FBC garante que fica no PSB

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Paulo Emilio _PE247 - Alvo do chamado fogo amigo por integrantes do próprio PSB e de prefeitos insatisfeitos com o tratamento dado pelo Governo Federal quanto aos problemas relacionados à seca no Nordeste, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, disse, em entrevista à Rádio Jornal, que estará junto ao partido caso o PSB decida lançar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República em 2014. Com a declaração, FBC tenta por um fim às especulações de que ele estaria negociando a sua saída da legenda socialista para ingressar nas fileiras do PT, visando disputar o Governo do Estado no próximo pleito majoritário.

“A minha obrigação, tendo em vista o apoio que o partido me deu e a confiança que a presidente Dilma me depositou, é de trabalhar para que, sendo possível, seja mantida a aliança. Agora, no momento em que o partido tomar uma posição, é evidente que vamos ficar do lado do partido”, afirmou o ministro. Na semana passada, FBC foi alvo de um tiroteio pesado por parte do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), que é tido como um dos homens fortes da legenda, que afirmou que o ministro atrapalhava a movimentação nacional de Eduardo Campos. “O jogo dele é que o governador Eduardo Campos não seja candidato a presidente e que apoie Dilma, para ele ser o governador de todos”, pontuou.

Labanca disse, ainda, que “Ele (o ministro) já fez muitas idas e vindas. Uma a mais, uma a menos, não seria novidade. Ele já foi do PFL, PDS, PMDB. Já foi parte de vários governos. Então mais um passo que ele der não é novidade nenhuma para o PSB”, disparou na ocasião. As opiniões de Labanca foram consideradas pesadas até mesmo  pelo palácio do Campo das Princesas que escalou o secretário estadual de Governo, Milton Coelho, para blindar o ministro.

Apesar do incêndio estar aparentemente controlado, FBC tem se queixado de que setores do PSB estão atuando para desestabilizá-lo junto ao Governo Federal e, desta forma, reduzir as suas chances de disputar o Governo do Estado em 2014 com o aval da legenda e do próprio governador. Como um dos homens de confiança de Campos, o ministro avalia que o seu nome é dos que devem estar na balança quando Eduardo definir quem será o seu sucessor e, neste ponto, alguns aliados estariam atuando para minar as suas pretensões.

Com Eduardo sendo cada vez mais pressionado para definir será ou não candidato em 2014, FBC também passa a sofrer de pressão semelhante. Se for candidato, o governador terá que romper a aliança de décadas que o PSB mantém com o PT e, neste caso, FBC somente permaneceria ministro caso migrasse para o Partido dos Trabalhadores  o que, segundo comentários de bastidores, poderia fazer com que FBC ganhasse o apoio petista para concorrer contra o candidato ungido por Campos. Agora, com as últimas declarações FBC tenta por fim a este burburinho, muito embora ainda não haja garantia de que será ele o escolhido para disputar a sucessão estadual em 2014.

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