Empreiteiras pedem quase R$ 1 bi pela Abreu e Lima

Um dos principais empreendimentos de Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima, no Grande Recife, poderá ter aditivos que somam R$ 943 milhões; acréscimos à Petrobras foram pedidos por Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão; refinaria foi uma das obras decidida na gestão do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa; ele foi preso da Operação Lavo Jato, da PF, por suspeita de atuar num esquema de lavagem de dinheiro

Um dos principais empreendimentos de Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima, no Grande Recife, poderá ter aditivos que somam R$ 943 milhões; acréscimos à Petrobras foram pedidos por Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão; refinaria foi uma das obras decidida na gestão do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa; ele foi preso da Operação Lavo Jato, da PF, por suspeita de atuar num esquema de lavagem de dinheiro
Um dos principais empreendimentos de Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima, no Grande Recife, poderá ter aditivos que somam R$ 943 milhões; acréscimos à Petrobras foram pedidos por Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão; refinaria foi uma das obras decidida na gestão do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa; ele foi preso da Operação Lavo Jato, da PF, por suspeita de atuar num esquema de lavagem de dinheiro (Foto: Leonardo Lucena)


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Pernambuco 247 – Um dos principais empreendimentos de Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Grande Recife, poderá ter aditivos que somam R$ 943 milhões. As empresas responsáveis por encaminhar os pedidos de acréscimos à Petrobras foram a Camargo Corrêa, a Odebrecht e a Queiroz Galvão - só a Camargo, por exemplo, pediu um acréscimo de R$ 600 milhões. Em abril, uma equipe de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) desembarcará no Porto de Suape, onde fica se localiza a Rnest, para avaliar o pedido de quatro grandes empreiteiras, que aumentam os custos da obra. Orçada inicialmente em US$ 2 bilhões, em 2005, o empreendimento custa US$ 18 bilhões, atualmente. A previsão é de que a primeira etapa de obra seja iniciada em novembro.

A refinaria foi uma das obras mais caras sob a gestão do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que conduziu a implantação do empreendimento - ele deixou o cargo em 2012. Na última quinta-feira (20), a Polícia Federal confirmou a sua prisão, por suspeita de atuar num esquema de lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. A organização foi desmantelada na Operação Lava Jato e, segundo as investigações, pode ter movimentado mais de R$ 10 bilhões.

Costa é acusado de tentar destruir provas do esquema. Indicado ao cargo na Petrobrás pelo PP, ele também esteve envolvido no compra da refinaria Pesadena, nos Estados Unidos, pela Petrobrás. De acordo com a operação da PF, ele ganhou um carro do doleiro Alberto Yousseff e em sua residência forma encontrados quase R$ 1 milhão em espécie.

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No caso da refinaria Abreu e Lima, os aditivos na refinaria Abreu e Lima foram resultado de uma auditoria feita no ano passado. "Em abril vamos ao canteiro de obras para comprovar problemas que detectamos em quatro contratos da Abreu e Lima. O resultado da auditoria feita em 2013 aponta para indícios de projeto básico deficiente, falha na estimativa de quantidade de materiais para a obra e atrasos no cronograma", afirma o Secretário de Fiscalização de Obras de Energia e Saneamento do TCU, Eduardo Nery, em entrevista à repórter Adriana Guarda, do Jornal do Commercio.

"Um dos problemas foi a construção das tubovias (interligações dentro da refinaria). Erros na caracterização do solo, que é mole na região, elevaram em 568% a quantidade de estacas na tubovia. Isso resultou num aumento de R$ 150 milhões", disse Nery.

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Conforme o projeto inicial, a Rnest seria executada por meio de uma parceria entre a Petrobrás e a PDVSA, da Venezuela. Como a estatal venezuelana não deu garantias de que pagaria a sua parte, o equivalente a 40% dos custos, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu, no ano passado, incorporar a refinaria.

A primeira etapa da obra deve entrar em operação já no mês de novembro, processando 115 mil barris de petróleo por dia. A segunda começa a operar em maio de 2015, com um processamento de outros 115 mil barris diários de petróleo. Ou seja, a partir do próximo ano, a refinaria vai operar 230 mil barris de petróleo diariamente. 

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