Almoço de Aécio com PSDB-SP tem Serra no cardápio

Numa típica cantina paulistana, entre macarronadas e tintos, presidente nacional do PSDB pode resolver falar sério com bancada paulista de deputados estaduais e federais; os quase cem comensais são os últimos a sustentar a esdrúxula posição de José Serra sobre prévias no atual contexto tucano; FHC matou a charada em duas frases: "A imensa maioria quer Aécio... Serra tem de ser respeitado"; presidenciável mineiro uniu o partido nacional e vem a São Paulo enfrentar foco divisionista; governador Geraldo Alckmin, claro, em cima do muro

Numa típica cantina paulistana, entre macarronadas e tintos, presidente nacional do PSDB pode resolver falar sério com bancada paulista de deputados estaduais e federais; os quase cem comensais são os últimos a sustentar a esdrúxula posição de José Serra sobre prévias no atual contexto tucano; FHC matou a charada em duas frases: "A imensa maioria quer Aécio... Serra tem de ser respeitado"; presidenciável mineiro uniu o partido nacional e vem a São Paulo enfrentar foco divisionista; governador Geraldo Alckmin, claro, em cima do muro
Numa típica cantina paulistana, entre macarronadas e tintos, presidente nacional do PSDB pode resolver falar sério com bancada paulista de deputados estaduais e federais; os quase cem comensais são os últimos a sustentar a esdrúxula posição de José Serra sobre prévias no atual contexto tucano; FHC matou a charada em duas frases: "A imensa maioria quer Aécio... Serra tem de ser respeitado"; presidenciável mineiro uniu o partido nacional e vem a São Paulo enfrentar foco divisionista; governador Geraldo Alckmin, claro, em cima do muro (Foto: Marco Damiani)


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Marco Damiani _247 – Entre garfadas de macarrão e brindes de tinto italiano, numa típica cantina paulistana, o presidenciável Aécio Neves faz durante o almoço de hoje um movimento decisivo e corajoso para enfrentar o foco divisionista do PSDB. Diante de todos os deputados estaduais e federais paulistas, um time de 35 comensais, ele vai mostrar a cara sem precisar dizer muito.

Todos ali sabem que a seção do partido em São Paulo é o último foco de resistência a impedir a unidade nacional dos tucanos em torno da candidatura de Aécio. Se passar do ponto atual, empapa, alcança a categoria de divisionismo. Até aqui alinhada com Serra, a bancada vai tornar o almoço indigesto se não realizar um gesto efetivo pró-Aécio, ao menos.

Entre os tucanos, porém, nunca se sabe. O próprio Serra não foi convidado ao encontro porque, afinal, não é parlamentar. O governador Geraldo Alckmin, em igual condição, não deve ir. Melhor, neste momento. Ele deixou Aécio falando sozinho em Barretos, no interior de São Paulo, na talvez maior festa regular do Estado, a do Peão de Barretos. Havia, como há, o melhor hospital do câncer a visitar e muita gente para encontrar. Mas Alckmin preferiu não ir. Não será com esta postura que ele irá recuperar a popularidade perdida nas crises da segurança, dos transportes e dos casos Siemens e Alstom. Furão lá, não seria o caso de ser penetra hoje.

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Aécio está agindo pela melhor cartilha de seu avô Tancredo, para muitos o personagem mais representativo da característica de conciliação da alta política brasileira. Brigar só em último caso. E articular, unir. Antes de sentar à mesa para o almoço em São Paulo, o ex-governador de Minas, que assumiu em maio a presidência nacional do PSDB, fez tudo certo dentro de sua agremiação. Praticou uma pauta diária, organizações seções internas, dinamizou a comunicação e saiu a campo. O encontro com prefeitos tucanos de todo o país, no mês passado, foi o ponto alto dessa costura. Em Brasília, naquele momento, todos manifestaram apoio integral e irrestrito a Aécio. E tiveram a elegância de não sair detonando José Serra.

Chegou a hora de a bancada paulista fazer o mesmo e sair da posição de apoio à pauta das prévias, que Serra não aceitava quando forte mas agora diz querer, e consolidar a unidade nacional do PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique deu a senha completa, em duas frases. "A imensa maioria do partido quer Aécio", iniciou. "Serra tem de ser respeitado".

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Nacionalmente, os tucanos trabalham com a informação de que Serra quer mesmo sair do partido. O ex-prefeito Gilberto Kassab, que deve todos os favores do mundo a Serra, disse ontem que acha que o parceiro de Prefeitura será mesmo candidato a presidente. "Sempre o vi como candidato". Ficam, assim, abertas as portas do PSD, que como quarta bancada na Câmara Federal pode dar ao ainda tucano uma boa porção do horário eleitoral gratuito. O PPS igualmente espera, pronto a liderar ou apoiar a empreitada. Dois meses atrás, ao 247, o ex-presidente FHC disse que seu "palpite" era o de que Serra não sairia. 

De lá cá para cá, de fato o ex-governador nunca disse que partiria para outro, mas não fez nenhum gesto de que, se ficar, estará feliz e engajado. Como disse um tucano, ele parece não ter nenhuma gratidão pelo que o PSDB proporcionou a ele.

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