"Obama deve humildemente pedir desculpas ao Brasil"

Declaração foi do ex-presidente Lula, que se reuniu nesta quinta-feira 5 com deputados estaduais do PT-SP; "Nós não podemos admitir, a pretexto nenhum, que um país se dê o luxo de ficar tentando gravar, copiar e-mails, telefonemas, de um país ou de um presidente da República, como fizeram com a Dilma"; líder petista falou duro contra o esquema de espionagem dos EUA: "Essa foi grave, muito grave. Os americanos passaram dos limites"; e concluiu que o motivo para isso seria o país governado por Barack Obama "não suportar" o fato de o Brasil ter virado um ator global; ouça o áudio

Declaração foi do ex-presidente Lula, que se reuniu nesta quinta-feira 5 com deputados estaduais do PT-SP; "Nós não podemos admitir, a pretexto nenhum, que um país se dê o luxo de ficar tentando gravar, copiar e-mails, telefonemas, de um país ou de um presidente da República, como fizeram com a Dilma"; líder petista falou duro contra o esquema de espionagem dos EUA: "Essa foi grave, muito grave. Os americanos passaram dos limites"; e concluiu que o motivo para isso seria o país governado por Barack Obama "não suportar" o fato de o Brasil ter virado um ator global; ouça o áudio
Declaração foi do ex-presidente Lula, que se reuniu nesta quinta-feira 5 com deputados estaduais do PT-SP; "Nós não podemos admitir, a pretexto nenhum, que um país se dê o luxo de ficar tentando gravar, copiar e-mails, telefonemas, de um país ou de um presidente da República, como fizeram com a Dilma"; líder petista falou duro contra o esquema de espionagem dos EUA: "Essa foi grave, muito grave. Os americanos passaram dos limites"; e concluiu que o motivo para isso seria o país governado por Barack Obama "não suportar" o fato de o Brasil ter virado um ator global; ouça o áudio (Foto: Gisele Federicce)


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Rede Brasil Atual - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou hoje como "muito grave" a denúncia de que os Estados Unidos espionaram e-mails e telefonemas de Dilma Rousseff. Ele afirmou que não opinará sobre como a presidenta deve agir em torno da questão, mas cobrou uma resposta clara de Barack Obama sobre o episódio.

"Nós, que passamos a vida inteira lutando por soberania, lutando por democracia, nós não podemos admitir, a pretexto nenhum, que um país se dê o luxo de ficar tentando gravar, copiar e-mails, telefonemas de um país como fizeram com a Dilma. Acho que a resposta americana não pode ser uma resposta via diplomacia porque a espionagem não foi via diplomacia. Espionagem foi espionagem. Cabe ao Obama humildemente pedir desculpas à presidenta Dilma e pedir desculpas ao Brasil", disse, durante conversa com jornalistas na sede do Instituto Lula, na zona sul de São Paulo, após se reunir com deputados estaduais do PT.

A entrevista foi gravada antes da reunião entre os presidentes de Brasil e Estados Unidos, que mantiveram encontro particular em paralelo à reunião do G20 realizada hoje e amanhã em São Petersburgo, na Rússia. O Palácio do Planalto e a Casa Branca confirmam que Dilma e Barack Obama discutiram a questão, mas não dão detalhes sobre a conversa, realizada após a recente denúncia de que os norte-americanos interceptaram e-mails e telefonemas da chefe de Estado no âmbito do esquema de espionagem promovido pelo país.

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"O que acho é que a soberania dos Estados está sendo colocada em risco com o comportamento americano", acrescentou Lula, que lamentou o argumento do governo norte-americano de que a espionagem é necessária para proteger o mundo. "Os Estados Unidos não foram nomeados para serem xerifes do mundo. Ninguém pediu. Se quer saber alguma coisa da Dilma, que pergunte. Não tem que ficar bisbilhotando. Foi grave. Muito grave. Os americanos passaram do limite do respeito à soberania dos países. Sempre haverá no Brasil um vira-lata que acha que o Brasil pode tudo. Sempre haverá."

O ex-presidente acredita que a denúncia expõe ainda a maneira como a Casa Branca enxerga o maior país da América do Sul. "A verdade é que os americanos não suportam o fato de o Brasil ter virado um ator global. No fundo, no fundo, o mais que eles aceitam é que o Brasil continue subalterno como sempre foi. Quando o Brasil cria orgulho próprio, cria a Unasul, não aceita a Alca, faz a união América do Sul-América Latina, os americanos acham que estamos incomodando."

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Após a denúncia, Dilma decidiu cancelar a viagem que diplomatas fariam no próximo fim de semana aos Estados Unidos para preparar a missão oficial da presidenta a Washington, o que colocou em dúvida a visita agendada para outubro.

Para Lula, o episódio serve também para mostrar a vulnerabilidade do sistema de transmissão de dados do Brasil. "É importante que a gente desafie nossas universidades, nossos cientistas, nossos pesquisadores a construírem e apresentarem ao governo um programa de comunicação que dê à presidenta a segurança de passar um e-mail para a filha dela e não tenha ninguém bisbilhotando, que faça um telefonema entre chefes de Estado e não tenha ninguém ouvindo esse telefonema."

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