Marina tenta culpar Dilma por mentira da CPMF
Após ser pega em contradição por conta da votação da CPMF na época em que era senadora, a candidata do PSB tentou se explicar durante evento em Caruaru, Pernambuco; segundo ela, o que foi apresentado como contradição pela imprensa e pela propaganda eleitoral do PT, foi, na verdade, "confusão" da presidente Dilma; "Quem nunca foi vereador, deputado, senador e acaba virando presidente acaba fazendo confusão", provocou a candidata
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Pernambuco 247 – Em nova tentativa de explicar por que mentiu quando disse que havia votado a favor da CPMF no Senado, a candidata do PSB à presidência, Marina Silva, chegou a culpar a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, que, segundo ela, "fez confusão" sobre o tema por não ter experiência parlamentar.
Durante evento em Caruaru, Pernambuco, nesta segunda-feira 29, Marina tentou explicar que foi favorável à criação do imposto sobre transações financeiras para financiar a saúde, mas logo foi questionada por que disse em entrevistas e no debate da Band, dia 26 de agosto, que votou a favor da medida como senadora pelo PT do Acre, quando, na verdade, votou contra, como provam registros do Senado.
"A CPMF tramita desde 1993. Entrei no Senado em 95. No processo da comissão, o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM, já falecido) propôs um fundo de combate. Eu propus estudar medidas de combate à pobreza. Fizemos o bom combate na comissão. Aprovamos a proposta e no plenário houve mudança no texto e os recursos foram reduzidos pela metade. Aí sim votamos contrários", disse a candidata.
Segundo ela, Dilma "tem uma certa dificuldade de entender o trâmite legislativo", devido à falta de experiência no Congresso. "Fico tranquila porque sei o que fiz. Obviamente, uma pessoa como a presidente Dilma, que nunca foi vereadora, deputada, que não teve qualquer mandato político, tem uma certa dificuldade de entender o trâmite legislativo de u ma proposta", disse Marina a jornalistas, após comício no Recife.
"Assessores e marqueteiros constroem uma versão. Eu não seria ingênua de inventar uma coisa dessas sabendo que isso fica nos anais no processo", acrescentou a candidata. Em novo discurso para tentar se vitimizar, reafirmou ser alvo de difamações pela campanha da adversária. "O problema é que há uma cadeia de mentiras, de difamações, que o tempo todo são usadas para desconstruir a minha imagem. Tem o objetivo de um marqueteiro, de um grupo que não se orienta mais pela ética e faz esse tipo de coisa, tira do contexto. Uma votação vocês sabem que passa por um processo longo de tramitação. Fomos contra uma alteração que desvirtuou o projeto", disse.
De acordo com os anais do Senado, Marina Silva votou, em 1995, junto com a bancada petista contra a emenda constitucional que propunha a criação do imposto. Em 2002, quando a CPMF foi prorrogada, ela também não votou favorável – não registrou presença, mesmo estando no Senado, o que equivale a abstenção.
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