Siqueira defende aproximação com o PSDB

Novo presidente do PSB, Carlos Siqueira afirma que o “apoio programático” com o presidenciável tucano já estava posta quando o então governador Eduardo Campos optou por deixar o governo Dilma Rousseff: “o PT que está no poder há 12 anos envelheceu e se afastou de sua base social e de seus ideais políticos. Impunha-se, portanto, como tarefa política, criar para os brasileiros uma oportunidade concreta de alternância”

Novo presidente do PSB, Carlos Siqueira afirma que o “apoio programático” com o presidenciável tucano já estava posta quando o então governador Eduardo Campos optou por deixar o governo Dilma Rousseff: “o PT que está no poder há 12 anos envelheceu e se afastou de sua base social e de seus ideais políticos. Impunha-se, portanto, como tarefa política, criar para os brasileiros uma oportunidade concreta de alternância”
Novo presidente do PSB, Carlos Siqueira afirma que o “apoio programático” com o presidenciável tucano já estava posta quando o então governador Eduardo Campos optou por deixar o governo Dilma Rousseff: “o PT que está no poder há 12 anos envelheceu e se afastou de sua base social e de seus ideais políticos. Impunha-se, portanto, como tarefa política, criar para os brasileiros uma oportunidade concreta de alternância” (Foto: Roberta Namour)


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247 – Diante das críticas de Roberto Amaral, ex-presidente do PSB, seu sucessor Carlos Siqueira sai em defesa do “apoio programático” ao PSDB de Aécio Neves. Segundo ele, a direção fora tomada já pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, quando deixou o governo Dilma Rousseff ao “se afastar de sua base social e de seus ideais políticos”. Leia:

O PSB contra o maniqueísmo

A aproximação com o PSDB está amparada por diretrizes baseadas em sugestões do PSB. Daí a decisão de apoiar a candidatura de Aécio Neves
Para que se possa compreender as razões que levaram o Partido Socialista Brasileiro a optar pelo apoio programático à candidatura de Aécio Neves é preciso partir de um elemento de realidade. Esse elemento já estava posto quando o saudoso governador Eduardo Campos decidiu protagonizar a luta pela mudança da qualidade da práxis política: as realizações do PT de Lula não são as mesmas de Dilma Rousseff.

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O diagnóstico não tinha por fundamento os nomes ou as habilidades de cada um. Referia-se de forma direta ao fato apontado por vários teóricos da política, segundo o qual há um envelhecimento de ideais, inerente à permanência no poder. Esse processo de fadiga prática e teórica leva, não raro, à aristocratização de lideranças que, na origem, eram comprometidas com as causas populares. Ou seja, o PT que está no poder há 12 anos envelheceu e se afastou de sua base social e de seus ideais políticos.

Impunha-se, portanto, como tarefa política, criar para os brasileiros uma oportunidade concreta de alternância. Esse é um princípio básico do regime democrático, ao qual nosso partido se engajou sem qualquer ambivalência já no momento de sua fundação, em 1947.

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Essa qualificação pode parecer estranha, mas é relevante no contexto de época e também na atualidade, quando se tenta sacrificar um princípio do regime democrático em nome de uma tentativa de apropriação das causas populares por uma única agremiação partidária, neste caso o PT.

Ora, os que de fato são democratas não podem partilhar da ideia de uma democracia condicional, ou seja, que só é boa quando as forças pelas quais militam vencem.

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A análise qualificada do cenário político exige deixar de lado o maniqueísmo simplório, que, ao longo de toda a história, justificou os totalitarismos à direita e à esquerda. Nesse sentido, o PSB se mantém fiel às suas tradições e recusa as pechas que servem a um discurso que se aproxima dos malfadados ideais do partido único.

Nota-se, em complemento, que a aproximação com o PSDB não é incondicional e que está amparada por diretrizes programáticas baseadas em sugestões do PSB. Daí a nossa firme decisão de apoiar de forma entusiástica a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República.

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Quanto às questões que maculariam nossa coligação com o PSDB --favorecimento do grande capital, renúncia à soberania nacional e aliança com o capital financeiro internacional--, basta recordar que o petismo que chegou ao poder se valeu de um quadro ligado à banca internacional e eleito deputado federal pelo PSDB, Henrique Meirelles, para comandar o Banco Central. Sua política no BC assegurou ganhos extraordinários às instituições financeiras nacionais e internacionais.

O fato de o PSB não se ver na condição de proprietário da verdade lhe permite entender que há uma possibilidade libertária. Isso quer dizer, na atual conjuntura, desfazer o equívoco de que o futuro já tenha sido totalmente inventado por um único sujeito político.

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O futuro que vislumbramos guarda diferentes ordens de possibilidades e nos orientamos em direção a ele tendo por farol nossos valores históricos e democráticos, e não a adesão acrítica a ideais que não nos pertencem.

Eduardo Campos compreendeu que um ciclo hegemônico se esgotara e com ele o dinamismo de nosso desenvolvimento econômico e social. O PSB, que sempre se posicionou em prol das causas populares, teve a coragem de extrair de sua leitura de conjuntura as devidas consequências políticas.

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Precisamos recompor os fundamentos que permitirão melhorar a qualidade de vida de nossa gente. Para isso, é preciso ter a ousadia da mudança!

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