PSDB faz uso eleitoral da Petrobras, acusam petistas

Em nota, comunicação do PT no Senado afirma que "estatal está sendo utilizada como instrumento eleitoral pelo PSDB, que pretende apagar da memória dos brasileiros as ações do governo FHC contra a empresa" e reforça que "a audiência [de Graça Foster] não foi suficiente para a oposição parar de repetir disparates"; para petistas, presidente do PSDB, Aécio Neves, "não sabe do que está falando" quando cita prejuízo de US$ 1 bilhão por Pasadena; tucanos sustentam, por outro lado, que a presidente da Petrobras "deixou perguntas sem resposta", o que reforça a necessidade de uma CPI

Em nota, comunicação do PT no Senado afirma que "estatal está sendo utilizada como instrumento eleitoral pelo PSDB, que pretende apagar da memória dos brasileiros as ações do governo FHC contra a empresa" e reforça que "a audiência [de Graça Foster] não foi suficiente para a oposição parar de repetir disparates"; para petistas, presidente do PSDB, Aécio Neves, "não sabe do que está falando" quando cita prejuízo de US$ 1 bilhão por Pasadena; tucanos sustentam, por outro lado, que a presidente da Petrobras "deixou perguntas sem resposta", o que reforça a necessidade de uma CPI
Em nota, comunicação do PT no Senado afirma que "estatal está sendo utilizada como instrumento eleitoral pelo PSDB, que pretende apagar da memória dos brasileiros as ações do governo FHC contra a empresa" e reforça que "a audiência [de Graça Foster] não foi suficiente para a oposição parar de repetir disparates"; para petistas, presidente do PSDB, Aécio Neves, "não sabe do que está falando" quando cita prejuízo de US$ 1 bilhão por Pasadena; tucanos sustentam, por outro lado, que a presidente da Petrobras "deixou perguntas sem resposta", o que reforça a necessidade de uma CPI (Foto: Gisele Federicce)


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247 – O depoimento de mais de seis horas da presidente da Petrobras, Graça Foster, não colocou fim à guerra entre PT e PSDB sobre a compra da refinaria de Pasadena pela estatal, em 2006. Ao contrário: os tucanos deixaram a audiência pública no Senado ontem afirmando que a executiva "deixou perguntas sem resposta" e que o fato apenas reforça a necessidade de criar uma CPI para investigar a negociação.

Em texto publicado no site do partido, os tucanos relatam que Graça Foster "permaneceu em silêncio quando questionada sobre o valor atual de Pasadena e por não ter havido qualquer tipo de punição a Cerveró". Para o líder em exercício do PSDB na Câmara, Vanderlei Macris (SP), a exposição técnica tentou criar uma cortina de fumaça para evitar a CPI. Segundo ele, ainda, a principal pergunta não foi respondida pela executiva: "por que [o ex-diretor da Petrobras Nestor] Cerveró não foi demitido?"

Nesta quarta-feira 16, o núcleo de comunicação do PT no Senado divulgou um texto opinativo sobre nota da Petrobras a respeito do depoimento dizendo que "a audiência de seis horas no Senado não foi suficiente para a oposição parar de repetir disparates". Segundo os petistas, o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, "não sabe do que está falando" quando cita que a refinaria "causou US$ 1 bilhão de prejuízo à Petrobras".

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"A Petrobras, lamentavelmente, está sendo utilizada como instrumento eleitoral pelos partidos de oposição, em particular o PSDB que, com essas ações, pretende apagar da memória do cidadão brasileiro as ações do governo de Fernando Henrique Cardoso, que tentou desnacionalizar a maior empresa brasileira – e vendê-la a preço de banana, como, aliás, conseguiu fazer com a ex-Vale do Rio Doce", diz ainda a nota publicada no site do PT.

Leia abaixo a íntegra dos dois textos:

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Petrobras detalha compra de Pasadena e explica endividamento
Estatal está sendo utilizada como instrumento eleitoral pelo PSDB, que pretende apagar da memória dos brasileiros as ações do governo FHC contra a empresa

A audiência de seis horas no Senado não foi suficiente para a oposição parar de repetir disparates, como a de é repetida à exaustão pelo pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, de que a refinaria "causou US$ 1 bilhão de prejuízo à Petrobras". Ele não sabe do que está falando. A intenção real de seu partido é mexer no modelo de partilha de exploração do pré-sal, retirando da Petrobras o controle sobre cada um dos poços de petróleo, como, aliás, o próprio pré-candidato anunciou para empresários fluminenses, na última terça-feira (13).

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A Petrobras, lamentavelmente, está sendo utilizada como instrumento eleitoral pelos partidos de oposição, em particular o PSDB que, com essas ações, pretende apagar da memória do cidadão brasileiro as ações do governo de Fernando Henrique Cardoso, que tentou desnacionalizar a maior empresa brasileira – e vendê-la a preço de banana, como, aliás, conseguiu fazer com a ex-Vale do Rio Doce.

Durante sua fala aos senadores, Graça Foster frisou que a estatal não está criando nenhum obstáculo para as investigações da Polícia Federal. A direção da empresa está em estreita colaboração com as investigações policiais, como comprova a coleta de indícios e prováveis provas na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

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Graça Foster disse aos senadores que o envolvimento de ex-diretores da empresa é constrangedor, mas que o trabalho da Polícia Federal contra maus elementos de seu quadro funcional conta com o apoio de seus 85 mil funcionários.

