Impasse na Câmara cancela votações da semana

Líderes partidários decidiram cancelar as votações do Plenário para buscar acordo sobre duas propostas polêmicas: o marco civil da internet e o piso salarial de agentes comunitários de saúde e combate a endemias; segundo o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o projeto do marco civil "não está maduro", mas está sendo tratado "com a urgência que ele tem"

Líderes partidários decidiram cancelar as votações do Plenário para buscar acordo sobre duas propostas polêmicas: o marco civil da internet e o piso salarial de agentes comunitários de saúde e combate a endemias; segundo o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o projeto do marco civil "não está maduro", mas está sendo tratado "com a urgência que ele tem"
Líderes partidários decidiram cancelar as votações do Plenário para buscar acordo sobre duas propostas polêmicas: o marco civil da internet e o piso salarial de agentes comunitários de saúde e combate a endemias; segundo o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o projeto do marco civil "não está maduro", mas está sendo tratado "com a urgência que ele tem" (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Carol Siqueira, Agência Câmara - Os líderes partidários decidiram cancelar as votações do Plenário nesta semana para buscar acordo sobre duas propostas polêmicas que estão na agenda: o marco civil da internet (PL 2126/11) e o piso salarial de agentes comunitários de saúde e combate a endemias (PL 7495/06).

O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), admitiu que poderiam ser votados os destaques à parte geral do novo Código de Processo Civil (PL 8046/10, apensado ao 6025/05), mas alguns líderes disseram que não votariam outras matérias até a definição do piso dos agentes. "Para manter a palavra empenhada dos líderes e do próprio presidente da Câmara, a decisão política é não votar nada nesta semana", disse.

Chinaglia afirmou que as negociações com os agentes avançaram, mas não quis comentar qual seria o acordo. "Não posso afirmar que já existe um acordo, mas a negociação está caminhando e já foram feitas tratativas com os agentes", declarou.

continua após o anúncio

O líder do Pros, deputado Givaldo Carimbão (AL), disse na segunda-feira (11), após reunião de líderes da base governista no Planalto, que o piso dos agentes de saúde seria de R$ 903 a partir do ano que vem (a proposta inicial era um piso de R$ 950). Chinaglia não negou nem corroborou a declaração do colega.

O líder governista, no entanto, disse que o piso dos agentes só será votado depois do marco civil, que tranca a pauta da Câmara.

continua após o anúncio

Marco civil

Outro impasse diz respeito ao marco civil da internet. "Há divergência na base, nas bancadas e também na oposição. Isso não impede de votar, porque há a possibilidade de destaques; mas o projeto não está maduro, o relator ainda está fazendo reuniões sucessivas, bem como o próprio governo", explicou Chinaglia.

continua após o anúncio

Uma das controvérsias diz respeito à neutralidade de rede, que obriga provedores de conteúdo e de conexão a tratar de forma igual qualquer pacote de dados, sem privilégios para um usuário ou um serviço específico.

O PMDB já adiantou que não concorda com a neutralidade para provedores, que inviabilizaria a venda de pacotes com serviços diferenciados (só e-mail ou só redes sociais, por exemplo).

continua após o anúncio

Já o PSDB não está satisfeito com a determinação de que as exceções à neutralidade serão estabelecidas por um decreto presidencial, e não pelo Congresso.

O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), disse ainda que restam dúvidas sobre a obrigatoriedade de data centers para armazenamento de dados no Brasil; sobre o tempo de guarda de dados de aplicativos e provedores; e sobre a judicialização da retirada de conteúdo considerado ofensivo da rede; entre outros pontos.

continua após o anúncio

Trancamento

Sampaio criticou o trancamento da pauta por conta de projetos com urgência constitucional do Executivo. Além do marco civil, tranca a pauta o projeto que destina ao programa Minha Casa, Minha Vida o valor arrecadado com a multa extra de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cobrada em caso de demissão sem justa causa (Projeto de Lei Complementar - PLP 328/13). "O que a presidente Dilma quer com essa urgência é impedir o funcionamento do Legislativo", disse o líder do PSDB.

continua após o anúncio

Chinaglia rebateu as críticas. Ele lembrou que o governo tirou a urgência do marco regulatório da mineração com o compromisso de se votar esse projeto em outubro, mas até hoje o texto não foi votado sequer na comissão especial. "Estamos tratando o marco civil com a urgência que ele tem. Não espero elogios da oposição, somente a verdade", ponderou.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247