Continua o racha entre prima de Campos e PSB
A vereadora do Recife Marília Arraes (PSB), prima do seu correligionário e ex-governador Eduardo Campos, criticou as declarações do secretário de governo da capital, Sileno Guedes (PSB), sobre os ataques que a parlamentar recebeu em pichações de muros; em algumas paredes do Recife apareceram frases como "Marília Arraes traidora"; para Sileno, a "exposição" da parlamentar nas mídias sociais dão margem para a este tipo de crítica; Marília disparou contra o dirigente, ao dizer que o peessebista concedeu uma "reposta machista, deplorável e que prioriza a culpabilidade da vítima"
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Pernambuco 247 – A candidatura presidencial do PSB deixou "rusgas" no partido em Pernambuco que podem não ser sanadas a curto prazo. Favorável ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), a vereadora do Recife Marília Arraes (PSB), prima do seu correligionário e ex-governador Eduardo Campos, falecido no dia 13 de agosto, criticou as declarações do secretário de governo da capital, Sileno Guedes (PSB), sobre os ataques que a parlamentar recebeu em pichações de muros.
Nesta semana, em algumas paredes do Recife apareceram frases como "Marília Arraes traidora" e "Marília Arrais gaiera". Para Sileno, a "exposição" da parlamentar nas mídias sociais dão margem para a este tipo de crítica. Marília disparou contra o dirigente, ao dizer que o peessebista concedeu uma "reposta machista, deplorável e que prioriza a culpabilidade da vítima".
"Isso é o que a gente combate historicamente quando se coloca a culpa em quem é vítima. Minha exposição nas redes sociais é natural pelo cargo que eu ocupo, é uma exposição da vida pública", declarou a vereadora à Rádio Folha. "Ele talvez não seja exposto assim porque faz muitos anos que ele não tem um mandato eletivo. Minha exposição faz parte do exercício do meu mandato", acrescentou.
Desde a pré-campanha, tanto para o governo de Pernambuco como para a presidência da República, Marília e o PSB não se entendem. Além de ter criticado a legenda sob o argumento de que o slogan "nova política" adotado por Campos e pela ex-presidenciável Marina Silva não condiz com as alianças da sigla, a parlamentar também havia manifestado posição contrária à postulação do ex-secretário estadual da Fazenda Paulo Câmara (PSB), eleito no primeiro turno. Segundo a parlamentar, a indicação do ex-dirigente foi unilateral.
A escolha de João Campos, filho de Eduardo Campos, para comandar a Secretaria Estadual da Juventude Socialista Brasileira (JSB-PE), também deixou mal-estar entre a vereadora e seu partido. Pelas redes sociais, em junho, a parlamentar disse que o jovem "não tem envolvimento na juventude partidária" para comandar o posto de Secretário Estadual da JSB-PE.
Outro desentendimento ocorreu no mês de agosto. Funcionários do comitê central da campanha do PSB do Recife (PE) batizaram de "Marília" o nome de uma cadela encontrada na rua por militantes da sigla. O caso foi criticado por organizações de defesa dos direitos da mulher.
A parlamentar também criticou o apoio do PSB ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. "Não vejo outra explicação para o fato de a legenda (infelizmente, tenho que chamar assim) aliar-se a um partido de direita, que sempre combatemos e que não representa em nada os nossos ideais progressistas e socialistas. Como é possível ignorar todos os avanços sociais do projeto político conduzido por Lula e por Dilma?", disse, em nota.
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