Sílvio Costa defende plebiscito sobre bingos
Em tempos de ajuste fiscal e retração da receita, com o Estado brasileiro precisando aumentar seus recursos para manter e melhorar a prestação de serviços, quanto não seria arrecadado se os bingos e cassinos fossem legalizados? A pergunta é do deputado Silvio Costa (PSC-PE), autor de proposta de plebiscito sobre a legalização destas atividades que hoje funcionam clandestinamente; texto de Tereza Cruvinel
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Em tempos de ajuste fiscal e retração da receita, com o Estado brasileiro precisando aumentar seus recursos para manter e melhorar a prestação de serviços, quanto não seria arrecadado se os bingos e cassinos fossem legalizados? A pergunta é do deputado Silvio Costa (PSC-PE), autor de proposta de plebiscito sobre a legalização destas atividades que hoje funcionam clandestinamente.
_ Entendo que é fundamental esta consulta popular pois a legalização do jogo sempre foi um tema que gerou um grande debate no Brasil. Mas precisamos deixar de hipocrisia em relação a este assunto. Todos sabem que existem milhares de cassinos clandestinos no Brasil, de bingos, caça níqueis e outros jogos de azar. O jogo é regulamentado em mais de 100 países do mundo. Aqui na América do Sul, por exemplo, milhares de brasileiros vão anualmente ao Paraguai, Uruguai e Chile para jogar em seus cassinos. Gastam lá o que poderiam gastar aqui. Sou a favor da legalização do jogo pois sou contra a contravenção. O país só teria a ganhar com isso, em todos os aspectos – diz o deputado.
Ele cita estudos realizados pela Associação Brasileira de Bingos – ABRABIN, segundo os quais a legalização dos cassinos e bingos geraria para os cofres públicos uma receita anual de aproximadamente R$ 18 bilhões. Bem mais do que a arrecadação que o governo terá com as restrições ao acesso a benefícios impostas pelo ajuste fiscal.
Costa diz conhecer as resistências à proposta, principalmente entre grupos religiosos. A consulta popular, entretanto, iria aferir a vontade da maioria, e são as maiorias que devem prevalecer nas democracias, diz ele.
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