Estudo aponta que Nordeste pode ter novo surto de Zika em 2017

Estudo elaborado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que o Nordeste brasileiro pode sofrer com um novo surto de Zika de grandes proporções ao longo de 2017. O Zika já foi considerado uma emergência global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), após o nascimento de milhares de crianças com microcefalia desde meados de 2015; "Havia uma percepção de que a maioria da população estaria imune ao vírus após o primeiro surto, mas agora isso caiu por terra. Devemos acender o alerta", disse o membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde, Carlos Brito

Mosquito Aedes aegypti em laboratório de Cali, na Colômbia. 02/02/2016 REUTERS/Jaime Saldarriaga
Mosquito Aedes aegypti em laboratório de Cali, na Colômbia. 02/02/2016 REUTERS/Jaime Saldarriaga (Foto: Paulo Emílio)


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Pernambuco 247 - Estudo elaborado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que o Nordeste brasileiro pode sofrer com um novo surto de Zika de grandes proporções ao longo de 2017. O Zika já foi considerado uma emergência global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), após o nascimento de milhares de crianças com microcefalia desde meados de 2015, com destaque para a Região Nordeste.

"Havia uma percepção de que a maioria da população estaria imune ao vírus após o primeiro surto, mas agora isso caiu por terra. Devemos acender o alerta", disse o membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde, Carlos Brito, em entrevista à BBC Brasil.

Segundo as primeiras pesquisas, o vírus Zika terá capacidade de afetar cerca de 80% das pessoas, o que levou a ponderação de que parte da população estaria imune ao vírus. "Aquele estudo tinha muitas lacunas de metodologia e de amostra. Com base na nossa observação cotidiana dos casos já percebíamos que aqueles dados não eram coerentes", destacou o médico. Os novos dados apontam que cerca de 49% de uma determinada população é afetada em um primeiro contato.

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"Esse resultado significa que metade da população entrou em contato com o vírus e a outra metade ainda está exposta. O medo agora é que em 2017 ou 2018 possamos ter um retorno da doença para esses 50% que ainda não foram atingidos", afirma Brito.

"E ainda não temos evidências concretas de que as pessoas que já foram infectadas ficam realmente imunes. É o que geralmente acontece com as arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos), mas ainda não há certeza no caso do Zika", completou.

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