Grupo induz crianças ao sofrimento e ao suicídio

Através de uma menina de 11 anos, a polícia do Piauí tenta chegar a um grupo que usa a Internet, as redes sociais e aplicativos como Watsapp para induzir e incentivar as pessoas, inclusive crianças, ao autoflagelo, à automutilação e até ao suicídio; mais de um caso já foi registrado no Piauí; vários grupos e seitas existentes em seitas de relacionamentos tentam induzir pessoas aos mais diversos desvios de comportamentos e a cometer crimes

Através de uma menina de 11 anos, a polícia do Piauí tenta chegar a um grupo que usa a Internet, as redes sociais e aplicativos como Watsapp para induzir e incentivar as pessoas, inclusive crianças, ao autoflagelo, à automutilação e até ao suicídio; mais de um caso já foi registrado no Piauí; vários grupos e seitas existentes em seitas de relacionamentos tentam induzir pessoas aos mais diversos desvios de comportamentos e a cometer crimes
Através de uma menina de 11 anos, a polícia do Piauí tenta chegar a um grupo que usa a Internet, as redes sociais e aplicativos como Watsapp para induzir e incentivar as pessoas, inclusive crianças, ao autoflagelo, à automutilação e até ao suicídio; mais de um caso já foi registrado no Piauí; vários grupos e seitas existentes em seitas de relacionamentos tentam induzir pessoas aos mais diversos desvios de comportamentos e a cometer crimes (Foto: Voney Malta)


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Por Piauí Hoje - Uma menina de 11 anos, moradora do bairro Cristo Rei, na zona Sul de Teresina, pode ser a primeira pista para as autoridades policiais chegarem a pelo menos um grupo que usa a Internet, as redes sociais e aplicativos como Watsapp para induzir e incentivar as pessoas, inclusive crianças, ao autoflagelo, à automutilação e ao suícidio.

Em outubro do ano passado, os pais da menina de iniciais I.R.J.S, de 11 anos, começaram a perceber o comportamento estranho dela e rapidamente descobriram sinais do que estava acontecendo com a criança.

Apesar de não responder e nem conversar com membros do grupo "Pensamento Suicida", a menina apareceu com riscos e arranhões nos braços, sugeridos pelos "orientadores" do grupo como "primeiro passo para fase seguinte".

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A menina, portanto, começava a seguir o ritual do grupo. Ela riscou e arranhou os pulsos com grafite.

Daí para frente não demorou muito tempo para os pais descobrirem no celular dela as mensagens do grupo. Isso ocorreu em dezembro de 2016. Aflitos, apagaram tudo, todas mensagens e grupos e deixaram a filha sem acesso ao celular.

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O PAVOR - Os pais viram os riscos e arranhões e começaram a questionar a menina. Ficaram apavorados ao descobrirem que no celular dela havia um grupo do aplicativo Watsapp com o nome de "Pensamento Suicida".

No grupo, segundo relato da mãe da garota, as conversas induziam e incentivavam os participantes a autoflagelo, automutilação e ao suicídio.

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"Felizmente descobrimos cedo o que estava acontecendo. Mas é apavorante. Não quero isso para ninguém", diz a mãe da menina.

SINAIS - Observar mudança de comportamento da criança ajuda a descobrir o problema mais cedo.

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O pai da menina I.R.J.S contou que a família percebeu que ela estava com um comportamento diferente há algumas semanas antes de descobrirem o que estava se passando.

“Ela não falava muito com a família, estava triste e agressiva. Certo dia fui ligar do celular dela e acabei encontrando vários grupos com mensagens de morte, depressão e tristeza", disse.

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Ele conta também que depois de ver as mensagens no celular chamou ela para conversar e a menina confessou tudo.

“No braço dela havia marcas de cortes. Ela se automutilou com o próprio grafite pois para participar do grupo era necessário que ela fizesse isso”.

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Os pais apagaram todos os grupos da qual ela fazia parte e hoje a menina tem crises de choro ao ouvir falar sobre o assunto.

Hoje, eles acompanham melhor os amigos e grupos da qual a adolescente faz parte.

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OUTROS GRUPOS - O "Pensamento Suicida" é apenas um dos muitos grupos e seitas existentes em redes de relacionamentos na Internet usados para induzir pessoas aos mais diversos desvios de comportamentos e a cometer crimes.

O grupo está cheio de adolescentes e age como um jogo de videogame, no qual os participantes precisam cumprir tarefas para passar à fase seguinte.

OUTRO CASO - O caso da garotinha do Cristo Rei não é isolado. Fonte do PIAUÍ HOJE informa que ocorrência igual teria sido relatada por outra criança na cidade de São Miguel do Tapuio, no Norte do Piauí. Lá, a Secretaria de Assistência Social do Município teria sido acionada e estaria cuidando do caso. É aconselhado que esses tipos de ocorrências sejam comunicados imediatamente as autoridades policiais para que os grupos e seus líderes sejam identificados, localizados e punidos.

ALERTA AOS PAIS - O caso de I.R.J.S, a "Menina do Cristo Rei", serve também de alerta aos pais para que fiquem atentos aos grupos que participam e que tipo de ferramentas e aplicativos seus filhos têm acesso e usam para receber e enviar dados e informações. O que é bom entretenimento ou meio de obter e transmitir conhecimento pode se transformar em algo muito perigoso para quem usa, para seus amigos e familiares.

SIGILO GARANTIDO - Por questões de segurança e para preservar a identidade da menina e dos pais, não divulgamos os nomes e nem o endereço da família. Mas esses dados estão em poder da direção do portal Piauí Hoje e à disposição das autoridades desde que mantenham a vítima e sua família em absoluto sigilo e total segurança.

CONTEXTO GERAL - Com o desenvolvimento dos meios de comunicação digitais, aplicativos para celulares e redes sociais, muitas crianças e adolescentes estão reféns de sites de conteúdo impróprio, grupos de conversa e entretenimento que influenciam a sua formação enquanto indivíduo. Muitos pais, por se achar desatualizados ou por não ter tempo, não controlam ou tem conhecimento do que seus filhos veem nesses meios digitais.

Ao mesmo tempo em que facilitou a comunicação entre povos do mundo inteiro, a Internet, com suas ferramentas e aplicativos de fácil acesso tornou-se também uma arma perigosa nas mãos de bandidos "invisíveis".

A Internet, as redes sociais e seus grupos são ótimos. Trazem, levam e facilitam a comunicação em todo o mundo. Mas também podem ser muito perigosos porque também são usados para prática de inúmeros tipos de crimes.

 

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