Vale a pena frisar, também, que a Polícia Federal conquistou autonomia para investigar ações criminais de quem quer que seja, assim como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público, durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. A liberdade de ação aos órgãos de fiscalização e controle é uma conquista de toda a sociedade brasileira, enterrando, definitivamente, uma época em que a Policia Federal era proibida de incomodar amigos do governo e que o procurador-geral da República do governo Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Brindeiro – durante os oito anos de governo do PSDB – impediu todas as investigações sobre desvios e malfeitos do governo federal. Por esse trabalho a favor da corrupção, Brindeiro entrou para a história com a alcunha de "engavetador-geral da República".

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Graça Foster disse e repetiu aos senadores. A Comissão de Apuração Interna da Petrobras, até o momento, concluiu que a Astra, empresa da qual a Petrobras comprou a refinaria de Pasadena, não pagou apenas US$ 42,5 milhões pela refinaria, mas US$ 360 milhões, sendo US$ 248 milhões pelas instalações e estoque, além de investimentos de US$ 112 milhões realizados pela Astra, antes da compra pela Petrobras.

Sobre os valores envolvidos no negócio, foram desembolsados US$ 554 milhões com a compra de 100% das ações da PRSI-Refinaria e US$ 341 milhões por 100% das quotas da companhia de trading (comercializadora de petróleo e derivados), totalizando US$ 895 milhões.

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Adicionalmente, houve o gasto de US$ 354 milhões com juros, empréstimos e garantias, despesas legais e complemento do acordo com a Astra. Desta forma, o total desembolsado com o negócio Pasadena foi de US$ 1.249 milhões.

Essa evolução de gastos levou a presidenta da Petrobras a afirmar aos senadores que, ao final do processo, a compra da refinaria "não foi um bom negócio". A essa consideração, ela acrescentou:

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"Pasadena é uma refinaria de 100 mil barris por dia, está localizada num dos principais hubs de petróleo e derivados nos Estados Unidos, um dos maiores mercados mundiais de derivados, está num local onde varias refinarias têm um conjunto de operações, favorecendo essa movimentação de carga e a parceria entre refinadores".


Graça Foster deixa perguntas sem resposta e reforça necessidade de CPI da Petrobras

Deputados federais do PSDB deixaram da audiência pública no Senado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, nesta terça-feira (15) convencidos da necessidade de uma CPI para investigar denúncias que envolvem a estatal. Em quase seis horas de depoimento, Foster admitiu que a compra da refinaria de Pasadena (EUA) não foi um "bom negócio" para a Petrobras e confirmou a perda de US$ 530 milhões da companhia com a negociação.

Durante a audiência, que durou mais de quatro horas, Foster indicou a existência de falhas no resumo executivo que recomendou a aquisição daquele ativo, elaborado na época pelo diretor da área internacional da estatal, Nestor Cerveró. O ex-diretor prestará depoimento nesta quarta-feira (16), na Câmara, a convite do PSDB.

No entanto, Foster permaneceu em silêncio quando questionada sobre o valor atual de Pasadena e por não ter havido qualquer tipo de punição a Cerveró. Sobre a prisão do ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto da Costa, na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, ela disse que o episódio causou constrangimento e que todos os contratos relacionados à eventual participação dele estão sendo avaliados.

Para o líder em exercício do PSDB na Câmara, Vanderlei Macris (SP), que acompanhou o depoimento no Senado, a exposição técnica da titular da estatal tentou criar uma cortina de fumaça para evitar a instalação da CPI da Petrobras.

"A pergunta mais importante ela não respondeu: por que o Cerveró não foi demitido? Pelo contrário, ele foi indicado para outro cargo. Houve um conluio interno para que essa questão ficasse somente no nível interno", afirmou. "A investigação específica sobre Pasadena é fundamental para que a gente limpe um pedaço da história da Petrobras", completou.

Saia justa

O deputado federal Emanuel Fernandes (SP) disse que foi visível o constrangimento de Foster ao expor a situação de Pasadena e ao tentar blindar gestões anteriores. "Trata-se de uma explicação muito difícil. Uma empresa compra uma refinaria por US$ 360 milhões. Ela é vendida para a Petrobras por US$ 1,25 bilhão e nela já foram aportados quase US$ 600 milhões. Para completar, não sabemos quanto ela vale no mercado hoje", afirmou.

Na avaliação do parlamentar, a indicação de Foster para a presidência da Petrobras foi uma tentativa do governo de Dilma Rousseff para superar a desorganização na companhia. "Buscaram uma funcionária antiga e respeitada pelos colegas para tentar arrumar a empresa", acrescentou Fernandes.

De acordo com o deputado federal Bruno Araújo (PE), a exposição da presidente da empresa foi insuficiente e reforça a necessidade da CPI. "Ela não respondeu a pergunta do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) sobre o valor atual de Pasadena para dar clareza do tamanho do prejuízo causado", declarou.

A respeito do depoimento de Cerveró, Araújo espera que o ex-diretor fale "com absoluta honestidade e transparência sobre o que tem havido na estatal nos últimos anos".

O depoimento exaustivo de Foster, segundo o deputado federal Duarte Nogueira (SP), não respondeu a uma questão fundamental. "Por que a presidente Dilma Rousseff, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, autorizou a compra de uma refinaria velha?".

Do Portal do PSDB

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