Dilma detona ofensiva digital por voto real
Sem poder participar de inaugurações e lançamento de programas desde o sábado 5, conforme determina a legislação eleitoral, presidente foca na internet; nas redes sociais, Dilma Rousseff tem página do Planalto no Facebook, usada ontem para responder perguntas sobre a Copa, e perfil pessoal no Twitter, que pode ser explorado para assuntos políticos, por não ser do governo; há ainda o site oficial da campanha lançado pelo PT no último domingo e a página reformulada do partido, que também lançou uma agência própria de notícias; três equipes diferentes, do governo, da campanha e do PT, comandam a estratégia
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247 – A presidente Dilma Rousseff tem um time formado por equipes do governo, de sua campanha à reeleição e do PT para comandar uma ofensiva digital na corrida pelo Palácio do Planalto. Há ao menos quatro espaços na rede essenciais para a divulgação das ações do governo, presença da presidente em eventos e seus discursos.
No Facebook, a página do Palácio do Planalto conta hoje com mais de 156 mil curtidas e só pode reproduzir ações do governo federal, assim como a conta no Instagram, rede social para compartilhar fotos. Ontem, a presidente usou o Facebook para responder a perguntas de internautas sobre a Copa do Mundo. A página é comandada pelo ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann.
Traumann também está à frente do perfil de Dilma no Twitter. Este, por ser de caráter pessoal, pode divulgar notícias de política. A conta no microblog, que tem mais de 2,5 milhões de seguidores, foi criada em 2010, mas reativada em setembro do ano passado em uma ação com Jeferson Monteiro, autor do perfil Dilma Bolada, que faz sátira da presidente.
Já o site oficial da campanha foi lançado no último domingo 6, quando começou oficialmente a corrida eleitoral, de acordo com as normas do Tribunal Superior Eleitoral. Os responsáveis pela página são o jornalista Franklin Martins, ex-ministro de Comunicação Social durante o governo Lula, e o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha.
"É um belo sinal dos tempos, que as campanhas brasileiras comecem pela internet. É prova não só de modernidade, como de ampliação dos canais da democracia", disse Dilma Rousseff em vídeo publicado no site. Ela diz ainda estar "muito à vontade" em um ambiente "tão interativo, instigante e motivador", uma vez que é a presidente que ajudou a criar o primeiro Marco Civil da Internet no mundo.
Meses antes do início da corrida eleitoral, o Partido dos Trabalhadores reformulou sua página na internet e criou uma agência de notícias própria. O espaço é de responsabilidade do secretário de Comunicação do partido, José Américo Dias, e do vice-presidente do PT e responsável pelas redes sociais Alberto Cantalice. O PT também tem contas no Twitter e no Facebook.
Adversários
O candidato do PSDB, Aécio Neves, optou por não criar uma nova página para a campanha, focando suas ações no Facebook. Ele divulgou um vídeo convidando os fãs a publicarem sugestões e críticas no espaço. No Twitter, o tucano não tem perfil pessoal ativo, divulgando suas atividades apenas pela conta do partido, @Rede45.
Eduardo Campos, do PSB, é bastante ativo no Facebook e no Twitter, bem antes do início da campanha, quando ainda ocupava o cargo de governador de Pernambuco. O socialista também não criou uma página oficial para a campanha, e divulgas suas ações, críticas e muitas fotos principalmente pelo Facebook.
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