Paulinho ao 247: “O Solidariedade é livre"

Solidariedade nasce com diretórios em todos os Estados, 35 deputados federais, um senador e dois minutos de tempo no horário político nacional; alianças regionais estão liberadas; estatuto inova retirando poder de comissão executiva em benefício dos parlamentares, com palavra final nas decisões; candidatos a governador despontam em Goiás, Tocantins e Distrito Federal; PSDB, de Aécio Neves, e PSB, de Eduardo Campos, já disputam apoio da legenda na sucessão presidencial; sindicalista Paulinho da Força vira cacique nacional

Solidariedade nasce com diretórios em todos os Estados, 35 deputados federais, um senador e dois minutos de tempo no horário político nacional; alianças regionais estão liberadas; estatuto inova retirando poder de comissão executiva em benefício dos parlamentares, com palavra final nas decisões; candidatos a governador despontam em Goiás, Tocantins e Distrito Federal; PSDB, de Aécio Neves, e PSB, de Eduardo Campos, já disputam apoio da legenda na sucessão presidencial; sindicalista Paulinho da Força vira cacique nacional
Solidariedade nasce com diretórios em todos os Estados, 35 deputados federais, um senador e dois minutos de tempo no horário político nacional; alianças regionais estão liberadas; estatuto inova retirando poder de comissão executiva em benefício dos parlamentares, com palavra final nas decisões; candidatos a governador despontam em Goiás, Tocantins e Distrito Federal; PSDB, de Aécio Neves, e PSB, de Eduardo Campos, já disputam apoio da legenda na sucessão presidencial; sindicalista Paulinho da Força vira cacique nacional (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Tantas fez o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) que acaba de se tornar um cacique da política nacional. Em relativo silêncio, atento aos erros dos adversários, ele ergueu, tijolo a tijolo, o partido que teve seu registro aprovado na terça-feira 24 pelo TSE. Some-se agora à sopa de letrinhas partidárias o nascente Solidariedade.

"Estamos destinados a ser o partido mais influente das eleições de 2014", comemorou o próprio Paulinho em entrevista ao 247. "Somos livres para escolhermos, em cada Estado, quem melhor representa as nossas propostas. Muitas vezes, teremos candidatos próprios, outras vamos estar junto com quem temos sintonia".

Um partido, portanto, fisiológico e oportunista?

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"Ao contrário", rebate Paulinho. "Um partido livre, independente e centro-esquerda, ligado às bases, no qual os militantes de cada Estado poderão decidir os destinos locais da legenda. Não vamos impor nada a partir da cúpula. Queremos crescer para baixo, com raízes nas bases".

O deputado Armando Vergílio, em Goiás, o senador Vicentinho Alves, de Tocantins, o deputado federal Fernando Francischini, no Paraná, e o ex-deputado Augusto Carvalho ou o ex-governador José Roberto Arruda, em Brasília, despontam desde já como potenciais candidatos a governador dentro de suas arenas políticas.

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No plano nacional, o Solidariedade torna-se atraente, com seus potenciais dois minutos no horário eleitoral gratuito, a partidos como o PSDB e o PSB, que deverão ter em Aécio Neves e Eduardo Campos seus candidatos a presidente. "O primeio presidenciável a ser comunicado da criação do Solidariedade foi o governador de Pernambuco", conta uma fonte ligada ao novo partido. "Hoje, estamos muito próximos a ele".

O governador do Ceará, Cid Gomes, e seu irmão Ciro Gomes estiveram com um pé dentro do Solidariedade. Mas os Gomes acreditam que poderão superar o desconforto que sentem no PSB rumando para o também recém criado Pros.

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Ao longo desta quarta-feira 25, em Brasilia, o deputado Paulinho se reuniu com mais de 30 deputados federais para articular os passos finais para o movimento de trocas partidárias. Cada um deles viajou, em seguida, para seus Estados. A missão era de arregimentar deputados estaduais, vereadores e quem mais se interessasse por entrar num partido que poderá ter candidato próprio a governador ou se coligar com as legendas mais estruturadas. Uma fórmula de forte apelo para parlamentares em situação de conflito nos seus atuais partidos.

A estratégia de construção do Solidariedade se guiou por todas as brechas na legislação eleitoral, especialmente a possibilidade de troca de partidos até o dia 5 de outubro e liberalidade na política de alianças.

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BAHIA 247 - Em lugar de sair às ruas, como fez Marina Silva, para colher heroicamente 500 mil assinaturas para o Rede Solidariedade, a partir de uma ação de cúpula, Paulinho tratou de cumprir a exigência legal começando pela outra ponta do novela. Um a um, procurou deputados federais que lhe pareciam desconfortáveis em suas atuais legendas para oferecer-lhes a presidência da nova agremiação e todas as garantias de que, no Solidariedade, quem vai mandar em seu território político é apenas ele e os seus correligionários.

