"Não preciso de intermediários", diz Câmara a Armando
Mais de um mês depois do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), ter espinafrado o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao dizer que jamais havia sido procurado para ajudar a destravar projetos de interesse do Estado junto ao governo federal, Câmara deu o troco; "Tenho as portas abertas em Brasília, nos ministérios onde eu preciso ir. O cargo de governador exige isto, conversa direta, olho no olho. Não preciso de intermediários para defender os interesses de Pernambuco", disparou; Câmara e Armando são adversários políticos desde as últimas eleições, quando o trabalhista foi derrotado pelo socialista na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas
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Pernambuco 247 - Mais de um mês depois do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), ter espinafrado o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao dizer que o socialista jamais o havia procurado para pedir ajuda para destravar projetos de interesse do Estado junto ao governo da presidente Dilma Rousseff, Câmara deu o troco. "Tenho as portas abertas em Brasília, nos ministérios onde eu preciso ir. O cargo de governador exige isto, conversa direta, olho no olho. Não preciso de intermediários para defender os interesses de Pernambuco", disparou.
A afirmação de Paulo Câmara foi feita nesta sexta-feira (31) durante uma entrevista ao programa do comunicador Geraldo Freire, na Rádio Jornal. O radialista provocou o governador ao relembrar que há cerca e um mês, o ministro havia declarado que faltava articulação política a Câmara e que o governador jamais o teria procurado para tratar de assuntos de interesse do Estado.
Câmara e Armando são adversários políticos desde as últimas eleições estaduais, quando o trabalhista foi derrotado pelo socialista na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. Apesar da desavença, Câmara disse que irá precisar do apoio de Armando para tratar das concessões para o Porto de Suape que estão sob análise do Governo Federal.
Durante a entrevista, o governador também criticou a redução nos repasses por parte do governo federal, além de reclamar da queda de receitas próprias, como o ICMS, por conta da crise econômica atual. "Este é o pior ano de arrecadação do ICMS. A situação está pior do que 2014 e a gente não previa isto nem no cenário mais pessimista. A gente esperava que pelo menos a arrecadação cobrisse a inflação", disse. Segundo ele, pela primeira vez em 20 anos, os repasses do SUS para Pernambuco sofreram atrasos.
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