Serra coloca em risco trincheira tucana e some

A reviravolta na eleição paulista, que ameaça a continuidade do ciclo de 20 anos de poder do PSDB, teve como protagonista o ex-governador José Serra; na noite de ontem, ele foi ao apartamento do ex-prefeito Gilberto Kassab, cobrou lealdade e exigiu para si a vaga de candidato ao Senado na coligação PSDB-PSD que estava sendo articulada pelo governador Geraldo Alckmin; surpreendido, Kassab toureou Serra até as primeiras horas da madrugada; hoje, anunciou a coligação de seu partido com o PMDB; Henrique Meirelles será o candidato a senador; para irritação dos tucanos envolvidos no lançamento das pontes ao PSD, Serra saiu do radar e seu celular passou a dar caixa postal; conheça os bastidores da trama que fortalece Paulo Skaf, dono, agora, do maior tempo de TV em São Paulo

A reviravolta na eleição paulista, que ameaça a continuidade do ciclo de 20 anos de poder do PSDB, teve como protagonista o ex-governador José Serra; na noite de ontem, ele foi ao apartamento do ex-prefeito Gilberto Kassab, cobrou lealdade e exigiu para si a vaga de candidato ao Senado na coligação PSDB-PSD que estava sendo articulada pelo governador Geraldo Alckmin; surpreendido, Kassab toureou Serra até as primeiras horas da madrugada; hoje, anunciou a coligação de seu partido com o PMDB; Henrique Meirelles será o candidato a senador; para irritação dos tucanos envolvidos no lançamento das pontes ao PSD, Serra saiu do radar e seu celular passou a dar caixa postal; conheça os bastidores da trama que fortalece Paulo Skaf, dono, agora, do maior tempo de TV em São Paulo
A reviravolta na eleição paulista, que ameaça a continuidade do ciclo de 20 anos de poder do PSDB, teve como protagonista o ex-governador José Serra; na noite de ontem, ele foi ao apartamento do ex-prefeito Gilberto Kassab, cobrou lealdade e exigiu para si a vaga de candidato ao Senado na coligação PSDB-PSD que estava sendo articulada pelo governador Geraldo Alckmin; surpreendido, Kassab toureou Serra até as primeiras horas da madrugada; hoje, anunciou a coligação de seu partido com o PMDB; Henrique Meirelles será o candidato a senador; para irritação dos tucanos envolvidos no lançamento das pontes ao PSD, Serra saiu do radar e seu celular passou a dar caixa postal; conheça os bastidores da trama que fortalece Paulo Skaf, dono, agora, do maior tempo de TV em São Paulo (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Uma conversa dura, que adentou na madrugada de hoje, com cobranças de lealdade e imposições por parte do ex-governador José Serra, ocorreu no apartamento do ex-prefeito Gilberto Kassab, nos Jardins. Presidente do PSD que, àquela altura, ainda vinha mantendo conversas avançadas com o governador Geraldo Alckmin para uma coligação com o PSDB, ele foi posto contra a parede por Serra. O resultado foi uma surpreendente aliança entre PSD e PMDB, que dá ao candidato Paulo Skaf a maior fatia do tempo de televisão em São Paulo - mais de sete minutos, contra cinco do atual governador, que concorre à reeleição.

Na noite de ontem, Serra exigiu que Kassab levasse o PSD a aliar-se com os tucanos, mas sem ocupar a vaga de candidato a senador oferecida por Alckmin ao próprio Kassab. "A vaga é minha", teria dito Serra, na versão que corre entre os políticos cientes do quiproquó.

Na manhã desta sexta-feira 27, ainda com as palavras duras de Serra reverberando em sua memória, Kassab comandou uma articulação relâmpago. Mas completamente diversa da que vinha trilhando.

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Depois de contatos com o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o presidente licenciado da Fiesp Paulo Skaf, Kassab foi rápido em anunciar que a convenção do PSD, amanhã, vai aclamar a coligação do partido com o PMDB. Num gesto dirigido diretamente contra Serra, nas circunstâncias, sinalizou que o candidato a senador do novo time será Meirelles.

O governador Geraldo Alckmin, ao saber da ira que Serra havia despertado em Kassab, tentou interferir ao longo de todo o dia. Seu plano contemplava Serra como vice na chapa de Aécio Neves para presidente. O governador paulista estava disposto a insistir com o senador mineiro sobre essa acomodação, mas percebeu na noite da terça-feira 24, quando Aécio deu o bolo na noite de autógrafos de Serra em seu livro "50 Anos Esta Noite", que a missão seria bem difícil. Ainda assim, continuava disposto a operar politicamente para devolver Serra para a esfera nacional. Alckmin procurou falar com Serra, ao menos para ter a versão dele sobre como fora a conversa com Kassab. O ex-governador, no entanto, não foi localizado por nenhum dos radares dos tucanos, não atendendo telefonemas. O sumiço dele depois da noite tormentosa com Kassab irritou também a Alckmin.

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Todo esforço do governador paulista, como noticiou 247, para atrair o PSD para sua coligação tinha, também, o sentido de não fortalecer o candidato do PMDB. Paulo Skaf é o mais próximo perseguidor de Alckmin nas pesquisas, e o que está em melhores condições, com 21% no Datafolha, de atrapalhar seus planos de vencer em primeiro turno. Agora, além desses percentuais, ele passa a ter o maior tempo de televisão.

Tudo o que Alckmin não queria era perder a chance de contar com o PSD e ter Kassab em seu campo. Atropelando os fatos, interessado acima de tudo em concorrer ao Senado – privilégio que Alckmin gostaria de ter dado a Kassab -, Serra, ao entrar no apartamento do ex-prefeito, se encarregou de explodir as pontes lançadas por Alckmin. Ele exigiu de seu antigo vice uma fidelidade que, como demonstrou o fundador do PSD, ele não acredita dever.

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Curiosamente, dias atrás, Serra afirmou que iria se dedicar a "não atrapalhar o PSDB". Atrapalhou, e muito.

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