Campos defende alta de juros para conter inflação

Um dos principais críticos da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), adotou um discurso mais ameno em sua passagem por Brasília (DF e defendeu um possível aumento da taxa de juros para segurar a inflação; "Estamos caminhando para ter aumento da taxa básica de juros, e isso não pode ser lido como um desastre. A política monetária tem que funcionar na direção de preservar exatamente uma conquista brasileira, que foi a contenção da inflação"

Campos defende alta de juros para conter inflação
Campos defende alta de juros para conter inflação (Foto: Diogo Sallaberry/Futura Press/Fo)


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PE247 – Um dos principais críticos da política econômica do Governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), adotou um discurso mais ameno em sua passagem por Brasília (DF). Campos disse que o possível aumento da taxa de juros para segurar a inflação, que está acima da meta, não pode ser interpretado como um “desastre”. “Por todos os sinais que a gente lê na imprensa, estamos caminhando para ter aumento da taxa básica de juros, e isso não pode ser lido como um desastre. A política monetária tem que funcionar na direção de preservar exatamente uma conquista brasileira, que foi a contenção da inflação”, declarou.

Campos teve um encontro, nesta terça-feira (16), com senadores do bloco União e Força (PTB, PSC, PR e PPL), cuja iniciativa partiu do parlamentar da Casa, Armando Monteiro (PTB-PE), para discutir política econômica e temas como o Pacto Federativo e a redução de 13% para 9% do indexador das dívidas dos estados e municípios com a União.

De acordo com o pessebista, é necessário mais investimentos públicos e um marco regulatório para os setores portuário, elétrico e de petróleo e gás porque esta regulamentação gera consequências sobre o “processo decisório no mundo privado, sobretudo no momento em que outras nações começam a aparecer despontando na captação de recursos que antes estavam direcionados para investimentos diretos no Brasil”, afirmou.

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Em meio à possibilidade do governo reduzir a meta do superávit primário, o que poderia implicar em um no afrouxamento fiscal, Campos diz não ver problemas, caso esta medida se concretize. “A gente tem que cumprir a meta fiscal, tem um tripé que segura a política econômica, que precisa ser mantido com toda a clareza”, declarou.

Segundo o jornal Valor Econômico, o gestor pernambucano defendeu uma aproximação entre governo, oposição, trabalhadores e empresários para debater o cenário econômico global. “A gente imagina sempre poder fazer mais. Temos de buscar no diálogo franco com o país, com todas as forças responsáveis, uma agenda que possa reconduzir o Brasil ao crescimento econômico”, disse. Campos mostrou-se preocupado com a aproximação entre Estados Unidos e União Europeia, já que os norte-americanos são os principais importadores de produtos brasileiros.

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O governador aproveitou para falar, também, sobre o projeto em tramitação na Câmara que visa limitar a transferência de recursos do fundo partidário e do tempo de Rádio e TV para os novos partidos. Campos não vê com bons olhos a matéria. “Agora seria um casuísmo, uma agressão, quando há partidos surgindo e tentando coletar o número de assinaturas exigido, já com parlamentares que desejam tomar essa direção, em torno da senadora Marina Silva, que tem expressão no pensamento brasileiro e no pensamento global”, observou.

A criação, portanto, do Mobilização Democrática (MD), que pode apoiar Eduardo em 2014 e é fruto da fusão do PPS com o PMN, somada à fundação do Rede Sustentabilidade, da ex-ministra de Meio Ambiente e presidenciável Marina Silva, pode vir a beneficiar o gestor ao fazer com que a disputa seja definida em um segundo turno.

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