PSB alega que apenas Campos cuidava das doações
Ao Tribunal Superior Eleitoral, advogado Renato Thièbaut afirma não ter informações para fazer a prestação de contas completa do PSB, hoje representado por Marina Silva nas urnas; partido não declarou gastos com o uso do jato Cessna; “O candidato geria algumas tratativas de sua campanha, em especial doações em valores estimáveis, sendo certo que detinha pessoalmente o controle, documentação e informações sobre as mesmas”, diz documento em nome do partido
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247 – Cada vez mais enrolado para explicar o uso do jato Cessna pela campanha de Eduardo Campos e de Marina Silva à Presidência, o PSB agora alega que apenas o ex-governador, que morreu no mês passado, tinha controle das doações à sigla.
O partido até agora não declarou à Justiça Eleitoral os gastos com o uso do avião, que caiu em Santos, matando a comitiva de Campos, e é investigado pela Polícia.
Ao Tribunal Superior Eleitoral, advogado Renato Thièbaut alega não ter informações para fazer a prestação de contas completa do PSB: “O candidato geria algumas tratativas de sua campanha, em especial doações em valores estimáveis, sendo certo que detinha pessoalmente o controle, documentação e informações sobre as mesmas”, diz documento em nome do partido.
Ele também diz que desconhecia as irregularidades em torno do avião. Segundo fonte ouvida pelo Globo, dois dias após a morte de Campos, dirigentes do partido foram chamados a uma reunião num hotel de São Paulo pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, donos do jato. Eles teriam dito que a sigla teria problemas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque a transação estava “irregular”.
O avião foi comprado com pelo menos 16 depósitos diferentes, incluindo de empresas fantasmas, mas ainda aparecia em nome da AF Andrade nos registros da Anac.
Duas semanas após o encontro, no entanto, o PSB divulgou nota alegando que estava “alheio” às negociações.
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