto, também lamentou a passagem do parlamentar. “Pernambuco perde um político de dimensão nacional. Sérgio Guerra sempre revelou atributos de liderança e grande capacidade de articulação. Quero neste momento apresentar a toda a sua família a expressão de meu pesar e solidariedade”, disse Armando.

Humberto Costa disse que, apesar de atuar em campo oposto ao de Guerra, o via como alguém dotado de grande habilidade política."O presidente estadual do PSDB e deputado federal Sérgio Guerra sempre se destacou por sua habilidade política. Embora militando em campo oposto, pude atestar no Congresso Nacional o seu papel como um grande articulador da oposição.  Sempre mantive com ele uma relação de cordialidade e respeito.  Minhas condolências a família e os amigos nesta hora difícil".

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O integrante da direção nacional do PT e um dois fundadores do partido, Francisco Rocha, o Rochinha, também ressaltou a atuação do parlamentar pernambucano. "Atuávamos em campos opostos e brigávamos feito dois bichos. Mas era um bom combate, respeitoso. O Sérgio era uma figura política truculenta, mas muito amável pessoalmente. Ele prestou grandes serviços, especialmente para Pernambuco. Foi um parlamentar atuante, seja como deputado ou senador. Mas este momento transcende qualquer questão de política partidária. Lamento o seu falecimento", afirmou Rochinha.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), disse ser testemunha do trabalho e da capacidade política de Sérgio Guerra. "No último Governo Arraes pude testemunhar a capacidade política e de gestão de Sérgio Guerra. Como secretário de Indústria e Comércio, ele viabilizou o maior aporte de investimentos federais feitos no Porto de Suape até então. Anos depois, como presidente do PSDB, soube exercer sua forte liderança sem nunca fechar as portas para o diálogo com os demais partidos", divulgou em nota.

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O prefeito de Salvador (BA), ACM Neto (DEM), ressaltou, em nota, que o “O Brasil e Pernambuco perderam um dos seus mais expressivos homens públicos". “O Brasil e Pernambuco perderam um dos seus mais expressivos homens públicos. Convivi e participei de várias reuniões ao lado de Sérgio Guerra, um político que sempre foi coerente com seus ideais e, principalmente, sabia conviver e estimulava muito as opiniões divergentes para fortalecer o debate”, disse em nota divulgada na manhã desta quinta-feira.

O ex-ministro e possível candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, também destacou a sua relação com o tucano "Força à família de Sérgio Guerra. Quando era ministro de Relações Institucionais de Lula, apesar das divergências, sempre foi interlocutor respeitoso e extrovertido", postou em sua conta no Twitter.

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O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg, lamentou a perda do "amigo". "me sinto profundamente triste. Perdi um bom e grande amigo. me hospedei várias vezes na casa dele em Pernambuco. Era um dos mais bem preparados políticos que tive oportunidade de conhecer. Pernambuco perde um grande representante", disse Rollemberg.

Sérgio Guerra faleceu, na manhã desta quinta-feira (6), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O parlamentar, que já presidiu o partido nacionalmente, acumulava a presidência do Instituto Teotônio Vilela, instituição de estudos ligada a legenda.  Guerra enfrentava um câncer, descoberto há quatro anos. O corpo do deputado deverá chegar ao Recife nesta noite. O velório deverá acontecer na Assembleia legislativa de Pernambuco (Alepe) e o sepultamento ocorrerá nesta sexta-feira, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

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"É com pesar que informamos o falecimento do ex-presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra. Em breve mais informações. (...) O PSDB-SP se solidariza com a família e com os amigos do deputado Sérgio Guerra e deseja a eles força neste momento de tristeza", publicou o diretório do PSDB de São Paulo na rede social.

Guerra, que tinha 66 anos, estava internado há mais de vinte dias em decorrência de complicações derivadas de um câncer de pulmão. O parlamentar iniciou sua carreira política filiando-se ao PMDB em 1981. No ao seguinte assumiu o mandato de deputado estadual. Em 1986, já filiado ao PDT, foi reeleito ao cargo e em 1989 filiou-se ao PSB. Durante o governo de Miguel Arraes, ele ocupou os cargos de secretário estadual de Indústria, Comércio e Turismo e de Ciência e Tecnologia. Em 1990, elegeu-se deputado federal e foi reeleito nos mandatos seguintes (1994 e 1998).

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No último mandato de Miguel Arraes à frente do Governo de Pernambuco, voltou a assumir o cargo de secretária estadual de Indústria e Comércio entre 1997 e 1998. Em 1999, abandonou a legenda socialista e ingressou no PSDB. Já como integrante do partido tucano, Guerra ocupou a Secretaria Extraordinário durante o primeiro mandato do governo Jarbas Vasconcelos (atualmente senador pelo PMDB).

Em 2002, o parlamentar foi o segundo senador mais votado, sendo eleito com 1.675.779 votos (26,9% dos válidos) – atrás apenas de Marco Maciel (PFL). Em 2006, Sérgio Guerrra foi o coordenador nacional da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB). Nas últimas eleições, em 2010, foi o sexto deputado federal mais votado em Pernambuco, com 167.117 votos (3,79% dos válidos). No mesmo ano, ele também coordenou a campanha presidencial de José Serra.

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Guerra, foi um dos responsáveis pelo processo de modernização e reestruturação do PSDB, intensificando e ampliando o uso das redes sociais como ferramenta de marketing político, além de promover uma maior aproximação da legenda com segmento sociais como mulheres e jovens, e os sindicatos.

O parlamentar também se viu envolvido em escândalos ligados a esfera governamental. Em 1989, estourou o chamado “escândalo do orçamento. O caso veio à tona quando o ex-assessor da Comissão de Orçamento da Câmara Federal, José Carlos Alves dos Santos, foi preso sob suspeita de haver assassinado a própria mulher. Na ocasião, ele denunciou  o esquema que se tornaria mais conhecido como "Os Anões do Orçamento", em função dos parlamentares citados por Santos serem todos de baixa estatura, entre eles o pernambucano Sérgio Guerra. Guerra acabou livre das acusações por conta do apoio favorável do então relator do processo de cassação, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE).

Abaixo, nota divulgado pelo PSDB sobre a morte de Guerra:

Morre em São Paulo Sérgio Guerra, ex-presidente Nacional do PSDB

Brasília (DF) – É com pesar que o PSDB Nacional informa que o presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV) e do diretório do partido em Pernambuco, o deputado federal Sérgio Guerra, de 66 anos, morreu nesta quinta-feira (6) pela manhã, em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês. Ele estava internado há 15 dias e morreu em decorrência de uma pneumonia que agravou o estado geral de saúde. O tucano será velado e enterrado no Recife (PE).

Guerra estava em São Paulo submetendo-se a um tratamento de combate ao câncer de pulmão. Economista, empresário e criador de cavalos de raça, ele presidiu o PSDB Nacional, de 2007 a 2013.

Pernambucano, Guerra militou no movimento estudantil e deixa quatro filhos. Foi secretário estadual de Indústria, Comércio e Turismo e de Ciência e Tecnologia em Pernambuco durante o governo de Miguel Arraes.

No ano de 2012, Guerra implementou um processo de reestruturação do partido, implementando mudanças na comunicação com mais incentivos no uso das redes sociais, como Facebook e Twitter. Também estimulou os vários setores da sociedade a participar do debate político, como mulheres, jovens, sindicalistas, movimentos sociais e de etnia.

No Congresso, Guerra propôs o Fundo de Apoio ao Biodiesel e a a regulamentação da atividade de propaganda comercial na modalidade de mídia exterior. Também integrou comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

No ano passado, ele participou das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul.

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