Aécio de volta ao jogo: hora de encarar Marina

Único a crescer na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira 16, com quatro pontos de alta, candidato do PSDB  ainda pode chegar ao segundo turno; para isso, primeiro obstáculo à sua frente é adversária do PSB, colocada entre ele e a presidente Dilma Rousseff; no entanto, ex-presidente Fernando Henrique quer que Aécio incremente ataques a Dilma e ao PT; maior chance do senador mineiro, porém, é dar ordem unida às suas tropas e focar esforços para retomar de Marina o segundo posto que era seu até a morte de Eduardo Campos; movimento passa, claramente, por desgastar a ex-ministra nos 17 dias que separam o País das urnas de 5 de outubro; Aécio moverá a peça de seu interesse ou a de FHC, que não quer "melindrar" Marina?

Único a crescer na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira 16, com quatro pontos de alta, candidato do PSDB  ainda pode chegar ao segundo turno; para isso, primeiro obstáculo à sua frente é adversária do PSB, colocada entre ele e a presidente Dilma Rousseff; no entanto, ex-presidente Fernando Henrique quer que Aécio incremente ataques a Dilma e ao PT; maior chance do senador mineiro, porém, é dar ordem unida às suas tropas e focar esforços para retomar de Marina o segundo posto que era seu até a morte de Eduardo Campos; movimento passa, claramente, por desgastar a ex-ministra nos 17 dias que separam o País das urnas de 5 de outubro; Aécio moverá a peça de seu interesse ou a de FHC, que não quer "melindrar" Marina?
Único a crescer na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira 16, com quatro pontos de alta, candidato do PSDB  ainda pode chegar ao segundo turno; para isso, primeiro obstáculo à sua frente é adversária do PSB, colocada entre ele e a presidente Dilma Rousseff; no entanto, ex-presidente Fernando Henrique quer que Aécio incremente ataques a Dilma e ao PT; maior chance do senador mineiro, porém, é dar ordem unida às suas tropas e focar esforços para retomar de Marina o segundo posto que era seu até a morte de Eduardo Campos; movimento passa, claramente, por desgastar a ex-ministra nos 17 dias que separam o País das urnas de 5 de outubro; Aécio moverá a peça de seu interesse ou a de FHC, que não quer "melindrar" Marina? (Foto: Felipe L. Goncalves)


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Marco Damiani _ 247 – No momento em que já ia sendo relegado à condição de personagem terciário da disputa presidencial, o candidato do PSDB, Aécio Neves, voltou ao jogo maior. Em pesquisa Ibope divulgada na terça-feira 16, ele foi o único a crescer em mais este momento decisivo da disputa eleitoral. A 17 dias das urnas, o senador mineiro resgatou para si quatro pontos perdidos e subiu de 15% de intenções para 19% de referências de voto. Ao mesmo tempo, Marina Silva perdeu um ponto e a presidente Dilma Rousseff, outros três.

O resultado incentivou o ex-presidente Fernando Henrique, que já declarou não querer "melindrar" a adversária do PSB, a insistir publicamente que a estratégia de Aécio é seguir criticando duramente a gestão de Dilma e do PT. Na mesma linha de atuação, o ex-governador José Serra se mantém alheio a ataques a Marina e não se incomoda com as versões que já transmite aos mais próximos de que os tucanos deverão votar 'útil' a favor dela, em 5 de outubro.

Mas o caminho de Aécio para o segundo turno, mostram claramente os números mais recentes, é outro.

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Para participar da segunda volta, Aécio precisa ultrapassar quem está imediatamente à sua frente – e está é Marina, e não Dilma. Com 30% de intenções no Ibope, ao registrar perda de um ponto sobre pesquisa anterior do mesmo instituto, Marina é um obstáculo concreto entre o tucano e a petista. Não há como não perceber essa situação eleitoral. Caso, num próximo levantamento, repita-se o desempenho de Marina perder mais um pontinho e Aécio subir outros quatro, como aconteceu agora, bingo! Estará criada, com boa vontade de interpretação, a situação de empate técnico entre ambos, na marca dos 26% (Aécio com 23 pontos mais três para cima, Marina com 29 pontos menos três para baixo).

Sabe-se que, na reta final, assim como a perda de pontos abate dirigentes e militantes dos partido, o ganho anima decisivamente as equipes partidárias e seus simpatizantes. Aécio, nesta tendência, estaria ultra fortalecido.

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FOCO PARA RECUPERAR POSIÇÃO PERDIDA - Por mais que ainda pareça difícil a situação de Aécio, a estratégia política correta pode fazê-lo ressurgir. Será preciso, neste instante histórico, ao menos, ele arquivar momentaneamente as críticas à Dilma e ao PT que, de resto, a própria Marina já vem fazendo, para concentrar-se no resgate do lugar que era dele antes da morte do presidenciável Eduardo Campos.

Até a tragédia de Santos, Aécio nunca perdeu sua posição consolidada de segundo colocado. Ele próprio assegurou em diferentes declarações que o segundo turno eleitoral já estava contratado, com ele próprio e Dilma na nova disputa.

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Como tarefa número para completar o que será um verdadeira façanha, Aécio tem deixar de agir, agora, como candidato a presidente e "botar o chapéu", como gosta de dizer o próprio Fernando Henrique, de presidente do PSDB. Um chefe partidário que precisa dizer com todas as palavras para sua direção, militantes e apoiadores que não é hora de despejar bílis sobre o PT, mas sim sobre Marina.

A candidatura da musa do PSB está repleta de falhas e contradições, que têm sido explorada somente por Dilma e o PT. A ponto de essa estratégia já ter beneficiado a própria Dilma, que se descolou a ex-ministra e com ela empata em todos as projeções de segundo turno – no qual chegou a sofrer dez pontos de desvantagem no Datafolha.

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Tarimbado por uma incessante atividade política desde o início da década de 1980, ao lado de seu avô Tancredo, Aécio tem a simpatia de todos no meio político por seu comportamento entusiasmado, gentil e conciliador.

No principal momento de sua vida política, porém, Aécio precisará ser bem mais duro para chegar ao topo. Paradoxalmente, ele nunca teve pela frente uma adversária com tantas fragilidades eleitorais já comprovadas. O primeiro passo é convencer Fernando Henrique sobre quem é o verdadeiro adversário neste momento – ou tocar a campanha neste começo de reta final ignorando, pelo triunfo, os conselhos do ex-presidente.

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No tabuleiro da sucessão, quem joga agora é Aécio.

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