Carvalho vai a ato contra Cabral e é jurado por PMDB
Ministro Gilberto Carvalho estica corda; é flagrado, feliz e cumprimentado, em protesto contra Sergio Cabral; PMDB quer vingança; ministro-chefe do Gabinete da Presidência da República estava fraco; distanciamento da presidente Dilma Rousseff vem de meses; depois de 10 anos no cargo, não chegou, enfim, a hora de trocar a peça?
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Marco Damiani _ 247 – Se o Brasil tem intocáveis na política – e é o que não falta –, um dos mais renitentes é Gilberto Carvalho, ministro-chefe do Gabinete da Presidência da República. Está no mesmo lugar, no miolo da alcatra do poder, desde Lula presidente, já lá se vão 10 anos. É um bom ministro? É. Tanto que está há uma década, sem criar um quinto do desgaste que outro menos cotados já produziram. O desgaste de qualquer peça, seja num automóvel, seja na política e na administração pública, no entanto, é normal. Mesmo com posições sempre discretas, Carvalho está, pela herança de Lula e o tempo em que ficou no Palácio do Planalto, desgastado. Na verdade, pela bola sete.
Um vídeo que o flagra na manifestação contra o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, em São Paulo, pode ser a gota d'água – e até mesmo uma peça para negociação. Como se poderia prever, o flagrante deixou fulos os líderes do partido, que neste fim de semana confabulam para derrubá-lo do cargo que ocupa há 10 anos. E já nos próximos dias.
Carvalho, nome da primeira escolha de Lula – "Eu preciso de alguém que eu possa falar francamente", explicou, com outras palavras, o então presidente, sobre seu amigo ex-metalúrgico – está no cargo há 10 anos. Sempre, é claro, sofrendo os pequenos desgastes naturais do cargo, ele está na alça de mira da presidente Dilma Rousseff. No tsunami contra o Planalto, ele não tem consigo servir de anteparo para a presidente. Apesar de ligado à Igreja Católica, Gilberto Carvalho não faz milagres.
O flagrante de sua presença, sorridente, no ato contra o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, em São Paulo, na quinta-feira 1, esquentou as coisas para o lado dele. O PMDB, como se podia imaginar, pede-lhe a cabeça. Carvalho, é claro, vacilou, engrossando uma passeata, que termitou em quebra-quebra, contra um aliado. Essa pode ser a gota d'água para transbordar a paciência da presidente. Se bem que ela não tem motivos para agradar ou dar satisfações ao PMDB. O certo é que, a marcação de posição do ministro, não fez nenhum bem para ele e para as relações do governo com seu maior aliado.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247