Garantiu Paulinho, em suas conversas preliminares, que o estatuto da nova agremiação retiraria poderes da Comissão Executiva Nacional e teria um ponto específico na obrigatoriedade de aprovação de dois terços dos deputados da nova legenda sobre qualquer decisão da cúpula. Sem essa chancela, nada feito. Com esse discurso, atraiu os descontentes e, ainda, trouxe para a agremiação políticos com ambição de serem govenadores de Estado ou chefes locais dispostos a negociar firmemente suas alianças.

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O deputado federal Arthur Maia será mais um a engrossar a fileira do Solidariedade na Câmara. Ele comunicou sua saída do PMDB no final da tarde para ingressar no novo partido que está sendo criado pelo colega de parlamento Paulinho da Força ainda no PDT de São Paulo.

O Partido da Solidariedade nasce na Bahia com quatro deputados federais e dois estaduais e há expectativa de que sete vereadores de Salvador migrem para a nova legenda.

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Já estariam com adesão garantida os deputados federais pedetistas Marcos Medrado (que vai presidir o diretório baiano) e Oziel Oliveira; Arthur Maia (PMDB) e Luiz Argolo (PP). Na Assembleia Legislativa da Bahia o Solidariedade terá os deputados Bruno Reis (PRP) Coronel Santana (PTN) e Jurandy Oliveira (PRP).

Expectativa é de bancada grande na Câmara Municipal. Os prováveis integrantes são Carlos Muniz (PTN) – que pode assumir a presidência municipal do partido, Kiki Bispo (PTN), Geraldo Júnior (PTN), David Rios (PSD), Leandro Guerrilha (PSL) e José Trindade (PSL), bem como o ex-vereador Alcindo da Anunciação (PT).

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Em todo o país, só para sua criação, 38 parlamentares já estão apalavrados com a legenda.

PERNAMBUCO 247 - Diferentemente das especulações que tramitam nos bastidores da política, o partido Solidariedade, aprovado nesta terça-feira (25) pela Justiça Eleitoral, ainda não tem aliados certos para 2014. Em entrevista ao PE247, o presidente da legenda em Pernambuco, deputado federal Augusto Coutinho (ex-DEM), a preocupação neste momento é se dedicar integralmente a trazer para o seio do partido o maior número possível de deputados federais, de maneira a garantir tempo de televisão e poder de negociação na formação das chapas estaduais.

Segundo Coutinho, o Solidariedade liberou os diretórios estaduais para que cada estado possa se aliar e formar seus palanques conforme as "conveniências de cada local". Em Pernambuco, porém, nada está decidido. "Não sei nem quem são os candidatos [a governador]. E muita coisa depende da conjuntura nacional e estadual" confessou Coutinho. "É muito cedo para afirmar qualquer coisa", declarou. Segundo o deputado, não existe uma meta estabelecida para o partido no Estado. "A única certeza é de que teremos um candidato a deputado federal, neste caso, eu mesmo. O restante virá com o tempo", disse.

Sobre as conversas entre o presidente da legenda, Paulo Pereira da Silva, o "Paulinho da Força", e o governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), o deputado se disse indiferente. "Paulo conversou com Eduardo, do mesmo jeito que conversou com vários líderes partidários. Isso não demonstra que o nosso partido vai se aliar ao PSB", afirmou. Segundo ele, o partido tende a apoiar, em nível nacional, algum candidato de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), e uma ala considerável da nova legenda nutre forte simpatia pela candidatura do senador mineiro Aécio neves (PSDB).

Segundo Coutinho, o Solidariedade já nasce com uma bancada de mais de 30 deputados federais, além de negociar o ingresso de pelo menos quatro senadores. mas as conversas ainda não acabaram. Entre os nomes listados estão os deputados federais Benjamin Maranhão (PMDB-PB), Armando Vergílio (PSD-GO) e Augusto Carvalho (PPS-DF). Já o ingresso de deputados estaduais e vereadores ao partido não é considerado uma prioridade neste momento. "Nosso enfoque está justamente nos deputados federais, até porque são eles que nos dão o tempo de TV para firmamos alianças", declarou.

"O Solidariedade é um partido que já nasce com tamanho de partido grande. Agora, estamos trabalhando para nos estabelecermos no estado", afirmou Coutinho. Sobre a falta de deputados estaduais na legenda, entretanto, ele foi tranquilo. "O fato de não termos nenhum deputado estadual é algo positivo. Assim, podemos criar uma chapa nova em 2014, mas sem pressa", finalizou.

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