A 20 dias das urnas, tensão sobe entre presidenciáveis

Nesta segunda-feira 15, apenas 20 dias separam a eleição mais surpreendente dos últimos 25 anos do desfecho em 1º turno; tendências se inverteram e reverteram nas duas últimas semanas; a partir de agora, uma escalada de tensão quebrará recordes até que o tempo caia, como num jogo de xadrez-relâmpago; momento se mostra propício para presidente Dilma Rousseff, mas Marina Silva procura estancar viés de queda e retomar a ofensiva, enquanto Aécio Neves avalia que adversária do PSB vai "esfarelar" e ele mesmo chegará ao 2º turno

Nesta segunda-feira 15, apenas 20 dias separam a eleição mais surpreendente dos últimos 25 anos do desfecho em 1º turno; tendências se inverteram e reverteram nas duas últimas semanas; a partir de agora, uma escalada de tensão quebrará recordes até que o tempo caia, como num jogo de xadrez-relâmpago; momento se mostra propício para presidente Dilma Rousseff, mas Marina Silva procura estancar viés de queda e retomar a ofensiva, enquanto Aécio Neves avalia que adversária do PSB vai "esfarelar" e ele mesmo chegará ao 2º turno
Nesta segunda-feira 15, apenas 20 dias separam a eleição mais surpreendente dos últimos 25 anos do desfecho em 1º turno; tendências se inverteram e reverteram nas duas últimas semanas; a partir de agora, uma escalada de tensão quebrará recordes até que o tempo caia, como num jogo de xadrez-relâmpago; momento se mostra propício para presidente Dilma Rousseff, mas Marina Silva procura estancar viés de queda e retomar a ofensiva, enquanto Aécio Neves avalia que adversária do PSB vai "esfarelar" e ele mesmo chegará ao 2º turno (Foto: Felipe L. Goncalves)


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247 – No cronômetro, o tempo da eleição está quase caindo. Já se dá conta, na virada do domingo para a segunda-feira 15, que faltam apenas 20 dias para a data do 1º turno. Paradoxalmente, enquanto a corrida se acelera, os três principais candidatos passarão a viver, até lá, os dias mais intensos e longos de suas vidas políticas.

É certo que, neste momento, está em curso uma reversão da tendência apresentada desde a morte do ex-governador Eduardo Campos, em 13 de agosto, e uma semana atrás. Mas igualmente se sabe que, nesta que é a eleição mais surpreendente dos últimos 25 anos, quando nova virada dos humores do eleitorado será vista como absolutamente normal. A eleição, afinal, já teve desde o início de 2014 seu momento de favoritismo da presidente Dilma Rousseff, em janeiro até maio, segundo as pesquisa.

Na fase que foi de junho a agosto, a oposição com Aécio Neves, pelo PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, conseguiu construir uma tendência de alta paulatina, que já esbarrava na fronteira da realização de um segundo turno. Ao mesmo tempo em que eles ganhavam ponto a ponto nas pesquisa, Dilma gradualmente perdia alguns dos seus.

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A disputa eleitoral experimentou um trauma em 13 de agosto, e ainda não se recuperou dele. Com o desaparecimento do ex-governo, o furacão Marina varreu da face da terra todas as certezas dos analistas e remexeu nos resultados das pesquisas. Na primeira semana de exposição como candidata, Marina largou diretamente no segundo lugar do Datafolha, um ponto a frente de Aécio, ampliou a distância e foi buscar a liderança que nunca, até então, havia sido tirada de Dilma nem no 1º nem no 2º turno.

MARINA PROTAGONIZOU A PRIMEIRA VIRADA - Na primeira grande virada da campanha, Marina abriu dez pontos sobre Dilma em segundo turno e, imediatamente, boa parte da mídia tradicional a alçou à posição de imbatível. Principal atingido, Aécio voltou para o patamar de 15%, quando antes frequentara os de mais de 20%. A presidente resistiu quanto pode, mas desceu a 33% no Ibope, o menor índice de sua trajetória aqui.

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A partir da divulgação do programa de governo de Marina, as coisas mudaram de novo. A ex-ministra passou a ser alvo de críticas em série da presidente e do ex-presidente Lula, despertou aversão entre intelectuais e, até agora, ainda não encontrou um remédio adequado para estancar a sangria. Certo de que, assim como foi o grande prejudicado, poderá ser, a partir de agora, o principal beneficiado por Marina estar “esfarelando”, segundo expressão do próprio Aécio.

A eleição está se mostrando muito sensível aos fatos novos. Em comparação a todas as eleições desse Collor X Lula, em 1989, o debate entre os eleitores brasileiros está muito mais amplificado e com maior alcance, ainda que se possa discutir o nível em que ele se dá. O motivo, claro, é o crescimento da internet no Brasil, com toda a sua malha de informações replicadas em todos os seus fios.

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TENDÊNCIA FAVORÁVEL A DILMA - Tudo, assim, pode mudar. A tendência das pesquisas é, sim, favorável a Dilma e ao PT. Mesmo debaixo da maior saraivada de ataques de sua história, o partido trabalha com projeções de que, outra vez, elegerá a maior bancada do Congresso. E Dilma, que nunca teve defensores nos meios mais antigos de comunicação e nos veículos que os ocupam, vai afirmando, com seus resultados nas pesquisas, que é muito mais resistente do que os adversários gostaria que ela fosse. Mais, está demonstrando uma capacidade de recuperação que, sem não leva-la a liquidar a fatura já na primeira volta, a lançará, para a segunda, em alta voltagem, como favorita.

Mas isso é hoje, que pode ser diferente dentro de dez dias e na data do voto. Aécio reorganizou sua campanha em Minas Gerais, mas sofre com articulações de tucanos ilustres, como o ex-presidente Fernando Henrique e o ex-governador e candidato a senador José Serra, por uma atitude menos agressiva contra Marina.

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O senador mineiro sabe, ao contrário, que sua maior chance está em herdar os votos que Marina vai perdendo nas pesquisas. E com um discurso novo e afiado, ele vai querer ser, na fase decisiva, a surpresa do final do primeiro turno.

A cada vinte e quatro horas, a partir de hoje, os presidenciáveis estarão vivendo os dias mais intensos e longos e suas vidas políticas. Para eles, o tempo vai passar de maneira diferente, no ritmo dos fatos políticos, até que caia na hora marcada.

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