Eduardo Campos é quem ganha com a sangria do PT

À frente de uma economia que crescerá, este ano, quatro vezes acima do PIB nacional, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, é o grande beneficiário político do massacre de mídia experimentado pelo PT; as constantes denúncias contra o Partido dos Trabalhadores consolidam o nome de Eduardo como uma alternativa ao PT em 2014

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Paulo Emílio _PE247 - À frente de uma economia que crescerá, este ano, quatro vezes acima do PIB nacional, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, é o grande beneficiário político do massacre de mídia experimentado pelo PT. A vitória do partido de Lula e Dilma em 632 municípios brasileiros, nas eleições de outubro, sangra nas críticas a sucessivos casos de corrupção que envolvem militantes da legenda. Do alto do escândalo da Ação Popular 470 aos subterrâneos das negociatas armadas no gabinete da Presidência da República em São Paulo.

Na chefia de um partido organizado nacionalmente, saído das urnas de 2012 com predominância sobre 433 cidades brasileiras, Eduardo Campos empunha uma bandeira que pode ser tremulada à esquerda, a do seu Partido Socialista Brasileiro, e, ao mesmo tempo, não assusta a direita. Centrado e vitorioso na sua cidadela Recife, ele foi corrigindo gradualmente sua posição de fiel escudeiro do ex-presidente Lula para a de político independente com luz própria. Não sairá um milímetro desta plataforma.

Entre os que acompanham de perto do governador pernambucano, 2013, para ele, será um ano de fortalecimento, com vistas a uma candidatura presidencial. “2014 é menos difícil que 2018”, comparou ao 247 um dos integrantes do seu staff. “Agora, Lula não deverá ser candidato, mas na outra eleição pode concorrer”. Além disso, é também agora que o PSB de Campos encontra o terreno mais fértil de sua trajetória para construir alianças em que venha a ser o protagonista, e não mais um figurante escanteado.

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Com suas vitórias nas eleições municipais, somadas aos resultados da economia de Pernambuco, cujo PIB crescerá cerca de 4% este ano acima do perto de 1% da média nacional, Campos fala de igual para igual – ou até com mais autoridade eleitoral – frente a presidenciáveis como Aécio Neves, do PSDB e caciques partidários ascendentes como Gilberto Kassab, do PSD. As condições para uma aliança de leque mais amplo em torno de uma candidatura de Campos estão dadas. E ele próprio está pronto a aproveitar na chance.

Um bom indicativo do apetite e das movimentações do socialista está na disputa pela presidência da Câmara. Eduardo não estaria fazendo esforços junto aos 32 deputados do partido quanto a retirar a candidatura de Júlio Delgado e ainda estaria tentando convencer Gilberto Kassab a liberar os 50 deputados da bancada do PSD a abandonar o compromisso com o rodízio entre o PT e PMDB e votarem conforme acharem melhor.

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Esta movimentação teria como objetivo sondar a reação do Planalto. Caso o Governo se empenhe em fazer valer a regra do rodízio, Eduardo poderá entender como uma sinalização para que haja um distanciamento do PSB, o que poderá acelerar os planos de uma candidatura própria. O teste da Câmara seria neste caso uma variável a mais no processo em andamento de viabilizar a candidatura de Eduardo Campos nas próximas eleições presidenciais.

 

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