PML: delegados da PF feriram lei e disciplina

Episódio dos delegados da Operação Lava Jato que usaram redes sociais para atacar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além de fazer campanha para Aécio Neves, fere o artigo 364 do código disciplinar da Polícia Federal, lembra o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; "Fica difícil saber até onde foi uma investigação necessária em torno da Petrobras — e onde ocorreu algo que tem características de uma conspiração, típica de quem se vale de seus postos no Estado para atingir finalidades políticas", afirma; ele traça ainda um paralelo com a República do Galeão, que, em 1954, emparedou Getúlio Vargas; leia a íntegra

Episódio dos delegados da Operação Lava Jato que usaram redes sociais para atacar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além de fazer campanha para Aécio Neves, fere o artigo 364 do código disciplinar da Polícia Federal, lembra o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; "Fica difícil saber até onde foi uma investigação necessária em torno da Petrobras — e onde ocorreu algo que tem características de uma conspiração, típica de quem se vale de seus postos no Estado para atingir finalidades políticas", afirma; ele traça ainda um paralelo com a República do Galeão, que, em 1954, emparedou Getúlio Vargas; leia a íntegra
Episódio dos delegados da Operação Lava Jato que usaram redes sociais para atacar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além de fazer campanha para Aécio Neves, fere o artigo 364 do código disciplinar da Polícia Federal, lembra o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; "Fica difícil saber até onde foi uma investigação necessária em torno da Petrobras — e onde ocorreu algo que tem características de uma conspiração, típica de quem se vale de seus postos no Estado para atingir finalidades políticas", afirma; ele traça ainda um paralelo com a República do Galeão, que, em 1954, emparedou Getúlio Vargas; leia a íntegra (Foto: Roberta Namour)


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247 - A atitude dos delegados envolvidos na Operação Lava Jato que achincalharam, nas redes sociais, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula infringe o código disciplinar da Polícia Federal. É o que aponta Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, em sua nova coluna.

Eis um trecho:

Um dos coordenadores da Lava Jato referiu-se a Lula como “essa anta.” Um outro participa de um grupo no Facebook cujo símbolo é uma caricatura de Dilma com dois incisivos vampirescos, com uma faixa escrita “fora PT,” e proclama que seu objetivo é mostrar que “o comunismo e o socialismo são um grande mal que ameaça a sociedade.”

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O aspecto disciplinar do caso está resolvido no artigo 364 no regimento disciplinar da Polícia Federal, que define transgressões disciplinares da seguinte maneira:

- referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da Administração pública, qualquer que seja o meio empregado para êsse fim.

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II - divulgar, através da imprensa escrita, falada ou televisionada, fatos ocorridos na repartição, propiciar-lhe a divulgação, bem como referir-se desrespeitosa e depreciativamente às autoridades e atos da Administração;

III - promover manifestação contra atos da Administração ou movimentos de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades;

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Paulo Moreira Leite traça um paralelo entre o caso de hoje com a chamada "República do Galeão":

Em 1954, quando o major Rubem Vaz, da Aeronáutica, foi morto num atentado contra Carlos Lacerda, um grupo de militares da Aeronáutica abriu um IPM a margem das normas e regras do Direito, sem respeito pela própria disciplina e hierarquia.

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O saldo foi uma apuração cheia de falhas técnicas e duvidas, como recorda Lira Neto no volume 3 da biografia Getúlio,mas que possuía um objetivo político declarado — obter a renúncia de Vargas. Menos de 20 dias depois, o presidente da República, fundador da Petrobras, dava o tiro no peito.

Em 2014, nem é preciso perder tempo em perguntas sobre a isenção dos policiais, sobre foco, sobre indispensável distanciamento profissional para produzir provas consistentes e críveis. Está tudo claro.

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A desobediência a determinações claríssimas do regimento da PF sinaliza uma fraqueza profissional inaceitável.

Fica difícil saber até onde foi uma investigação necessária em torno da Petrobras — e onde ocorreu algo que tem características de uma conspiração, tipica de quem se vale de seus postos no Estado para atingir finalidades políticas.

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Quem terá coragem de negar que as mais graves suspeitas que rondam o inquérito desde o início, de que seria uma investigação dirigida para causar prejuízos imensos ao Partido dos Trabalhadores, evitando comprometer políticos e legendas da oposição, ganharam veracidade e consistência a partir de hoje?

Leia a íntegra no blog de Paulo Moreira Leite.

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