Vaccari ao 247: "O PT não pagou defesas da AP 470"

Em entrevista ao 247, o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari, nega que a legenda tenha pago a defesa de qualquer um dos réus da Ação Penal 470; de posse de todos os contratos, ele detalhou o escopo dos serviços prestados e afirmou que tudo foi pago com nota e pode ser comprovado; "se algum desses escritórios também atuou para algum réu na AP 470, a responsabilidade não é nossa", afirma; Vaccari diz estranhar apenas que informações sigilosas enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral tenham vazado; presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, já fala em deixar o PT, assim como o PR, de fora do rateio do Fundo Partidário

Vaccari ao 247: "O PT não pagou defesas da AP 470"
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247 - O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari, reagiu com indignação à reportagem desta segunda-feira do jornal Estado de S. Paulo, que acusa a legenda de usar recursos do fundo partidário para pagar a defesa de réus da Ação Penal 470, o chamado mensalão. "É uma mentira deslavada".

Vaccari lembra que, ainda que fosse verdade, não seria ilegal, uma vez que a lei permite que partidos políticos usem recursos do fundo para despesas legais. "Ocorre que não é verdade porque o PT tomou a decisão de não responder pelas acusações imputadas a cada um dos companheiros", disse ele.

O tesoureiro lembra ainda que os advogados que trabalharam para os réus do PT são nomes notórios, como José Luiz de Oliveira Lima, que defendeu José Dirceu, Arnaldo Malheiros, que atuou para Delúbio Soares, Alberto Toron, que foi patrono de João Paulo Cunha, e Luiz Fernando Pacheco, que defendeu José Genoino. "Nenhum desses nomes está na reportagem do Estado", lembra Vaccari.

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De fato, a reportagem cita outros escritórios, como Fregni-Lopes da Cruz, Marcio Luiz Silva e Luiz Bueno de Aguiar. "São escritórios que atuam para o PT há vários anos", disse Vaccari, de posse dos contratos. "Tudo foi pago com nota fiscal e o escopo dos serviços pode ser demonstrado", afirmou. 

Vaccari afirmou que Marcio Luiz Silva, por exemplo, atua em ações de natureza eleitoral, junto ao TSE. "Atuou, inclusive, na campanha da presidente Dilma". Sobre os dois outros escritórios, ele citou ações cíveis, em várias frentes. "Qualquer pessoa que acompanhou o julgamento pela televisão sabe que esses escritórios não tiveram qualquer atuação especial na Ação Penal 470", disse ele. "Agora, se um ou outro advogado atuou para um réu, isso não é responsabilidade do PT".

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Por fim, o tesoureiro do PT lamentou que uma informação de natureza comercial, que foi enviada pelo partido ao Tribunal Superior Eleitoral em caráter sigiloso, como manda a lei, tenha vazado. "Isso expõe a privacidade dos advogados e do partido", diz ele.

Punição do TSE

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Ouvido pela reportagem do Estado de S. Paulo que foi publicada nesta segunda, o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, disse ter havido "distorções" no uso do Fundo Partidário. Agora, à tarde, Mello foi além e falou em punir duramente não só o PT, mas também o PR. "A lei prevê punição, inclusive chegando-se a não só ao recolhimento dos valores, como também se for o caso a suspensão na participação desses partidos no rateio do fundo partidário", disse. "Não há norma que autorize esse gasto. Esse gasto é um gasto esdrúxulo, extravagante".

Vaccari diz que o PT pode comprovar que não pagou a defesa de qualquer réu e que o que está ocorrendo "é mais uma tentativa de criminalizar a atividade política". No fim, ele se corrige. "Na verdade, uma tentativa de criminalizar o PT, porque os sigilos dos partidos da oposição não foram quebrados".

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