Múcio: TCU manterá relator e rejeitará contas
Ministro do TCU José Múcio Monteiro disse que a corte deverá derrubar o pedido de suspeição feito pelo governo contra o relator do processo do julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff, ministro Augusto Nardes; e também que o colegiado deverá seguir orientações técnicas que recomendam a rejeição das contas; "Iremos votar contra a suspeição e depois analisaremos as contas", disse; "Não existe interferência política neste caso. A equipe técnica achou que as ressalvas foram tão intensas que justificaram a não aprovação", completou
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Pernambuco 247 - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, disse que a corte deverá derrubar o pedido de suspeição feito pelo governo contra o relator do processo do julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff no TCU, ministro Augusto Nardes. Múcio também destacou que o colegiado do órgão de controle deverá seguir as orientações do parecer técnico do TCU que recomenda a rejeição das contas do governo referentes ao ano de 2014. Os dois casos deverão ser analisados nesta quarta-feira (7) pelo tribunal.
"Este ano houve uma mudança de metodologia de análise, sob orientação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Neste sentido, o tribunal pediu explicações à presidente. Com a detecção das pedaladas (pedaladas fiscais), o corpo técnico indicou a rejeição das contas e, ao que tudo indica, esta será a sua decisão", disse Múcio. "Não existe interferência política neste caso. A equipe técnica achou que as ressalvas foram tão intensas que justificaram a não aprovação", completou.
O ministro também observou que o pedido de suspeição feito contra o relator deverá ser rejeitado pela Casa. No início da semana o governo protocolou um pedido de afastamento de Nardes alegando que ele antecipou publicamente o seu voto, o que fere a legislação. Apesar disso, José Múcio diz que Nardes errou ao antecipar como iria votar. "Iremos votar contra a suspeição e depois analisaremos as contas. Mas acho que deveríamos rever as normas para garantir que o relator não possa conceder entrevistas e dar palestras no ano em que as contas forem analisadas, para não comprometer o andamento do processo", disse.
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