Tereza Cruvinel: acordo pode garantir CPI ao PT

“Para alguns petistas, Eduardo Cunha radicalizou nos primeiros dias exatamente para forçar o governo a buscar o diálogo. Com Pepe (ministro da Articulação Política), entretanto, ele não quer conversa”, diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247; segundo ela, foi o novo líder do governo, José Guimarães, que deu os passos decisivos para a reabertura das negociações; “Acordo pode garantir ao PT a relatoria da CPI da Petrobrás. Marco Maia é o mais cotado. Ele já foi relator da primeira CPI da Petrobrás na Câmara, mas vem resistindo à hipótese por conta do inevitável desgaste”, acrescenta 

“Para alguns petistas, Eduardo Cunha radicalizou nos primeiros dias exatamente para forçar o governo a buscar o diálogo. Com Pepe (ministro da Articulação Política), entretanto, ele não quer conversa”, diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247; segundo ela, foi o novo líder do governo, José Guimarães, que deu os passos decisivos para a reabertura das negociações; “Acordo pode garantir ao PT a relatoria da CPI da Petrobrás. Marco Maia é o mais cotado. Ele já foi relator da primeira CPI da Petrobrás na Câmara, mas vem resistindo à hipótese por conta do inevitável desgaste”, acrescenta 
“Para alguns petistas, Eduardo Cunha radicalizou nos primeiros dias exatamente para forçar o governo a buscar o diálogo. Com Pepe (ministro da Articulação Política), entretanto, ele não quer conversa”, diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247; segundo ela, foi o novo líder do governo, José Guimarães, que deu os passos decisivos para a reabertura das negociações; “Acordo pode garantir ao PT a relatoria da CPI da Petrobrás. Marco Maia é o mais cotado. Ele já foi relator da primeira CPI da Petrobrás na Câmara, mas vem resistindo à hipótese por conta do inevitável desgaste”, acrescenta  (Foto: Roberta Namour)


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por Tereza Cruvinel

Acordo pode garantir ao PT a relatoria da CPI da Petrobrás. Marco Maia é o mais cotado, mas reluta.

Nas primeiras duas semanas como presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha deu seguidas demonstrações de sua força impondo derrotas em série ao PT e ao governo Dilma, num simulacro de poder parlamentarista, como registrou o 247. Os canais, entretanto, já começaram a ser desobstruídos dando lugar ao diálogo, na linha do que recomendou a Dilma o ex-presidente Lula. Cunha já se mostra disposto a fechar um acordo que garantirá a relatoria da CPI da Petrobrás ao PT.

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Numa semana atordoante para os petistas, Cunha alijou o partido do comando da Comissão da Reforma Política e fez prevalecer a distribuição de comissões levando em conta o tamanho dos blocos, não o das bancadas.. Com isso, o PT será o quarto a fazer escolhas, perdendo a presidência de comissões importantes como a de Constituição e Justiça e a de Orçamento. Cunha derrotou novamente o governo aprovando a emenda constitucional da liberação impositiva de emendas parlamentares ao orçamento e convidou os 39 ministros de Dilma a prestarem esclarecimentos sobre suas pastas ao plenário. Depois desta avalanche, vieram os primeiros acenos do governo no sentido de uma recomposição com ele e sua ala do PMDB.

O encontro com a presidente Dilma foi protocolar mas depois entraram em campo o novo líder do governo, José Guimarães e o líder da bancada petista, Sibá Machado. Destas conversas surgiu a disposição de Cunha de ceder a relatoria da CPI ao PT, o que dependerá ainda da anuência dos líderes dos partidos de seu bloco. A rigor, fazendo prevalecer o critério da distribuição de cargos por blocos, o PT não teria nem a presidência nem a relatoria, que ficariam ambas para o bloco liderado pelo PMDB de Cunha.

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Estas conversas até precederam as recomendações do ex-presidente Lula a Dilma, na quinta-feira, para que busque a recomposição com Eduardo Cunha e busque um acordo de convivência mais razoável. No mesmo dia o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, também ligou para Cunha (pela primeira vez depois de sua eleição) cumprimentando-o por um artigo. Mas foi sobretudo Guimarães, que já foi líder do PT e tem com os aliados e mesmo com a oposição um diálogo mais fácil que o ministro da Articulação Política, Pepe Vargas, que deu os passos decisivos para a reabertura do diálogo. Para alguns petistas, Eduardo Cunha radicalizou nos primeiros dias exatamente para forçar o governo a buscar o diálogo. Com Pepe, entretanto, ele não quer conversa.

Seja como for, ele garantiu que consultará os demais partidos de seu bloco sobre a cessão da relatoria ao PT. Como se trata de um cargo desgastante, numa CPI que visará sobretudo a própria classe política, é provável que eles concordem.

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Neste caso, o PT gostaria de indicar para o cargo o deputado Marco Maia. Ele já foi relator da primeira CPI da Petrobrás na Câmara mas vem resistindo à hipótese por conta do inevitável desgaste. O PT examina nomes alternativos para o caso de uma recusa, como os dos deputados Paulo Teixeira (SP) e Luiz Sérgio (RJ).

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