Câmara: 'Aliança entre PSB e PSDB olha para o futuro'

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Pernambuco 247 - O governador eleito de Pernambuco e também primeiro vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, defendeu o apoio dado pela legenda socialista ao candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições presidenciais. O socialista minimizou as críticas de que o ex-governador Miguel Arraes – considerado um socialista histórico, além de avô do também ex-governador Eduardo Campos – não firmaria aliança com o PSDB no segundo turno. Ele também não descartou a possibilidade do PSB disputar a próxima eleição presidencial.

"A gente está olhando para o futuro, não dá pra gente ficar olhando para o passado. Essa divergência com o PSDB ficou no passado. Como fomos aliados do PT e agora temos divergências. Isso faz parte do processo político", afirmou Câmara em entrevista ao Jornal do Commercio.

Segundo Câmara, a polarização entre PT e PSD acabou por levar a legenda socialista a apoiar a "que era melhor para o país". O PSB tinha que se definir pela candidatura A ou B. Se definiu pela de Aécio, pelo que era melhor para o país", ressaltou. Ele também disse que, se eleito, Aécio terá compromisso com o Nordeste. "Óbvio que queremos também um presidente que olhe para o Nordeste, que ajude aqueles Estados menos desenvolvidos, feito Pernambuco. E Aécio tem esse compromisso", assegurou.

Câmara também diz não acreditar que vá existir algum tipo de retaliação caso o PT consiga reeleger a presidente Dilma Rousseff e, caso isso ocorra, o julgamento será feito pela população. "Vamos atrás dos recursos, como sempre fizemos. Se o governo federal não aprovar nossos projetos, paciência. A população vai ficar sabendo de todo o nosso trabalho e se está havendo ou não retaliação", disse.

Sobre o futuro do partido, o governador eleito não descarta a possibilidade do PSB voltar a disputar as eleições presidenciais em um momento futuro. "É natural, após a definição do segundo turno, iniciar as discussões. Todo partido quer um dia ter a oportunidade de contribuir de maneira efetiva e protagonista para o país. Esse projeto não teve êxito em 2014, mas pode ser uma realidade. A gente vai trabalhar no partido para no futuro ter a oportunidade de realizar", afirmou.

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