A escolha de Aécio: reagir agora ou abrir passagem

Presidenciável do PSDB está desafiado a ignorar conselhos de ex-presidente Fernando Henrique, que não quer ver adversária Marina Silva "melindrada", e avaliações como a do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que vê "muitas semelhanças" entre plataforma econômica da candidata do PSB e a dos tucanos; após perder segundo posto para adversária em pesquisa Datafolha, Aécio Neves corre risco de aparecer mais atrás em próximos levantamentos dos institutos Ibope e MDA; o máximo que senador mineiro disse até agora foi que Marina parece uma onda; "as ondas vêm", lembrou, como quem quer dizer que também vão embora; estilo 'pega leve' pode garantir ultrapassagem definitiva de Marina sobre ele; como Aécio vai reagir diante da maior encruzilhada de sua vida política?

Presidenciável do PSDB está desafiado a ignorar conselhos de ex-presidente Fernando Henrique, que não quer ver adversária Marina Silva "melindrada", e avaliações como a do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que vê "muitas semelhanças" entre plataforma econômica da candidata do PSB e a dos tucanos; após perder segundo posto para adversária em pesquisa Datafolha, Aécio Neves corre risco de aparecer mais atrás em próximos levantamentos dos institutos Ibope e MDA; o máximo que senador mineiro disse até agora foi que Marina parece uma onda; "as ondas vêm", lembrou, como quem quer dizer que também vão embora; estilo 'pega leve' pode garantir ultrapassagem definitiva de Marina sobre ele; como Aécio vai reagir diante da maior encruzilhada de sua vida política?
Presidenciável do PSDB está desafiado a ignorar conselhos de ex-presidente Fernando Henrique, que não quer ver adversária Marina Silva "melindrada", e avaliações como a do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que vê "muitas semelhanças" entre plataforma econômica da candidata do PSB e a dos tucanos; após perder segundo posto para adversária em pesquisa Datafolha, Aécio Neves corre risco de aparecer mais atrás em próximos levantamentos dos institutos Ibope e MDA; o máximo que senador mineiro disse até agora foi que Marina parece uma onda; "as ondas vêm", lembrou, como quem quer dizer que também vão embora; estilo 'pega leve' pode garantir ultrapassagem definitiva de Marina sobre ele; como Aécio vai reagir diante da maior encruzilhada de sua vida política? (Foto: Aline Lima)


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Marco Damiani _ 247 – O presidenciável Aécio Neves está diante do maior desafio político de sua campanha – e, pelo tamanho do prêmio, de sua vida pública.

A percorrer o caminho suave apontado por conselheiros como o presidente Fernando Henrique, que não quer ver a candidata Marina Silva, do PSB, "melindrada", ou ouvir vozes influentes na formulação econômica tucana, como o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que vê "muitos pontos em comum" na plataforma dos dois candidatos, Aécio pode estar frito. As fórmulas que preservam de crítica a nova concorrente servem, sem dúvida, a um certo projeto de tornar o PSDB uma legenda que, conscientemente, abriria passagem aos 'marineiros', agora, e daria apoio à eventual gestão, mais tarde, da adversária no Palácio do Planalto. Mas isso interessa mesmo a Aécio?

Nesta segunda-feira 25, ao mesmo tempo, em entrevistas para dois dos principais jornais do País, dois dos mais destacados envolvidos na campanha de Marina manifestaram agrado por essa estratégia que, a eles, soa como música. Tanto o presidente do PSB, o experiente Roberto Amaral, na Folha de S. Paulo, como o professor Eduardo Gianetti, credenciado como o maior formulador da plataforma econômica da candidata, no Valor Econômico, falaram em "governar com as franjas do PT e do PSDB", num recado que, a esta altura, só serve para os quadros qualificados desta última agremiação.

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Ao contrário de chefes tucanos como FHC, não houve no PT quem manifestasse alguma simpatia pela candidatura de Marina. Ao contrário, a entrada na disputa correspondeu a respostas diretas e indiretas da própria candidata Dilma Rousseff na oposição ao nome do PSB. Citando Marina, a presidente disse que a ela falta "experiência administrativa".

Na tarde desta segunda 25, no Palácio do Planalto, respondendo a jornalistas, Dilma afirmou, de maneira enviesada, que um candidato que não se preocupa com a gestão não serve para ser presidente do Brasil, mas apenas "para Rainha da Inglaterra". Em outras palavras, para conter o esperado crescimento de Marina, Dilma começou a 'bater' nela. Em seguida, cobrou da candidata do PSB explicações formais sobre a situação do jatinho em que Eduardo Campos morreu - e o qual a própria Marina fez uma série de viagens de campanha.

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E AÉCIO? A ele interessa a proposta de 'pegar leve' com a candidata do PSB, como pregam alguns de seus próprios correligionários que veem, nesta eleição, como objetivo maior, a derrota do PT? Terá valido a pena deixar uma eleição considerada segura para governador de Minas para, a esta altura, manter apenas Dilma como adversário e preservar Marina? Não seria está a maneira mais acertada de, apenas, ficar com um inútil terceiro lugar?

Em São Paulo, um Estado chave especialmente para os tucanos, que o governam a 20 anos, outros quadros importantes já se assanham com a iniciativa de preservar Marina. Ela é do interesse integral do ex-governador e candidato a senado José Serra, que poderia figurar, de acordo com as insinuações de Amaral e Gianetti, num futuro governo Marina. Também atendem aos projetos do governador Geraldo Alckmin. Uma vez reeleito, e com Aécio mantido como senador, o paulista seria a primeira alternativa tucana para a Presidência da República em 2018.

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Ainda que com uns dias de atrás, e em seu estilo matreiro, o próprio Aécio parece estar percebendo que deixar Marina livre de críticas não é nada bom para ele mesmo. Depois de enfrentar uma reunião com o comando dos tucanos, em São Paulo, que chegou a uma conclusão em cima do muro – esperar as próximas pesquisas para ver como é que fica --, Aécio disse hoje, no Rio de Janeiro, sem citar Marina, que ela pode ser somente "uma onda nesse mar lindo", significando que o fenômeno eleitoral quem ela já representou na eleição passada tem chances de ser passageiro agora. Isso ainda é muito pouco, se é que é uma crítica.

Para esta semana, espera-se a divulgação de duas novas pesquisas eleitorais – Ibope e CNT/MDA. Segundo as projeções e rumores, Marina abriria margem sobre Aécio e ainda obteria um desempenho considerado excelente em São Paulo.

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Até a publicação dos números, não há como dimensionar o tamanho do problema que o neto do presidente eleitTancredo Neves terá pela frente. Mas com o que se tem até aqui, já se sabe que ele não é pequeno.
Com a unção de Marina no lugar do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na quarta-feira 13, Aécio pela primeira deixou, nesta corrida eleitoral, de ser a melhor perspectiva de poder para os que querem tirar do Palácio do Planalto a presidente Dilma e o PT. E também é ele que tem o desafio de renovar o entusiasmo do PSDB pela sua própria candidatura, antes que, à espera da próxima pesquisa, e da próxima e da próxima, os tucanos fiquem no muro assistindo Marina passar.

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