Hábil, Campos acerta com Marina: nome só em 2014

Início de luta interna dentro do PSB de Eduardo Campos, que abrigou em bloco os dirigentes do Rede de Marina Silva, leva chefes a se reunirem em São Paulo; "Aliança não começa pelos nomes", disse governador de Pernambuco; "Faço minhas as palavras do governador", aquiesceu ex-ministra; mantido pacto entre eles de que definição sobre candidato e vice só será feita em 2014; diz-que-diz-que resolvido ou apenas adiado?

Início de luta interna dentro do PSB de Eduardo Campos, que abrigou em bloco os dirigentes do Rede de Marina Silva, leva chefes a se reunirem em São Paulo; "Aliança não começa pelos nomes", disse governador de Pernambuco; "Faço minhas as palavras do governador", aquiesceu ex-ministra; mantido pacto entre eles de que definição sobre candidato e vice só será feita em 2014; diz-que-diz-que resolvido ou apenas adiado?
Início de luta interna dentro do PSB de Eduardo Campos, que abrigou em bloco os dirigentes do Rede de Marina Silva, leva chefes a se reunirem em São Paulo; "Aliança não começa pelos nomes", disse governador de Pernambuco; "Faço minhas as palavras do governador", aquiesceu ex-ministra; mantido pacto entre eles de que definição sobre candidato e vice só será feita em 2014; diz-que-diz-que resolvido ou apenas adiado? (Foto: Ana Pupulin)


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SÃO PAULO, 10 Out (Reuters) - O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse nesta quinta-feira que a recém-anunciada aliança entre ele e a ex-senadora Marina Silva causou um "terremoto na política brasileira", e aqueles que apostarem em uma cisão vão perder.

Campos reuniu-se com Marina em São Paulo nesta quinta para iniciar o debate que vai levar à redação de um documento que servirá de base para o programa de governo que o PSB deve apresentar na eleição do ano que vem.

O governador voltou a afirmar que a decisão sobre quem será o candidato do partido à Presidência em 2014 ficará para o ano que vem. Já Marina, que estava ao lado dele, disse que reafirmou "repetidas vezes a candidatura de Eduardo".

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"Essa aliança causou um verdadeiro terremoto na política brasileira", disse Campos em entrevista coletiva ao lado de Marina, acrescentando que a definição da cabeça de chapa do partido para a eleição presidencial não vai gerar disputas entre o PSB e a Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentava criar para disputar a Presidência no ano que vem e que foi abrigado no PSB.

"Não haverá nenhum problema entre Rede e PSB no que tange essa questão (definição da chapa). Quem acha que vai ter problema está redondamente enganado", disse o governador. "Aqueles que querem o povo fora da política em 2014, a sociedade sem ter opção, eles quebraram a cara", acrescentou.

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Marina decidiu se aliar a Campos e se filiar ao PSB depois que a Rede teve o pedido de registro negado pela Justiça Eleitoral este mês. A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente ocupa a segunda posição nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff, enquanto Campos é apenas o quarto colocado. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece em terceiro.

A ex-senadora disse que a aliança dela com o socialista "invertia" o processo tradicional da política brasileira, ao definir primeiro conteúdo programático e somente depois os nomes de candidatos.

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Marina comparou a disputa que terá pela frente ao lado de Campos como "uma luta de Davi contra Golias". Ela ironizou comentários recentes do marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, João Santana, que disse que os opositores da presidente eram "anões".

"A vantagem de sermos anões, é que olhamos de baixo para cima. E acima de nós está o futuro do povo brasileiro", disse.

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Campos e Marina devem voltar a se reunir no próximo dia 29, em São Paulo, para continuar o que chamaram de "debate programático" visando a elaboração do documento que servirá de base para o programa de governo. Ainda não há previsão sobre quando esse documento deve ser concluído e divulgado.

(Por Eduardo Simões)

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247 – O diz-que-diz-que entre chefes do PSB, partido que abriga desde o sábado 5 a cúpula do embrionário Rede, tem de parar. O momento é o de encontrar e até mesmo criar convergências entre os programas das duas agremiações. Tudo, enfim, vai ficar em paz se essa for a política interna para este momento.

Para transmitir esse discurso a seus liderados, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva se reuniram nesta quinta-feira 10 em São Paulo para, em seguida, em entrevista coletiva, procuraram apagar quaisquer brasas de brasas de divisão provocadas pela discussão sobre qual deles será o candidato do partido à Presidência da República em 2014. Marina havia dito que ambos são "possibilidades", o que resultou em flechadas de caciques do PSB, garantindo que a definição já está feita a favor de Campos.

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"A decisão que nós temos tomada com muita clareza é que nós estamos fazendo uma aliança que busca a identidade que o PSB e a Rede têm", apaziguou o governador. "É preciso começar essa aliança não pelos nomes, mas pelo conteúdo que deve presidir esse nosso encontro. Em 2014 vamos tomar uma decisão sobre a chapa".

Marina Silva falou, em seguida, na mesmíssima direção. "Eu faço minhas as palavras do governador. Estamos invertendo um processo na política brasileira. O que acontece tradicionalmente: faz-se uma aliança eleitoral, ganha-se os governos e depois inventa-se um programa. Nós estamos fazendo uma aliança programática", completou ela.

O governador de Pernambuco reforçou a aposta de que, quem jogar na ruptura dessa unidade, perderá a aposta. "Se alguém imagina que vai ter problema entre Marina e eu e outros companheiros para que a gente possa organizar isso, está redondamente enganado", disse ele.

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