Após tensão, Dilma se reúne com evangélicos

Duas semanas depois de despertar críticas e ameaças de líderes evangélicos como o pastor Silas Malafaia e o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), por ter recebido movimentos sociais ligados à causa gay, presidente Dilma Rousseff se reúne com cantoras gospel e lideranças de igrejas evangélicas no Palácio do Planalto; entre as convidadas, a pastora Sônia Hernandes, da Renascer, que ficou cinco meses presa nos EUA por evasão de divisas; Feliciano não aceitou convite para conversar: "Não tenho nada a tratar com essa gente"

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247 - "Somos ou não somos invisíveis?", reclamou pelo Twitter, há duas semanas, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) em mensagem para o pastor Silas Malafaia, ao comentar reunião da presidente Dilma Rousseff com ativistas da causa gay. Em resposta, Malafaia disse que Dilma tem recebido até "vadias", mas esqueceu dos evangélicos, enquanto ambos dirigiam ameaças ao governo petista, de olho em 2014. A partir desta segunda-feira, contudo, nenhum dos dois pode mais reclamar -- pelo menos de falta de atenção de Dilma com os evangélicos.

Acompanhada pelo ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), a presidente se reuniu com cantoras gospel e lideranças de Igrejas Evangélicas no Palácio do Planalto. Dilma recebeu, entre outros, as cantoras Ana Paula Valadão, Bruna Karla, Damares, Eyshila, Cássia Helena Sousa, Ezenete Rodrigues, Fernanda Hernandes, Juliana e Leonor Machado, Irene Correa, Mara Maravilha, Maria do Carmo, Maurizete Acioli, Rubia Fernandes, Sonia Hernandes e Valnice Coelho.

Das cantoras, as que chamam mais atenção são a apresentadora Mara Maravilha e a pastora Sônia Hernandes, da Igreja Renascer, que ficou cinco meses presa nos Estados Unidos por evasão de divisas. Em 2007, ela e o marido, Estevam Hernandes, tentaram entrar em território americano com US$ 56 mil escondidos, parte dentro de uma Bíblia.

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A reunião desta segunda-feira faz parte da estratégia do governo para dar uma resposta às manifestações que tomaram conta das ruas em vários Estados nas últimas semanas. Crivella disse que o encontro não possuía pauta específica, mas foi uma demonstração de apoio e solidariedade. "Temos neste país uma solidariedade entre as mulheres e foi isso que as cantoras, bispas e pastoras vieram demonstrar", disse.

Oração

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Segundo Crivella, houve momentos de cantos e de oração, e a presidente chegou a se emocionar quando as mulheres rezaram por ela. "A presidente adorou, cantou com elas, gostou da oração e acha que o Brasil precisa estar unido em torno das mudanças", disse. Crivella descartou dificuldades de interlocução entre Dilma e os evangélicos, alegando que o encontro demorou a sair porque a agenda da presidenta é cheia. Ele disse ainda que durante o encontro o tema eleição não foi tratado. "De jeito nenhum, até porque é crime se falar de eleição agora, não estamos em período eleitoral", desconversou.

De acordo com a cantora gospel Damares Alves de Oliveira, Dilma "fez promessa de melhorias", enquanto as mulheres oraram pela saúde da presidenta e para que o país não "tenha mensalão e outras roubalheiras". "Não viemos pedir nada. Viemos apoiar, pois sabemos que a carga é pesada. Viemos estender o ombro". Ao deixar o encontro, Damares cantou sua principal música de trabalho, Sabor de Mel, no saguão do Palácio do Planalto.

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Apesar do chamado dos evangélicos para conversar, Feliciano não se deu por satisfeito. "Eu não tenho nada a tratar com essa gente", comentou. "Ela (Dilma) só recebeu essas lideranças porque eu e Silas Malafaia fizemos pressão, mas isso era para ter ocorrido lá atrás, não agora, depois de ter conversado com várias outras lideranças políticas. A assessoria do Gilberto Carvalho até me ligou, mas preferi não atender", disse o deputado pastor à coluna Radar on-line.

Com Agência Brasil

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