Dobrar à esquerda é saída do PT para isolamento

Base aliada grande e folgada já era; comando do PT tem como certo que 2015, começando agora, será na base de todos contra o governo; PMDB não faz nem questão de demonstrar simpatia e PSDB nunca esteve tão aguerrido; plano do governador Cid Gomes, do Ceará, de montar frente de esquerda é o que se tem: atrair, ao menos em parte, o PSB, rezar pela compreensão de PSOL e PSTU, esquecer o PPS e contar com o pendular centrista PSD aqui e ali; crescimento do PROS, em versão 2.0, passa a ser bem avaliado; "Somos a maior bancada e é nosso direito ter a presidência da Câmara", afirma vice-presidente do PT José Guimarães ao 247; "Lançar qualquer um para derrotar o PT é pouco nobre"; ex-presidente Lula aconselha presidente Dilma a aceitar novo quadro; dobrar à esquerda é a ordem do dia

Base aliada grande e folgada já era; comando do PT tem como certo que 2015, começando agora, será na base de todos contra o governo; PMDB não faz nem questão de demonstrar simpatia e PSDB nunca esteve tão aguerrido; plano do governador Cid Gomes, do Ceará, de montar frente de esquerda é o que se tem: atrair, ao menos em parte, o PSB, rezar pela compreensão de PSOL e PSTU, esquecer o PPS e contar com o pendular centrista PSD aqui e ali; crescimento do PROS, em versão 2.0, passa a ser bem avaliado; "Somos a maior bancada e é nosso direito ter a presidência da Câmara", afirma vice-presidente do PT José Guimarães ao 247; "Lançar qualquer um para derrotar o PT é pouco nobre"; ex-presidente Lula aconselha presidente Dilma a aceitar novo quadro; dobrar à esquerda é a ordem do dia
Base aliada grande e folgada já era; comando do PT tem como certo que 2015, começando agora, será na base de todos contra o governo; PMDB não faz nem questão de demonstrar simpatia e PSDB nunca esteve tão aguerrido; plano do governador Cid Gomes, do Ceará, de montar frente de esquerda é o que se tem: atrair, ao menos em parte, o PSB, rezar pela compreensão de PSOL e PSTU, esquecer o PPS e contar com o pendular centrista PSD aqui e ali; crescimento do PROS, em versão 2.0, passa a ser bem avaliado; "Somos a maior bancada e é nosso direito ter a presidência da Câmara", afirma vice-presidente do PT José Guimarães ao 247; "Lançar qualquer um para derrotar o PT é pouco nobre"; ex-presidente Lula aconselha presidente Dilma a aceitar novo quadro; dobrar à esquerda é a ordem do dia (Foto: Aline Lima)


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247 – É consenso de lideranças importantes no PT a ideia de que só há salvação para o partido contra os adversários do Congresso nesse segundo mandato da presidente Dilma Rousseff se for feita uma guinada da legenda à esquerda. Do ex-presidente Lula, passando por Valter Pomar, integrante da Direção Nacional, e por José Guimarães, vice-presidente nacional da sigla.

O primeiro passo já foi dado por Cid Gomes (PROS) nesta terça-feira 4. O governador do Ceará apresentou à presidente, em reunião no Palácio do Planalto, a proposta de criação de uma frente de esquerda ou até um novo partido de apoio a seu governo para garantir a governabilidade no segundo mandato. Isso porque, com o clima de instabilidade que se instalou após as eleições, será difícil para o governo aprovar projetos nos próximos anos.

A verdade é que a reeleição de Dilma não foi digerida nem por aliados, nem por adversários. E o cenário de uma grande base que deu folga a Dilma nos últimos quatro anos mudou radicalmente, com a alternativa de diálogo pregado pela presidente cada vez menos presente. O ideal seria atrair, ao menos em parte, o PSB, rezar pela compreensão dos minoritários PSOL e PSTU e contar com o pendular centrista PSD de Gilberto Kassab em determinadas ocasiões.

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O PMDB, principal partido da base de apoio, dá sinais de que coloca em prática uma estratégia de isolamento dos petistas no Congresso. O PT pede ampliação do diálogo com Dilma e indica querer maior participação no segundo mandato. E o PSDB promete "não dar trégua" ao governo atual. Hoje, o senador Aécio Neves convocou os partidos da oposição a fazerem um "pacto" por uma "oposição revigorada e vitoriosa" e criticou o discurso de diálogo da presidente.

Na opinião do deputado José Guimarães, vice-presidente nacional do PT, algumas ações são articuladas com o objetivo específico de isolar o partido. Ele menciona, sem citar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o lançamento de nomes para presidir a Casa, em sua visão, sem propostas. "Lança-se nomes sem nenhum conteúdo programático. Lançar qualquer um para derrotar o PT é pouco nobre. É muito ruim, o PT lamenta", criticou, em conversa com o 247. Ele lembra que o PT, como maior bancada, "tem o direito de presidir a Câmara".

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O parlamentar prossegue: "Não é razoável, saudável para o parlamento, desenvolver qualquer ação de isolamento do partido (PT) na Casa. Isso é desprovido de qualquer sentimento altruísta que traga benefício para o parlamento. Esse caminho aqui dentro, 'isola a força A, isola a força B', é um péssimo retrato do que é um parlamento brasileiro". Na opinião do dirigente petista, com essas ações, o Congresso mostra que "não ouve a mensagem das ruas".

"O parlamento não está com a bola toda com a sociedade, e nós deveríamos inverter isso. Discutir uma plataforma política com temas que são exigências da sociedade, como a reforma política, a reforma federativa, a questão da relação entre o parlamento e as forças políticas que atuam aqui dentro. Não pode ser uma disputa entre a oposição e o governo. O PT quer dialogar com todos, inclusive com a oposição", afirmou.

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Nesse sentido, ele apoia a tese de que é necessário direcionar o partido à esquerda. A iniciativa de Cid Gomes, para Guimarães, ajuda o parlamento. "Não é um bloco para reivindicar cargo, é para estabelecer outra relação com a presidenta eleita", planeja. "O governo tem que recompor sua base política. Precisa mudar a governabilidade", defende, ressaltando que prefere até mesmo "uma base menor" para que isso seja possível.

Na opinião de Guimarães, o PT tem algumas tarefas a cumprir nos próximos anos. "Na relação com o governo, ajudar a presidente a construir a governabilidade. Esses quatro anos não podem ser 'repeteco' dos últimos quatro", diz. "Uma profunda reforma dentro do PT na relação com a base, qualificando os diretórios municipais", acrescenta, citando ainda a necessidade de diálogo com a militância que se revelou nessas eleições. "Eu nunca vi tanto militante solto nas urnas, o PT precisa dialogar com esse público".

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No atual quadro, a única alternativa que veio do centro é o fiel aliado PSD, que formalizou nesta quarta-feira 5 seu apoio a Dilma pelos próximos quatro anos. A aliança promete somar votos e ajudar o PT no Congresso. Na avaliação de petistas, Cid Gomes e Kassab juntos do governo podem resultar em vitória contra o PMDB. Essa equação pesa sobre a reforma ministerial que Dilma vai guardando em segredo. Ela ainda não sabe com quem pode contar.

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