CPI já é a primeira grande batalha da eleição

Oposição sai em vantagem; mídia tradicional vai jogar todos os holofotes na cobertura da investigação parlamentar que será restrita à estatal do petróleo; governistas reagem com coleta de assinaturas para CPIs da Alstom-Simens e do porto de Suape, mas terão de superar barreiras de interesse para alcançarem mesma repercussão; estratégia é a de combater a artilharia dos oposicionistas com fogo pesado, mas cobertura jornalística das batalhas tende a ser desigual; os dois lados mobilizam seus melhores quadros e armas; quem vai conseguir fazer mais barulho?

Oposição sai em vantagem; mídia tradicional vai jogar todos os holofotes na cobertura da investigação parlamentar que será restrita à estatal do petróleo; governistas reagem com coleta de assinaturas para CPIs da Alstom-Simens e do porto de Suape, mas terão de superar barreiras de interesse para alcançarem mesma repercussão; estratégia é a de combater a artilharia dos oposicionistas com fogo pesado, mas cobertura jornalística das batalhas tende a ser desigual; os dois lados mobilizam seus melhores quadros e armas; quem vai conseguir fazer mais barulho?
Oposição sai em vantagem; mídia tradicional vai jogar todos os holofotes na cobertura da investigação parlamentar que será restrita à estatal do petróleo; governistas reagem com coleta de assinaturas para CPIs da Alstom-Simens e do porto de Suape, mas terão de superar barreiras de interesse para alcançarem mesma repercussão; estratégia é a de combater a artilharia dos oposicionistas com fogo pesado, mas cobertura jornalística das batalhas tende a ser desigual; os dois lados mobilizam seus melhores quadros e armas; quem vai conseguir fazer mais barulho? (Foto: Ana Pupulin)


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247 – A primeira grande batalha da eleição presidencial de 2014 vai começar com o envolvimento de todos os soldados, generais e armas que os dois lados em disputa – governo e oposição – têm de melhor. Nada nem ninguém vai ficar de fora da CPI da Petrobras, mas os governistas, em particular, também querem tornar verdadeiras guerras as prováveis CPIs sobre os contratos de trens e metrô, em São Paulo e Minas Gerais, e as obras no porto de Suape, em Pernambuco. As coletas de assinaturas já começaram.

É certo que, de saída, a oposição se mostra melhor posicionada no front de luta. A mídia tradicional e familiar está com todos os seus holofotes iluminando, desde já, a futura CPI da Petrobras. Entre os próprios governistas, a projeção é a de que não haverá uma mudança de prioridade na cobertura jornalística, mesmo que eles consigam instalar uma ou mais CPIs que visem atingir os redutos do PSDB, de Aécio Neves, e o PSB, de Eduardo Campos. Superar essa desvantagem tática vai demandar esforços redobrados por atenção da parte dos governistas.

A decisão da ministra Rosa Weber, do STF, de conceder o mandado de segurança impetrado pela oposição, para garantir que a CPI a ser instalada nas próximas semanas tenha como tema exclusivo a Petrobras, deixou os oposicionistas em festa. O primeiro a comemorar foi o presidenciável Aécio Neves. Na presidência do PSDB desde o ano passado, uma de suas primeiras decisões foi a realização de um seminário sobre a Petrobras.

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A partir do tema, Aécio proferiu vários discursos e incrementou suas articulações. As repercussões, nos últimos tempos, sobre a compra, pela estatal, da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006, forneceram o combustível que o presidenciável tucano precisava para avançar suas tropas. "Venceram a democracia e a sociedade", saudou Aécio sobre a decisão de Rosa. Ele, de fato, desferiu o primeiro tiro e, sem dúvida, acertou o adversário.

Preparando-se para obter a oficialização de sua candidatura à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff tem na CPI da Petrobras seu ponto de maior preocupação no momento. Com o estabelecimento do caráter exclusivo da investigação, é ela quem mais tem a perder, em tese, diante das atenções voltadas para o tema. O comando de sua pré-campanha não têm dúvidas de que os debates na CPI serão devidamente amplificados na mídia familiar, com acento para o que for ruim para o governo e suavização do que se apurar em favor dos procedimentos a Petrobras.

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Para superar o desequilíbrio projetado desde já, os governistas sabem que, além de buscarem papéis preponderantes no palco da CPI da Petrobras, exatamente para defender a gestão da empresa, terão de usar fogo contra fogo. Por isso, todo o esforço, desenvolvido a partir de agora, para a criação das CPIs da Alstom-Siemens e de Suape.

"Queremos a assinatura do senador Aécio Neves", disse nesta quinta-feira 24, em entrevista ao 247, o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Pela manhã, o presidenciável tucano disse que estaria à disposição para assinar requerimentos por novas CPIs, mas dificilmente Aécio dará tiros nos próprios pés.

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O PT já anunciou que não irá recorrer ao STF em razão do voto da ministra Rosa. O Senado, ao contrário, tentará reverter a decisão no plenário, mas não há efeito suspensivo sobre a decisão ministra. Assim, a luta já tem cenário e exércitos a postos. Nas próximas semanas, com a efetiva instalação da CPI, a batalha passará a ocupar o centro do noticiário político – e terá peso determinante sobre o resultado das urnas de outubro. Ao menos, assim espera a oposição.

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