Dilma: integração regional é saída para crescimento

Em discurso durante o Foro Empresarial das Américas, no Panamá, presidente destacou "a integração regional das nossas economias funciona como fator que expande nossas fronteiras" e afirmou ser "fundamental" a abertura comercial e a desburocratização; no Brasil, Dilma disse que o governo está fazendo "um grande esforço de ajuste fiscal" e um "reequilibro" para que o País possa continuar crescendo; "Sem dúvida sabemos que isso passa por continuar fazendo programas tanto na área social como na área de infraestrutura"

Cidade do Panamá - Panamá, 10/04/2015. Presidenta Dilma Rousseff participa do painel do Foro Empresarial das Américas – Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Cidade do Panamá - Panamá, 10/04/2015. Presidenta Dilma Rousseff participa do painel do Foro Empresarial das Américas – Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Gisele Federicce)


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247 – A presidente Dilma Rousseff reforçou o "compromisso" do Brasil com a "integração regional" em discurso durante o Foro Empresarial das Américas, que participou no Panamá. A presidente discursou ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, do México, Enrique Peña Nieto, e do Panamá, Juan Carlos Varela.

"A integração regional das nossas economias expande as nossas fronteiras e nossas oportunidades. Abertura comercial e desburocratização são coisas essenciais", disse Dilma. A presidente acrescentou que o governo brasileiro está fazendo um "grande esforço" para acertar as contas e um "reequilibro" para o que o País possa continuar crescendo.

"Nós estamos no Brasil fazendo um grande esforço de ajuste fiscal porque adotamos medidas anticíclicas nesses últimos anos para evitar que houvesse uma queda muito forte tanto no emprego como na renda. Nós esgotamos a nossa capacidade dessas medidas anticíclicas e agora temos de fazer todo um reequilíbrio para poder continuar crescendo".

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Dilma acrescentou: "sem dúvidas sabemos que isso passa por continuar fazendo programas tanto na área social como na área de infraestrutura e sobretudo eu queria deixar claro aqui o nosso compromisso com a integração regional".

No início do discurso, a presidente disse que os desafios do Brasil estão nas áreas de infraestrutura logística e de mobilidade urbana. E afirmou que "educar é o único jeito de assegurar que as transformações de inclusão social sejam permanentes". Dilma ressaltou que "a grande mudança que o Brasil deseja e encaminhou nos últimos anos é se transformar em um grande país de classe média".

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"O Brasil tem desafios de sair do atraso e avançar para o futuro. A educação combina isso tudo. O passo além só se dá se apostamos na educação, na formação científica e tecnológica e acompanharmos o que há de melhor no mundo", declarou.

O Fórum de Empresários é um evento que acontece paralelamente à VII Cúpula das Américas, que começará oficialmente no fim da tarde desta sexta-feira no Panamá.

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Abaixo matéria da Agência Brasil:

No Panamá, Dilma defende investimentos em educação e infraestrutura

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Em um discurso na Cidade do Panamá a uma plateia de empresários de diversos países do continente americano, a presidenta Dilma Rousseff elencou os investimentos em infraestrutura e em educação para que o Brasil continue crescendo “de forma sustentável” e citou a integração regional como um dos compromissos a ser priorizado por ela nos próximos anos. Ela também fez uma defesa do que chamou de “grande esforço de ajuste fiscal” que vem promovendo no país como medidas necessárias ao reequilíbrio do crescimento brasileiro.

A presidenta iniciou sua fala celebrando a “acelerada inclusão social” ocorrida no Brasil depois de ser “um país extremamente desigual”. “Eu quero dizer que a grande mudança que o Brasil deseja e encaminhou nesses últimos anos é se transformar em um grande país de classe média. Esse é o objetivo da nação brasileira”, disse.

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Dilma discursou ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; do México, Enrique Peña Nieto, e do Panamá, Juan Carlos Varela. Eles participaram, na Cidade do Panamá, de um debate do Foro Empresarial das Américas, cujo tema desta edição é Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Na noite desta sexta-feira (10), os chefes de Estado e de Governo de todos os 35 países das Américas e do Caribe participam da abertura da 7ª Cúpula das Américas, também no Panamá.

Durante uma breve fala inicial, a presidenta disse que a infraestrutura e a inovação são fatores estruturais para a continuidade do crescimento brasileiro. Aos empresários, Dilma classificou a educação como o “único jeito” de assegurar que a inclusão social seja permanente. Quanto à infraestrutura, a representante brasileira disse serem fundamentais os investimentos tanto logísticos quanto urbanos.

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“Mobilidade urbana e habitação como infraestruturas sociais são fundamentais. Junto com ferrovias, portos, aeroportos e toda expansão energética necessária para assegurar o crescimento”, declarou. Algumas obras que o Brasil desenvolve com outros países americanos nesse quesito foram citadas pela presidenta como exemplos de parcerias com diferentes governos e empresários, como o Porto de Mariel em Cuba, o Pólo Petroquímico da Cidade do México e a construção e o financiamento dos gasodutos sul e norte na Argentina.

“Acho que a integração regional das nossas economias funciona como um fator que expande as nossas fronteiras, oportunidades e economias. Daí porque o Brasil se dedicou nos últimos anos a investir fortemente na integração de infraestrutura”, disse.

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Após defender, no discurso, a importância da inovação para a melhoria de renda dos brasileiros e para o desenvolvimento de setores-chave do país como agricultura e indústria, Dilma voltou ao tema quando respondia aos empresários. Segundo ela, a ciência e tecnologia podem fomentar um aprimoramento na quantidade mas também na qualidade do ensino dos países.

“O grande desafio de países como o Brasil é a educação, consideramos que ela tem que estar no centro do processo tanto de crescimento econômico quanto de inclusão social”, destacou, complementando que é necessário que o país exerça atividades que agreguem valor. “Eu acho que a América Latina e todos nós temos de almejar sermos produtores de valor agregado, utilizadores do conhecimento como forma de garantir que os nossos povos de fato tenham acesso a um padrão de vida de classe média”.

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, foi o mediador do debate, para o qual centenas de líderes empresariais foram convidados. Nomes como Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, foram confirmados como oradores do evento.

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