Na base, Ciro pode criar problemas para o governo

Prestes a se integrar ao bloco governista, filiando-se ao PROS ou ao PDT, o cearense Ciro Gomes, secretário de Saúde do seu estado, bateu duro no programa Mais Médicos; "Isso foi um oportunismo político rasteiro do governo e sem conversar com a categoria. Repassar dinheiro para OPAS que paga o governo de Cuba e que paga não sei quanto para o profissional é, no mínimo, exótico. É uma coisa estranhíssima"; detalhe: o PT cogitava até entregar o ministério da Saúde a seu irmão Cid, após a saída de Alexandre Padilha

Prestes a se integrar ao bloco governista, filiando-se ao PROS ou ao PDT, o cearense Ciro Gomes, secretário de Saúde do seu estado, bateu duro no programa Mais Médicos; "Isso foi um oportunismo político rasteiro do governo e sem conversar com a categoria. Repassar dinheiro para OPAS que paga o governo de Cuba e que paga não sei quanto para o profissional é, no mínimo, exótico. É uma coisa estranhíssima"; detalhe: o PT cogitava até entregar o ministério da Saúde a seu irmão Cid, após a saída de Alexandre Padilha
Prestes a se integrar ao bloco governista, filiando-se ao PROS ou ao PDT, o cearense Ciro Gomes, secretário de Saúde do seu estado, bateu duro no programa Mais Médicos; "Isso foi um oportunismo político rasteiro do governo e sem conversar com a categoria. Repassar dinheiro para OPAS que paga o governo de Cuba e que paga não sei quanto para o profissional é, no mínimo, exótico. É uma coisa estranhíssima"; detalhe: o PT cogitava até entregar o ministério da Saúde a seu irmão Cid, após a saída de Alexandre Padilha (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - O cearense Ciro Gomes já foi PSDB, PPS, PSB e, nos próximos dias, será PROS ou PDT. Até o início da semana ele e seu irmão Cid, governador do Ceará, devem bater o martelo. Contrários à candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos ao Palácio do Planalto, eles querem apoiar a reeleição da presidente Dilma e já definiram que entrarão em algum partido da base.

O que não significa, no entanto, que a convivência dos Gomes com o PT – que falava até em dar um ministério de primeira linha, como Educação ou Saúde, a eles, após a reforma ministerial – será pacífica.

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Nesta sexta-feira, Ciro decidiu bater duro no Mais Médicos, que será uma das principais – se não a a principal – bandeira do PT para as eleições de 2014. "Isso foi um oportunismo político rasteiro do governo e sem conversar com a categoria. A ideia de levar médicos para o interior é generosa. Eu não vi nenhuma entidade dizer que é contra isso. Mas, repassar dinheiro para OPAS que paga o governo de Cuba e que paga não sei quanto para o profissional é, no mínimo, exótico. É uma coisa estranhíssima". 

Satisfeitos com a declaração de Ciro, os médicos cearenses, os mesmos que protagonizaram a vaia a médicos cubanos quando da chegada ao Brasil, divulgaram a nota abaixo:

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Ciro Gomes demostra apoio à luta da FENAM e entidade divulga carta aos médicos

Presidentes dos sindicatos médicos e membros da FENAM e posam para foto com Ciro Gomes 

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O secretário de Saúde do Estado do Ceará, Ciro Gomes, criticou nesta sexta-feira (27) a condução do programa Mais Médicos e lamentou a inexistência de diálogo franco do governo federal com as entidades médicas. "Isso foi um oportunismo político rasteiro do governo e sem conversar com a categoria. A ideia de levar médicos para o interior é generosa. Eu não vi nenhuma entidade dizer que é contra isso. Mas, repassar dinheiro para OPAS que paga o governo de Cuba e que paga não sei quanto para o profissional é, no mínimo, exótico. É uma coisa estranhíssima". 


A declaração foi feita durante o último dia da reunião do Núcleo Executivo da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), que aconteceu em Fortaleza (CE) nos dias 26 e 27 de setembro. "Venho aqui oferecer a minha parceria estratégica e política. Acredito que com a minha vivência, com a minha experiência, posso fazer mais pelo SUS e contribuir com o meu país", declarou. 

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, o momento vivido pela categoria é grave, pois há violação de diversas leis, se referindo as liminares na justiça que obrigam aos Conselhos Regionais de Medicina a emissão de registro provisório aos médicos formados no exterior. Ele pediu ao secretário Ciro Gomes que contribuísse com a FENAM nos desdobramentos políticos, abrindo portas e tentando outras alternativas para saúde. 

"Talvez você [Ciro Gomes] possa ser o condutor da retomada da agenda com a presidenta. O apelo que nós fazemos é um apelo para resgatar uma saúde pública que de fato não atenda uma agenda eleitoral e está longe de representar a solução para a crise da saúde", desabafou.

A reunião contou com representantes dos sindicatos médicos e diretores da entidade. Ao final do encontro foi produzida uma carta aos médicos brasileiros, que sintetiza as discussões e o posicionamento da entidade apresentadas na reunião. Confira na íntegra abaixo:

CARTA AOS MÉDICOS BRASILEIROS

O Núcleo Executivo da Federação Nacional dos Médicos e os Sindicatos Médicos filiados em reunião ocorrida nos dias 26 e 27 de setembro de 2013, em Fortaleza, no estado do Ceará, face aos graves fatos decorrentes das iniciativas do Governo Federal e que violentam o trabalho médico as instituições públicas e o estado democrático de direito, conclamam aos médicos brasileiros a continuarem a luta em defesa do Sistema Único de Saúde, da dignidade do atendimento da saúde pública da população e das prerrogativas do exercício ético profissional. 

Neste sentido, como resultado do debate realizado aprovamos: 

1. Dar continuidade ao apoio à luta das universidades federais que vem empreendendo contra a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), garantindo a sua autonomia. Condenar a iniciativa do Governo Federal de transformar esta empresa numa grande gestora de outras unidades públicas assistenciais e de recursos humanos. 

2. Garantir aos médicos federais a recuperação das perdas decorrentes da Medida Provisória 568/2012, convertida na Lei 12.702/2012. Este fato é de extrema violência, pois com esta atitude estes profissionais passaram a receber remuneração inferior a outras categorias de nível superior.

3. Apoiar a luta dos Conselhos de Medicina em defesa da legalidade dos registros médicos formados no exterior, em decorrência das normas estabelecidas na Medida Provisória 621/2013, combinada com a legislação que regula o exercício profissional no Brasil.

4. Rechaçar de todas as formas o Projeto de Lei de iniciativa do Governo Federal, que visa piorar a recente aprovada Lei que regulamentou a profissão médica no País (Lei do Ato Médico). Tal iniciativa visa condicionar o exercício da medicina aos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o que representa uma agressão ao Congresso Nacional e ao judiciário, que já se posicionaram a respeito. 

5. Por fim, conclamamos os médicos brasileiros a cerrarem fileiras na luta que possa garantir a vitória de todos estes temas, respeitando o direito à saúde de nossa população e às prerrogativas do digno exercício de nossa profissão. Estamos propondo que na semana comemorativa ao Dia dos Médicos, todos os sindicatos do Brasil façam manifestações com as demais entidades médicas, nas ruas de todo o País. 

Fortaleza-CE, 27 de setembro de 2013.

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