Parecer de Janot passou antes pelo Planalto

Procurador-geral da República se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e de Luis Adams, advogado-geral da União, um dia antes de solicitar execução de penas dos réus da AP 470 ao Supremo Tribunal Federal; encontro surpreendeu os condenados e foi interpretado como um envolvimento do próprio governo de Dilma Rousseff com a iniciativa

Procurador-geral da República se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e de Luis Adams, advogado-geral da União, um dia antes de solicitar execução de penas dos réus da AP 470 ao Supremo Tribunal Federal; encontro surpreendeu os condenados e foi interpretado como um envolvimento do próprio governo de Dilma Rousseff com a iniciativa
Procurador-geral da República se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e de Luis Adams, advogado-geral da União, um dia antes de solicitar execução de penas dos réus da AP 470 ao Supremo Tribunal Federal; encontro surpreendeu os condenados e foi interpretado como um envolvimento do próprio governo de Dilma Rousseff com a iniciativa (Foto: Roberta Namour)


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247 – Um dia antes da audiência do STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer à Corte pedindo a execução imediata das penas de 23 dos 25 réus da Ação Penal 470, mais conhecida como mensalão. Segundo o procurador, mesmo os réus que têm direito a um recurso que pode levar à reversão de condenação em determinado crime, os chamados embargos infringentes, podem começar a cumprir suas penas devido a outras condenações.

De acordo com Mônica Bergamo, da Folha, o pedido de prisão teria antes passado pelo Planalto, em reunião com a minista-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Leia:

NA SALA COM JANOT
O pedido de prisão dos réus do mensalão, nesta semana, foi precedido de um encontro entre a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e de Luis Adams, advogado-geral da União, com Rodrigo Janot, procurador-geral da República. Um dia depois, Janot assinou a solicitação encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a detenção imediata dos condenados.
NO QUINTAL
A reunião chegou ao conhecimento de José Dirceu e dos deputados José Genoino e João Paulo Cunha, do PT, e se espalhou pelo partido. Foi interpretada como um envolvimento do próprio governo de Dilma Rousseff com a iniciativa, que surpreendeu a legenda e também os condenados. No mínimo, dizem, o governo foi informado com antecedência.
PAUTA
Adams confirma o encontro com Janot. E diz que ele nada teve a ver com o pedido de prisão. "Nem tocamos no assunto mensalão", afirma. Segundo o advogado-geral, Janot pediu um encontro com Gleisi Hoffmann. Ela decidiu visitar a PGR (Procuradoria-Geral da República). E pediu que Adams a acompanhasse. Conversaram, segundo ele, sobre "tratados internacionais".
RUÍDO
A interpretação de dirigentes do PT e de outros partidos é a de que a prisão dos réus agora favorece Dilma. Na campanha eleitoral, o impacto da medida já estaria amenizado pelo tempo. E ela não teria que responder a acusações de que seu governo se esforçava para garantir a "impunidade" dos petistas.
NADA PESSOAL
Uma das pessoas mais próximas de Dirceu na fase do mensalão disse à coluna que, do ponto de vista pessoal, Dilma sempre foi uma das lideranças mais solidárias ao petista.
ATÉ BREVE
José Dirceu passou boa parte da manhã de ontem telefonando para familiares -- entre outros, as três irmãs, os irmãos, os três filhos já adultos e as ex-mulheres. Dizia estar bem e pedia tranquilidade a todos.

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