"Não precisa ser contra gay para ter meu voto”
Pastor evangélico Silas Malafaia manifestou, mais uma vez, interesse na candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República em 2014; para o religioso, o gestor pernambucano é mais bem “preparado” do que os presidenciáveis Marina Silva e Aécio Neves (PSDB-MG) e a presidente Dilma Rousseff (PT); Malafaia também alfinetou o PT no caso Marco Feliciano (PSC-SP)
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PE247 – O pastor evangélico Silas Malafaia manifestou, mais uma vez, interesse pela candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República em 2014. Para o religioso, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o gestor pernambucano, com quem já conversou, é mais bem “preparado” do que os presidenciáveis Marina Silva (Rede Sustentabilidade), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a atual chefe do Executivo federal, Dilma Rousseff (PT). Malafaia também alfinetou o PT, ao afirmar que o partido está fazendo um “joguinho ideológico” para manobrar o deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP) a renunciar à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Em relação a Eduardo Campos, o evangélico confessou que já conversou com o pessebista e considera que o gestor está fazendo um grande governo em Pernambuco. “Gostei da conversa. Vejo nele a possibilidade de ser meu candidato”, declarou Malafaia, nesta terça-feira (16), à Rádio JC/CBN. Para ele, o governador pessebista tem “visão” sobre o fato de o Brasil ser “um País onde o PIB (o crescimento do Produto Interno Bruto) é uma “bomba relógio” ligada e é menor do que a inflação”.
Diante das movimentações de Campos na busca por apoio político e empresarial visando à eleição presidencial de 2014, Malafaia afirmou que não se pode enxergar o gestor pernambucano como um “inimigo” dos petistas. “Não precisa ser inimigo para ser candidato, mas o outro lado (o PT) acha que ele é inimigo”, acrescentou. Silas disse, ainda, que foi ele quem procurou um encontro com o governador e que na ocasião Eduardo não teria pedido apoio a ele.
Malafaia também saiu em defesa do deputado federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marcos Feliciano. Alvo de constantes polêmicas por ter dado declarações preconceituosas contra homossexuais e negros afirmando que “Aids é um câncer gay”, no ano passado, e ter dito via Twitter, em 2011, que os africanos são “amaldiçoados, Feliciano está sendo pressionado por diversos parlamentares e pela sociedade civil a renunciar ao cargo.
Na avaliação de Silas Malafaia, o PT está fazendo um “joguinho ideológico”. “Que moral tem o PT quando dois caras (os deputados José Genoíno e João Paulo Cunha), condenador pelo Supremo Tribunal Federal são membros de uma das maiores comissões do Congresso Nacional (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania)?”, questionou o religioso.
Sobre Feliciano, o pastor afirmou que o deputado não é “homofóbico”. “Homofobia é ter vontade de bater, agredir, querer matar”, declarou. Segundo ele, que reconheceu e amenizou as declarações de Feliciano, no Brasil as pessoas podem falar mal de “todo mundo” que não é algo interpretado como preconceito. “Mas se xingar gay é homofobia”, ironizou Malafaia. E reiterou: “Eduardo (Campos) não precisa ser contra gay para ter o meu voto”, observou.
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